Fui ao Audioshow na Sexta, no Sábado e no Domingo. E se é verdade que, em muitos casos, as primeiras impressões perduraram, também é verdade que os discos ou filmes utilizados na demonstração podem fazer toda a diferença. Assim como a nossa colocação na sala: em pé, sentado, de lado, ao centro na “sweet spot”, na primeira fila ou cá atrás com cinquenta cabeças à frente. Não admira, pois, que as opiniões variem tanto de pessoa para pessoa. Dou um exemplo:
A primeira vez que entrei na sala da Digisom estava a ser projectada a cena do bailado de Mei, a bailarina cega, do filme “Punhais Voadores”. A imagem do conjunto Denon A1XV/Sim2 C3X era deslumbrante: nítida, estável, de cores saturadas e contraste judicioso. A extraordinária beleza estética das personagens, do guarda roupa, do cenário e a aparente simplicidade da coreografia aliada à complexidade dos efeitos especiais, tudo ajudava a prender o olhar dos muitos espectadores. O som Denon AVC A1XV/McIntosh MC 501, 272, 402/Tannoy Yorkminster, Sandingham estava muito bom também: as nuances de tonalidade e de tensão dos diferentes tambores foram reproduzidas a preceito.
Só achei curioso que, numa demonstração no âmbito de um audioshow, se tivesse optado pela versão legendada para surdos, com a descrição do que estávamos a ouvir...
Se eu tivesse saído logo, facilmente teria considerado esta a melhor imagem projectada e este o melhor som AV do certame. Mas, hélas, fiquei mais um pouco e seguiu-se o DVD de um concerto ao vivo de uma cantora cubana (?) de cabelo platinado, que não conheço (o João Pedro tem a arte de tirar coelhos destes da cartola), cujo grave ribombava na acústica ampla da sala, lento e túrgido. Vamos supor que eu tinha entrado só naquela altura. Teria sido a mesma a minha opinião? Duvido. Voltei lá no Domingo para ouvir o conjunto McIntosh C2200/MC501/Tannoy Yorkminster em estéreo e verificou-se a mesma situação: um excerto de uma peça coral soou-me duro, enquanto um solo de cravo já me soou tonal e harmonicamente rico, se não mesmo luxuriante no timbre. Aliás, de uma maneira geral gostei das Tannoy Prestige/McIntosh, tanto na Absolut como na Digisom
LES BEAUX ESPRITS
É na sala da SoundEclipse que “les beaux esprits se rencontrent”. Refiro-me aos simpáticos jovens Paulo e Rui e a Jorge “Maître” Gaspar (AudioElite). Dificilmente se poderiam encontrar juntas três pessoas mais simpáticas e tão dedicadas à causa do áudio...eh..., bom do vídeo também. A principal atracção era a promessa da altadefinição (1080p!!), por enquanto só ao alcance do projector da Projection Design Action Model 3 1080. O único no mundo que actualmente utiliza o novo chip DC3 0.95 1080p da Texas Instruments.
Action Model 3, debaixo da capa esá o segredo
A verdade é que se trata de um protótipo ainda “preso por arames” e ligado a um computador portátil (placa gráfica Nvidia Geforce 6800 GT) sem possibilidade de ajustes na imagem. O que prova que, além da simpatia, o Paulo e o Rui têm muita coragem. Sinceramente, depois de ter visto em Las Vegas a matriz digital de alta definição de “The Revenge of the Sith» projectada num ecrã com seis metros por três, tudo o resto me parece pálido por comparação. Não está em causa a excelente definição da imagem dos excertos utilizados (1080i), mas para um ecrã com as dimensões do apresentado aqui pela Projection Design era preciso mais luz, saturação e contraste. Até o Nemo do ano passado reproduzido por um ThemeScene me pareceu melhor. Sorry, guys. Back to the drawing board...
Já o sistema multicanal 6.2 a cargo de Jorge Gaspar, com electrónica Audionet e colunas Vienna Acoustics me pareceu muito bem, em especial o clarinete-baixo de abertura em estéreo. Aliás, quer os amplificadores Audionet, quer as colunas Vienna Acoustics deixaram-me na memória auditiva uma impressão agradável e duradoura, desde que tive oportunidade de os/as testar. Os testes estão disponíveis on line no Hificlube.
No Domingo voltei lá para ouvir e gostar de outras duas novidades: as colunas Usher e o gira-discos Funk V, do famoso criador do Pink Triangle. Lembram-se?...
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A primeira vez que entrei na sala da Digisom estava a ser projectada a cena do bailado de Mei, a bailarina cega, do filme “Punhais Voadores”. A imagem do conjunto Denon A1XV/Sim2 C3X era deslumbrante: nítida, estável, de cores saturadas e contraste judicioso. A extraordinária beleza estética das personagens, do guarda roupa, do cenário e a aparente simplicidade da coreografia aliada à complexidade dos efeitos especiais, tudo ajudava a prender o olhar dos muitos espectadores. O som Denon AVC A1XV/McIntosh MC 501, 272, 402/Tannoy Yorkminster, Sandingham estava muito bom também: as nuances de tonalidade e de tensão dos diferentes tambores foram reproduzidas a preceito.
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Só achei curioso que, numa demonstração no âmbito de um audioshow, se tivesse optado pela versão legendada para surdos, com a descrição do que estávamos a ouvir...
Se eu tivesse saído logo, facilmente teria considerado esta a melhor imagem projectada e este o melhor som AV do certame. Mas, hélas, fiquei mais um pouco e seguiu-se o DVD de um concerto ao vivo de uma cantora cubana (?) de cabelo platinado, que não conheço (o João Pedro tem a arte de tirar coelhos destes da cartola), cujo grave ribombava na acústica ampla da sala, lento e túrgido. Vamos supor que eu tinha entrado só naquela altura. Teria sido a mesma a minha opinião? Duvido. Voltei lá no Domingo para ouvir o conjunto McIntosh C2200/MC501/Tannoy Yorkminster em estéreo e verificou-se a mesma situação: um excerto de uma peça coral soou-me duro, enquanto um solo de cravo já me soou tonal e harmonicamente rico, se não mesmo luxuriante no timbre. Aliás, de uma maneira geral gostei das Tannoy Prestige/McIntosh, tanto na Absolut como na Digisom
LES BEAUX ESPRITS
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É na sala da SoundEclipse que “les beaux esprits se rencontrent”. Refiro-me aos simpáticos jovens Paulo e Rui e a Jorge “Maître” Gaspar (AudioElite). Dificilmente se poderiam encontrar juntas três pessoas mais simpáticas e tão dedicadas à causa do áudio...eh..., bom do vídeo também. A principal atracção era a promessa da altadefinição (1080p!!), por enquanto só ao alcance do projector da Projection Design Action Model 3 1080. O único no mundo que actualmente utiliza o novo chip DC3 0.95 1080p da Texas Instruments.
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A verdade é que se trata de um protótipo ainda “preso por arames” e ligado a um computador portátil (placa gráfica Nvidia Geforce 6800 GT) sem possibilidade de ajustes na imagem. O que prova que, além da simpatia, o Paulo e o Rui têm muita coragem. Sinceramente, depois de ter visto em Las Vegas a matriz digital de alta definição de “The Revenge of the Sith» projectada num ecrã com seis metros por três, tudo o resto me parece pálido por comparação. Não está em causa a excelente definição da imagem dos excertos utilizados (1080i), mas para um ecrã com as dimensões do apresentado aqui pela Projection Design era preciso mais luz, saturação e contraste. Até o Nemo do ano passado reproduzido por um ThemeScene me pareceu melhor. Sorry, guys. Back to the drawing board...
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Já o sistema multicanal 6.2 a cargo de Jorge Gaspar, com electrónica Audionet e colunas Vienna Acoustics me pareceu muito bem, em especial o clarinete-baixo de abertura em estéreo. Aliás, quer os amplificadores Audionet, quer as colunas Vienna Acoustics deixaram-me na memória auditiva uma impressão agradável e duradoura, desde que tive oportunidade de os/as testar. Os testes estão disponíveis on line no Hificlube.
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No Domingo voltei lá para ouvir e gostar de outras duas novidades: as colunas Usher e o gira-discos Funk V, do famoso criador do Pink Triangle. Lembram-se?...
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