A América é o terreno privilegiado da experimentação - se não pega lá, não vale a pena investir: a Europa e o resto do mundo não são capazes de manter novos formatos rejeitados pelo mercado americano.
A JVC demonstrou em NY o novo formato D-Theater, que, como é fácil de adivinhar, é digital e apontado ao mercado do Cinema Em Casa. Na base está a D-VHS, uma cassete (!) em tudo semelhante à do velho VHS, que já existia há uns anos, mas agora com uma encriptação que lhe permite armazenar 50GB de informação. Leu bem: 50GB! Tanto quanto uma dúzia de DVD...
Mesmo para quem não sabe o que é um «Giga», é óbvio que com esta capacidade é possível registar imagem vídeo e informação áudio da mais alta qualidade. E assim acontece, como diria Carlos Pinto Coelho.
Em estreita colaboração com a Runco, cujos projectores de vídeo são uma referência mundial, e com o som a cargo de electrónica Arcam Diva e colunas JM Lab Electra, assisti em NY à projecção de excertos de «Exterminador 2» com uma imagem de resolução tão elevada que pensei tratar-se de uma «master tape». De facto, trata-se de um produto comercial, à venda nos E.U.A., a partir de Agosto deste ano, cujos primeiros títulos, além do já citado, são: X-Men, Independence Day, The Haunting (A Mansão) e U-571. Ou seja: mais do mesmo com nova imagem: visual e de marketing.
E novo som: com tanto espaço disponível na cassete é possível registar, além de imagem com um mínimo de compressão (um espanto! um deslumbramento! superior às emissões em directo da HDTV americana...), som «surround» em 6-canais a 96kHz/24-bit. Algo que deixa o actual Dolby Digital - e até o DTS - a perder de vista, ou de ouvido, neste caso.
O mesmo excerto foi depois exibido em DVD, e eu fiquei em estado de choque. É incrível como estamos condicionados a aceitar como sendo bom um formato (DVD) que tem óbvias limitações técnicas. Contudo, tenho as minhas dúvidas que o D-Theater chegue algum dia a ser na Europa mais que uma curiosidade tecnológica, eu diria mesmo, que uma manobra de diversão (em todos os sentidos do termo) com a qual a JVC, que sintomaticamente não faz parte do consórcio de nove multinacionais que apoiam o futuro Blu-ray, o DVD de alta resolução, pretende ganhar tempo e espaço.
A JVC já devia ter aprendido com a Philips que a cassete, digital ou não, é para esquecer em termos comerciais, apesar da inegável performance de que ainda é capaz (lembram-se da DCC, a cassete áudio-digital?). O futuro próximo vai continuar a ser o disco óptico e a médio prazo a tendência aponta para as memórias de estado sólido já profusamente utilizadas em fotografia com excelentes resultados. Ninguém quer suportes que se desgastam por contacto físico. Para isso chegamos nós, os humanos...
O formato D-Theater de pouco serviria na Europa onde não há televisores HDTV (e a televisão digital só vai piorar as coisas ao contrário do que se apregoa). Creio, aliás, que o inusitado apoio comercial que tem nos E.U.A. se deve, antes de mais, ao facto de ajudar a vender os televisores de alta definição que apanham pó nas lojas, porque os programas emitidos em HDTV são poucos e não justificam o investimento (cerca de 5.000 euros). Mas para quem em Portugal comprou projectores, como o excelente Sim2 HT300, esta é talvez a única forma de obter já hoje o máximo resultado possível: 1080i ou 720p de resolução, sem ter de esperar por um formato - Blu-ray - que pode demorar três a cinco anos até chegar ao mercado mundial.
Se é daqueles que não podem esperar, está à espera de quê?...
A JVC demonstrou em NY o novo formato D-Theater, que, como é fácil de adivinhar, é digital e apontado ao mercado do Cinema Em Casa. Na base está a D-VHS, uma cassete (!) em tudo semelhante à do velho VHS, que já existia há uns anos, mas agora com uma encriptação que lhe permite armazenar 50GB de informação. Leu bem: 50GB! Tanto quanto uma dúzia de DVD...
Mesmo para quem não sabe o que é um «Giga», é óbvio que com esta capacidade é possível registar imagem vídeo e informação áudio da mais alta qualidade. E assim acontece, como diria Carlos Pinto Coelho.
Em estreita colaboração com a Runco, cujos projectores de vídeo são uma referência mundial, e com o som a cargo de electrónica Arcam Diva e colunas JM Lab Electra, assisti em NY à projecção de excertos de «Exterminador 2» com uma imagem de resolução tão elevada que pensei tratar-se de uma «master tape». De facto, trata-se de um produto comercial, à venda nos E.U.A., a partir de Agosto deste ano, cujos primeiros títulos, além do já citado, são: X-Men, Independence Day, The Haunting (A Mansão) e U-571. Ou seja: mais do mesmo com nova imagem: visual e de marketing.
E novo som: com tanto espaço disponível na cassete é possível registar, além de imagem com um mínimo de compressão (um espanto! um deslumbramento! superior às emissões em directo da HDTV americana...), som «surround» em 6-canais a 96kHz/24-bit. Algo que deixa o actual Dolby Digital - e até o DTS - a perder de vista, ou de ouvido, neste caso.
O mesmo excerto foi depois exibido em DVD, e eu fiquei em estado de choque. É incrível como estamos condicionados a aceitar como sendo bom um formato (DVD) que tem óbvias limitações técnicas. Contudo, tenho as minhas dúvidas que o D-Theater chegue algum dia a ser na Europa mais que uma curiosidade tecnológica, eu diria mesmo, que uma manobra de diversão (em todos os sentidos do termo) com a qual a JVC, que sintomaticamente não faz parte do consórcio de nove multinacionais que apoiam o futuro Blu-ray, o DVD de alta resolução, pretende ganhar tempo e espaço.
A JVC já devia ter aprendido com a Philips que a cassete, digital ou não, é para esquecer em termos comerciais, apesar da inegável performance de que ainda é capaz (lembram-se da DCC, a cassete áudio-digital?). O futuro próximo vai continuar a ser o disco óptico e a médio prazo a tendência aponta para as memórias de estado sólido já profusamente utilizadas em fotografia com excelentes resultados. Ninguém quer suportes que se desgastam por contacto físico. Para isso chegamos nós, os humanos...
O formato D-Theater de pouco serviria na Europa onde não há televisores HDTV (e a televisão digital só vai piorar as coisas ao contrário do que se apregoa). Creio, aliás, que o inusitado apoio comercial que tem nos E.U.A. se deve, antes de mais, ao facto de ajudar a vender os televisores de alta definição que apanham pó nas lojas, porque os programas emitidos em HDTV são poucos e não justificam o investimento (cerca de 5.000 euros). Mas para quem em Portugal comprou projectores, como o excelente Sim2 HT300, esta é talvez a única forma de obter já hoje o máximo resultado possível: 1080i ou 720p de resolução, sem ter de esperar por um formato - Blu-ray - que pode demorar três a cinco anos até chegar ao mercado mundial.
Se é daqueles que não podem esperar, está à espera de quê?...