TAG MCLAREN+REL
Delfin Yanez tinha desistido de ir ao Audioshow. Mas o escândalo «TAG» a isso o obrigou: «Quis provar que a TAGMclaren Audio está para durar e continua a lançar novos produtos para AV, como é o caso do «700» (ver Novidades)». E provou.
É claro que levar um F1 para dar uma voltinha numa pista de «karting» tem os seus inconvenientes. A TAG merecia uma sala como a do sistema Krell/Wilson para poder lutar pela «pole position». Alguns leitores notaram que o som parecia «preso», não passava da quarta, outros adoraram, o que só prova que o som (em especial se tiver uma imagem para disfarçar) é como a água benta, cada qual toma a que quer.
Na 6ªF notei que havia demasiada reverberação («envolvência»?) e pouco corpo na «boca do palco». Não admira: o par frontal estava ligado fora-de-fase. O que me admira é que logo na 6ªF tenha recebido emails extasiados: haverá sempre quem prefira o acessório (os harmónicos) ao fundamental.
No Domingo, voltei e as coisas tinham melhorado substancialmente (com excepção do «sub» que para mim estava a meter o nariz onde não era chamado).
Os TAG soam sempre simpáticos nos «shows» porque, ao contrário de outros «AVs», são «doces» e não azucrinam os ouvidos. Este é um dos casos em que ou se ama ou se odeia (uma dicotomia extensiva ao design extravagante das colunas F1).
Lembro-me de ter tido um sistema TAG cá em casa (sem as colunas): instalei-o, liguei-o e ouvi-o durante um mês sem nunca alterar absolutamente nada. Soava bem à saída da caixa e ainda soava bem quando voltei a metê-lo na caixa. Há sistemas que exigem permanentemente a nossa atenção como uma mulher ciumenta. E nem sequer são melhores na cama, perdão, na sala...
Nota: Os «TAG» têm uma característica muito especial: as árvores nunca perdem a noção de que são parte integrante da floresta. Embora isso não tenha sido óbvio no Audioshow (pelas razões já aduzidas), o som AV da «TAG» é uma equipa e não um conjunto de vedetas.
JM AUDIO: NORTH STAR/AMPHION
As Creon não são as Xenon. E os North Star não são os Vincent. O som do ano passado era melhor. Mas isso é um pouco como discutir se o perú do Natal deste ano esteve ao nível do último que a avó cozinhou antes de morrer.
Em 2002, escrevi: «Ouvi bom som de CD na JM Audio. Seria das colunas Amphion, dos amplificadores Vincent, do transporte/conversor Northstar Design ou do tratamento acústico da sala? Um mistério que gostaria de deslindar». Nunca cheguei a deslindar. Mas este ano não escapa.
EDECINE: ARAGON+KLIPSCH
Toda a gente me diz: grande som o da Manley+Klipsch. Falhei o controle: se fosse um rally paper perdia pontos. Entrei na porta errada: estava tudo às escuras (projectava-se ET na parede com uma imagem de má qualidade) e identifiquei os Aragon pelo azul da luz e pelo novo design (tinha-os visto em Las Vegas). O som até nem era mau, creio. Saí logo. Devia ser na porta ao lado: estava a abarrotar. Mas quando ouvi o conjunto Manley+Klipsch há dois anos, creio, fiquei encantado. E nem eu mudo de opinião facilmente nem a tecnologia de válvulas e as cornetas da Klipsch são propriamente «flavour of the month»...
ARTAUDIO: BW+ROTEL
Enquanto subia e descia distraído na montanha russa do ISCTE, lembro-me que o piano e a orquestra de câmara me soaram muitas vezes como se «pudessem estar lá em baixo» de facto. É um bom sinal.
IMACÚSTICA: ML CLARITY+KRELL
O Krell SACD Standard+KAV400xi+Clarity mereciam um palco mais digno. Mas é isso que distingue os verdadeiros artistas: exibem-se na rua no meio dos passantes e têm o condão de lhes chamar a atenção e suscitar o aplauso. E, enquanto conversava, entre amigos e discos, a textura correcta do naipe de metais da orquestra sinfónica puxou-me repetidamente pelas orelhas. Senti-me como o pai de um candidato a «Ídolo» que deixou o júri dividido: «Vocês haviam de o ouvir cantar lá em casa...». Mantenho tudo o que escrevi sobre as Clarity.
TRANSOM: LINN
«Dark Side of The Moon» não será o SACD ideal para demonstrar um equipamento numa sala com pessoas a entrar e a sair. Mas, no Domingo, quando voltei, era o LP12 que estava a tocar. E não é que aquilo até parecia música!...
AUDIOVISUAL COMPANY: IN FOCUS
Recuso-me a comentar o que ouvi. Mas algumas das imagens de alta definição da TV americana projectadas por um InFocus PF7200 tinham uma qualidade fabulosa. A melhor que vi no Audioshow. «Oh, Lord, won't you give me a colour HDTV projector...».
QUADRATURA
Os CRT ainda não disseram a última palavra. Consta que o Barco que vi nesta sala, com negros que são, de facto, ausência de cor (luz) custa tanto como um DLP topo de gama.
SONY: SACD
Sentei-me na sala da Sony com quem entra numa igreja para fugir ao barulho da cidade. Relativamente insonorizada, permitia ouvir o som ao nível do sussurro. Foi uma opção talvez correcta do Rui Vicente. Só que ficámos sem saber do que o novo conjunto SCD XA9000es+TA9000es é capaz se apertarem com ele. Assim a Sony jogou pelo seguro e no pouco que ouvi não pôs o pé em falso. Mas também não deslumbrou.
Continua: IMACÚSTICA: KRELL/MARTIN LOGAN/WILSON
Delfin Yanez tinha desistido de ir ao Audioshow. Mas o escândalo «TAG» a isso o obrigou: «Quis provar que a TAGMclaren Audio está para durar e continua a lançar novos produtos para AV, como é o caso do «700» (ver Novidades)». E provou.
É claro que levar um F1 para dar uma voltinha numa pista de «karting» tem os seus inconvenientes. A TAG merecia uma sala como a do sistema Krell/Wilson para poder lutar pela «pole position». Alguns leitores notaram que o som parecia «preso», não passava da quarta, outros adoraram, o que só prova que o som (em especial se tiver uma imagem para disfarçar) é como a água benta, cada qual toma a que quer.
Na 6ªF notei que havia demasiada reverberação («envolvência»?) e pouco corpo na «boca do palco». Não admira: o par frontal estava ligado fora-de-fase. O que me admira é que logo na 6ªF tenha recebido emails extasiados: haverá sempre quem prefira o acessório (os harmónicos) ao fundamental.
No Domingo, voltei e as coisas tinham melhorado substancialmente (com excepção do «sub» que para mim estava a meter o nariz onde não era chamado).
Os TAG soam sempre simpáticos nos «shows» porque, ao contrário de outros «AVs», são «doces» e não azucrinam os ouvidos. Este é um dos casos em que ou se ama ou se odeia (uma dicotomia extensiva ao design extravagante das colunas F1).
Lembro-me de ter tido um sistema TAG cá em casa (sem as colunas): instalei-o, liguei-o e ouvi-o durante um mês sem nunca alterar absolutamente nada. Soava bem à saída da caixa e ainda soava bem quando voltei a metê-lo na caixa. Há sistemas que exigem permanentemente a nossa atenção como uma mulher ciumenta. E nem sequer são melhores na cama, perdão, na sala...
Nota: Os «TAG» têm uma característica muito especial: as árvores nunca perdem a noção de que são parte integrante da floresta. Embora isso não tenha sido óbvio no Audioshow (pelas razões já aduzidas), o som AV da «TAG» é uma equipa e não um conjunto de vedetas.
JM AUDIO: NORTH STAR/AMPHION
As Creon não são as Xenon. E os North Star não são os Vincent. O som do ano passado era melhor. Mas isso é um pouco como discutir se o perú do Natal deste ano esteve ao nível do último que a avó cozinhou antes de morrer.
Em 2002, escrevi: «Ouvi bom som de CD na JM Audio. Seria das colunas Amphion, dos amplificadores Vincent, do transporte/conversor Northstar Design ou do tratamento acústico da sala? Um mistério que gostaria de deslindar». Nunca cheguei a deslindar. Mas este ano não escapa.
EDECINE: ARAGON+KLIPSCH
Toda a gente me diz: grande som o da Manley+Klipsch. Falhei o controle: se fosse um rally paper perdia pontos. Entrei na porta errada: estava tudo às escuras (projectava-se ET na parede com uma imagem de má qualidade) e identifiquei os Aragon pelo azul da luz e pelo novo design (tinha-os visto em Las Vegas). O som até nem era mau, creio. Saí logo. Devia ser na porta ao lado: estava a abarrotar. Mas quando ouvi o conjunto Manley+Klipsch há dois anos, creio, fiquei encantado. E nem eu mudo de opinião facilmente nem a tecnologia de válvulas e as cornetas da Klipsch são propriamente «flavour of the month»...
ARTAUDIO: BW+ROTEL
Enquanto subia e descia distraído na montanha russa do ISCTE, lembro-me que o piano e a orquestra de câmara me soaram muitas vezes como se «pudessem estar lá em baixo» de facto. É um bom sinal.
IMACÚSTICA: ML CLARITY+KRELL
O Krell SACD Standard+KAV400xi+Clarity mereciam um palco mais digno. Mas é isso que distingue os verdadeiros artistas: exibem-se na rua no meio dos passantes e têm o condão de lhes chamar a atenção e suscitar o aplauso. E, enquanto conversava, entre amigos e discos, a textura correcta do naipe de metais da orquestra sinfónica puxou-me repetidamente pelas orelhas. Senti-me como o pai de um candidato a «Ídolo» que deixou o júri dividido: «Vocês haviam de o ouvir cantar lá em casa...». Mantenho tudo o que escrevi sobre as Clarity.
TRANSOM: LINN
«Dark Side of The Moon» não será o SACD ideal para demonstrar um equipamento numa sala com pessoas a entrar e a sair. Mas, no Domingo, quando voltei, era o LP12 que estava a tocar. E não é que aquilo até parecia música!...
AUDIOVISUAL COMPANY: IN FOCUS
Recuso-me a comentar o que ouvi. Mas algumas das imagens de alta definição da TV americana projectadas por um InFocus PF7200 tinham uma qualidade fabulosa. A melhor que vi no Audioshow. «Oh, Lord, won't you give me a colour HDTV projector...».
QUADRATURA
Os CRT ainda não disseram a última palavra. Consta que o Barco que vi nesta sala, com negros que são, de facto, ausência de cor (luz) custa tanto como um DLP topo de gama.
SONY: SACD
Sentei-me na sala da Sony com quem entra numa igreja para fugir ao barulho da cidade. Relativamente insonorizada, permitia ouvir o som ao nível do sussurro. Foi uma opção talvez correcta do Rui Vicente. Só que ficámos sem saber do que o novo conjunto SCD XA9000es+TA9000es é capaz se apertarem com ele. Assim a Sony jogou pelo seguro e no pouco que ouvi não pôs o pé em falso. Mas também não deslumbrou.
Continua: IMACÚSTICA: KRELL/MARTIN LOGAN/WILSON