Depois há ainda as celebrações anuais em lugares de culto colectivo, como o Audioshow, onde os fiéis se reúnem anualmente para «acertar contas» com o progresso, confirmar certezas do passado e trocar impressões sobre o presente. Partem de casa em peregrinação na busca da revelação e regressam com os ouvidos purificados (ou talvez não).
Muitos viajam sem sair do quarto como Proust, através da net, lendo avidamente tudo o que se publica sobre altafidelidade; outros, porém, marcam presença de corpo e alma, querem ouvir para crer: será que a crítica é isenta? será que não passa tudo de um conluio entre críticos e distribuidores? será que o som corresponde ao aspecto?
Não havendo distribuidor de certas marcas no seu país ou zona de residência, a solução é aproveitar a realização de um acontecimento especial para realizar a peregrinação que todo o audiófilo deve fazer pelo menos uma vez na vida. Deste modo, vai encontrar reunidos num mesmo local os objectos de desejo que antes só conhecia das revistas impressas ou online.
Ricardo Pontes, um audiófilo brasileiro em Lisboa
Ricardo Pontes voou do Brasil em busca do Graal acompanhado pela filha. E encontrou-o em Lisboa, no Audioshow 2003, na forma de umas colunas Martin Logan Clarity.
Quando o fotografei, tinha nos olhos reflectida a felicidade dos eleitos a quem tinha sido proporcionada a realização do único objectivo dos sonhos: torná-los realidade.
Ricardo é um apaixonado pela altafidelidade: tem na sua casa de Fortaleza umas Magneplanar, transdutores de painel tão excelentes quanto domesticamente inaceitáveis: «Um dia você vai tirar estas portas horrorosas da sala, não vai meu amor...».
Talvez esta viagem fosse afinal o cumprimento não revelado de uma promessa: a de que reduziria a «dimensão» física da paixão logo que houvesse notícia de que isso era possível sem comprometer a «dimensão» acústica do som. E as Martin Logan Clarity são, confessou-me ele, um compromisso aceitável: cabem todinhas no coração de um velho audiófilo bem juntinho da família. E na sala pode agora partilhar a mesma música com mais amigos.
Muitos viajam sem sair do quarto como Proust, através da net, lendo avidamente tudo o que se publica sobre altafidelidade; outros, porém, marcam presença de corpo e alma, querem ouvir para crer: será que a crítica é isenta? será que não passa tudo de um conluio entre críticos e distribuidores? será que o som corresponde ao aspecto?
Não havendo distribuidor de certas marcas no seu país ou zona de residência, a solução é aproveitar a realização de um acontecimento especial para realizar a peregrinação que todo o audiófilo deve fazer pelo menos uma vez na vida. Deste modo, vai encontrar reunidos num mesmo local os objectos de desejo que antes só conhecia das revistas impressas ou online.
Ricardo Pontes, um audiófilo brasileiro em Lisboa
Ricardo Pontes voou do Brasil em busca do Graal acompanhado pela filha. E encontrou-o em Lisboa, no Audioshow 2003, na forma de umas colunas Martin Logan Clarity.
Quando o fotografei, tinha nos olhos reflectida a felicidade dos eleitos a quem tinha sido proporcionada a realização do único objectivo dos sonhos: torná-los realidade.
Ricardo é um apaixonado pela altafidelidade: tem na sua casa de Fortaleza umas Magneplanar, transdutores de painel tão excelentes quanto domesticamente inaceitáveis: «Um dia você vai tirar estas portas horrorosas da sala, não vai meu amor...».
Talvez esta viagem fosse afinal o cumprimento não revelado de uma promessa: a de que reduziria a «dimensão» física da paixão logo que houvesse notícia de que isso era possível sem comprometer a «dimensão» acústica do som. E as Martin Logan Clarity são, confessou-me ele, um compromisso aceitável: cabem todinhas no coração de um velho audiófilo bem juntinho da família. E na sala pode agora partilhar a mesma música com mais amigos.