Peter James Walker, o pai da Quad, morreu no passado dia 10 de Dezembro de 2003. Depois da morte recente de John Michell, mais uma grande perda para a audiofilia britânica e mundial. Peter Walker foi um dos poucos grandes mestres do áudio que nunca conheci pessoalmente, ao contrário de Michell, com quem tinha um relacionamento simpático, e cuja morte não anunciei no Hificlube - atitude ditada pelo choque pela qual me penitencio agora publicamente.
ACCUSTIC ARTS RACK I
A Interlux anuncia a auspiciosa estreia da ACCUSTIC ARTS RACK I, uma mesa linda em alumíno e vidro, com base de madeira laminada, e belíssimos logotipos iluminados por leds azuis incrustrados no emblema da Accustic em metal cromado.
O diâmetro e espessura do alumínio utilizado nos pilares de suporte garantem o controlo das ressonâncias e o espaço necessário para passar cabos e evitar o inestético «esparguete» atrás da mesa. Coisa fina...
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Solid Acoustics
SIKKM, o poliedro acústico
À medida que se aproxima a CES, a minha caixa de correio fica atafulhada de convites para assistir a demonstrações, a seco ou com comes-e-bebes. Se fosse aceitar todos, precisaria que cada um dos dias da feira tivesse 100 horas. O último e mais curioso foi um convite para ouvir a «SIKKM», a coluna poliedro, que garante um som omnidireccional a 360º que «enche a sala de som maravilhoso». O som de cada um dos altifalantes deste estranho dodecaedro converge para um único ponto para criar a sensação acústica de uma fonte pontual. Repórter sofre. Mas fiquei curioso...
SONY-BMG, casamento à vista
A Sony Music propôs casamento à BMG e o enlace só espera a benção da UE que torce o nariz a mais uma fusão monopolista. A notícia já é conhecida e foi divulgada a semana passada por outro jornal. Os pormenores do noivado é que são novidade e foram relatados por Barry Willis na «Home Theater». O autor da ideia parece ter sido Andrew Lack, que apenas em um ano já poupou à multinacional japonesa, em dificuldades financeiras depois de alguns desastres, como o fracasso da sequela de «Os Anjos de Charlie», qualquer coisa como 150 milhões de dólares. Será ele que ficará como administrador executivo, enquanto Rolf Schmidt-Holz, da BMG, ficará como presidente do Conselho de Direcção da futura empresa na qual participam em partes iguais. No dote será englobada a AR, e ambas as companhias manterão total independência das suas unidades de fabrico, distribuição e publicação.Com esta decisão ambas as companhias pretendem contrariar em parte a supremacia da Universal Music Group, que já domina 25% do mercado mundial e está a negociar ainda compra da DreamWorks, e ao mesmo tempo antecipar-se a outra fusão prevista mas ainda não anunciada: Time Warner Music Group e EMI Group PLC.
Com a fusão, a Sony prevê poupar aos seus accionistas mais de 300 milhões de dólares e sair airosamente do seu «annus horribilis».Espero que a nossa querida UE sirva para alguma coisa e diga que não, pois a ideia de 90% da discografia mundial ficar na posse de três grandes conglomerados não augura nada de bom. A concorrência é o motor da economia de mercado...
ANY MUSIC
AMP ou «Any Music Planning» assim se chama a nova estrela do mercado de electrónica no Japão. Trata-se de uma plataforma que integra um sistema operativo Linux, o codec de distribuição ATRAC 3 utilizado no MiniDisc e um sistema de gestão de «copyright» OpenMG desenvolvido pela Sony. A plataforma é montada em qualquer equipamento estéreo e, por meio de uma ligação à Ethernet, pode fazer «downloads» directos de um portal de música criado para o efeito, sem necessidade de utilizar um computador. Os «downloads» são pagos, claro, mas o serviço é tão barato que as primeiras 50 faixas podem ser incluídas no preço de venda ao público do aparelho só para ganhar embalagem. A Denon, NEC, Onkyo e Yamaha já aderiram a esta tecnologia que, por razões óbvias, por enquanto só será comercializada no Japão.
«Numa indústria em crise, são precisas novas ideias», declarou Moriyuki Okada, da Sharp. Por mim não se incomodem: se tiver de viver o resto da vida com um «velho» amplificador a válvulas (ou pelo menos um preamplificador) eu não me importo...
PIONEER
O plasma chega à cozinha
A Pioneer lançou uma campanha subordinada ao tema «Lar do Futuro» que, e cito: «...incorporará écrãs de plasma em cada divisão oferecendo uma solução digital para cada tarefa da vida doméstica. Os utilizadores poderão cozinhar como famosos chefs, tornarem-se num Steven Spielberg, efectuar trabalhos em rede no escritório de casa e converter a sala num centro futurista de ócio». Na cozinha, e cito de novo: «...os cozinheiros aficcionados podem ver os últimos programas culinários num écran dividido, que mostra ao mesmo tempo todos os ingredientes e detalhes das receitas provenientes de uma página associada ao Teletexto»; na sala de estar podem ver filmes, televisão ou a “Home Gallery” (Museu em Casa), uma aplicação para a visualização multimédia que permite aos utilizadores desfrutar de imagens digitais fixas JPEG, inclui uma colecção exclusiva de imagens de arte da Pioneer (quadros mutáveis); no escritório, ligado ao PC e à Internet ou até ao sistema de monitorização de segurança do prédio; ou no quarto dos miúdos na hora de jogar: a consola de jogos pode ser integrada no écrã de plasma e num equipamento de áudio de som envolvente para criar um sistema de entretenimento de última geração.Esta nova filosofia, que gira à volta do «plasma», como núcleo de um sistema integrado de som e imagem, é já extensiva a todos os outros fabricantes e não há volta a dar-lhe. Vou ter de mudar de ramo...
Rolling Stones em Vinil de 180g
A Music Direct já tem disponíveis para envio as novas edições em vinil de 180g obtidas a partir dos novos masters DSD, os mesmos utilizados na edição dos SACD, que, segundo eles, batem aos pontos as obtidas a partir dos masters dos anos 80. Só não batem as versões originais em mono, ainda segundo a Music Direct. É a isto que eu chamo honestidade…