Hificlube, JVH e válvulas
Leio-o há muito, e nutro pela música e pela audiofilia uma paixão de anos. Por várias vezes estive para lhe dirigir uma ou outra palavra através do e-mail (o mesmo do dna, afinal...) mas fui sempre adiando.
No triste panorama audiófilo português, a sua clareza, inteligência e conhecimentos sempre se destacaram, causando algumas (des)conhecidas invejas...
Congratulei-me com o projecto HI-Fi, versão portuguesa da what hi-fi, que constituiu durante algum tempo uma espécie de farol, rompendo a bruma da anarquia reinante, em termos de oferta - rompendo ainda com o status quo das multinacionais instaladas, de nome firmado e mercado adquirido estilo 'favas contadas' - mas cujas muralhas foram seriamante danificadas por uma população agora mais esclarecida e portanto mais exigente, a todos os níveis.
Hoje, perante esta página na net, sorrio e digo para comigo:
-'Finalmente a MINHA página!' - sei que é uma apropriação indevida, mas revejo-me em muito do que escreve e da forma como o faz.
Quanto às válvulas: reli e 'treli' o que escreveu a 06 deste mês sobre isso e 'bebo' cada conceito porque (uma vez mais) transmite muito do que sinto sobre ouvir válvulas!
Lá em casa, começou por morar um velho SM-500 da Pioneer (push-pull); uma coisa dos anos setenta, cheia de controlos de tonalidade, mas que, quando me permitiu ouvir a voz da Sra Kiri Te Kanawa me deu a provar algo ao qual fiquei irremediavelmente agarrado! A voz da senhora soava-me a qualquer coisa de sagrado, foi ... uma descoberta entreportas que eu apenas conhecia de auditórios 'armadilhados' para o efeito, fosse por isolamentos impensáveis em casa, fosse pelos preços estratosféricos implicados. O meu preferido de então era um Konrad Johnson mas o preço...!
Hoje, para além das salas de concertos, local privilegiado para audições - que não dispenso, é claro, sirvo-me de um leitor Meridian 508-24 para ouvir cd, e um velho Michael Gyrodec, ligado ora a dois monaurais que tenho há muito da Denon, ora aos belíssimos QUAD II que teimosamente mantenho, acoplados a um prévio também da Meridien; a paz de espírito que me transmitem é... inultrapassável, a não ser talvez por muito zeros!!!
Perder-me-ia a falar desta minha paixão que exerce de facto um efeito catártico no meu dia-a-dia, mas acho que já tudo foi dito - e mais ainda por si que escreve espectacularmente bem (e arruma a um canto essa vergonheira de pseudo-jornalistas, cronistas, escrevinhadores de notícias, onde é 'cada tiro cada gaio' no que toca a erros de palmatória, de léxico, gramaticais ou não ou simples ausência de cultura geral...)
Por isso me fico com uma modesta mão-cheia de incentivo para este seu 'menino' que é o hificlube.
Os meus sinceros parabéns e os meus agradecimentos por tudo o que me tem proporcionado ler ao longo de tantos anos.
Alberto de Almeida
_________________________________________________________
Ainda a Doce mentira
Qual a dimensão ou a importância do que se tem a dizer que
justifique enviar um mail a alguém que é cronista, jornalista,
director de um site, etc.?
Achei a analogia que fez de um amplificador a válvulas a um
velho amor, no mínimo, deliciosa. E se não justifica esta minha
consideração e apreço pela sua escrita e da sua maneira muito
peculiar de sentir o mundo da alta-fidelidade, paciência! Agora
já o escrevi.. e vou carregar no Send...
Samuel Xavier
Nota: para ler mais correio de leitores insira «emails» no campo de pesquisa
Leio-o há muito, e nutro pela música e pela audiofilia uma paixão de anos. Por várias vezes estive para lhe dirigir uma ou outra palavra através do e-mail (o mesmo do dna, afinal...) mas fui sempre adiando.
No triste panorama audiófilo português, a sua clareza, inteligência e conhecimentos sempre se destacaram, causando algumas (des)conhecidas invejas...
Congratulei-me com o projecto HI-Fi, versão portuguesa da what hi-fi, que constituiu durante algum tempo uma espécie de farol, rompendo a bruma da anarquia reinante, em termos de oferta - rompendo ainda com o status quo das multinacionais instaladas, de nome firmado e mercado adquirido estilo 'favas contadas' - mas cujas muralhas foram seriamante danificadas por uma população agora mais esclarecida e portanto mais exigente, a todos os níveis.
Hoje, perante esta página na net, sorrio e digo para comigo:
-'Finalmente a MINHA página!' - sei que é uma apropriação indevida, mas revejo-me em muito do que escreve e da forma como o faz.
Quanto às válvulas: reli e 'treli' o que escreveu a 06 deste mês sobre isso e 'bebo' cada conceito porque (uma vez mais) transmite muito do que sinto sobre ouvir válvulas!
Lá em casa, começou por morar um velho SM-500 da Pioneer (push-pull); uma coisa dos anos setenta, cheia de controlos de tonalidade, mas que, quando me permitiu ouvir a voz da Sra Kiri Te Kanawa me deu a provar algo ao qual fiquei irremediavelmente agarrado! A voz da senhora soava-me a qualquer coisa de sagrado, foi ... uma descoberta entreportas que eu apenas conhecia de auditórios 'armadilhados' para o efeito, fosse por isolamentos impensáveis em casa, fosse pelos preços estratosféricos implicados. O meu preferido de então era um Konrad Johnson mas o preço...!
Hoje, para além das salas de concertos, local privilegiado para audições - que não dispenso, é claro, sirvo-me de um leitor Meridian 508-24 para ouvir cd, e um velho Michael Gyrodec, ligado ora a dois monaurais que tenho há muito da Denon, ora aos belíssimos QUAD II que teimosamente mantenho, acoplados a um prévio também da Meridien; a paz de espírito que me transmitem é... inultrapassável, a não ser talvez por muito zeros!!!
Perder-me-ia a falar desta minha paixão que exerce de facto um efeito catártico no meu dia-a-dia, mas acho que já tudo foi dito - e mais ainda por si que escreve espectacularmente bem (e arruma a um canto essa vergonheira de pseudo-jornalistas, cronistas, escrevinhadores de notícias, onde é 'cada tiro cada gaio' no que toca a erros de palmatória, de léxico, gramaticais ou não ou simples ausência de cultura geral...)
Por isso me fico com uma modesta mão-cheia de incentivo para este seu 'menino' que é o hificlube.
Os meus sinceros parabéns e os meus agradecimentos por tudo o que me tem proporcionado ler ao longo de tantos anos.
Alberto de Almeida
_________________________________________________________
Ainda a Doce mentira
Qual a dimensão ou a importância do que se tem a dizer que
justifique enviar um mail a alguém que é cronista, jornalista,
director de um site, etc.?
Achei a analogia que fez de um amplificador a válvulas a um
velho amor, no mínimo, deliciosa. E se não justifica esta minha
consideração e apreço pela sua escrita e da sua maneira muito
peculiar de sentir o mundo da alta-fidelidade, paciência! Agora
já o escrevi.. e vou carregar no Send...
Samuel Xavier
Nota: para ler mais correio de leitores insira «emails» no campo de pesquisa