Na América o automóvel é rei. A tal ponto que ficar sem carta de condução tem quase tanto impacto social como perder a liberdade de circulação prevista na constituição. As autoridades utilizam um sistema de pontos: xis pontos por cada infracção grave num máximo de vinte pontos, independentemente das multas e da responsabilidade criminal, que eles não brincam em serviço. Quem atinge os 20 valores é «premiado» com a inibição de conduzir. Para sempre. Já que somos aliados nas coisas más, como a guerra, que tal transferir junto com as contrapartidas em armamento alguma legislação para evitar vítimas «colaterais» nas nossas estradas? Quem mata é preso, quer a arma tenha sido uma pistola ou um carro...
Como o respeitinho é muito bonito, os americanos conduzem por rectas sem fim a velocidades moderadas (máximo: 110 km/hora). Não acredite no que vê nos filmes: aquilo são tudo fitas! Um tipo vai numa estrada no meio do deserto, olha em redor e não vê vivalma até perder de vista, acelera um bocadinho e uns quilómetros à frente lá estão eles à sua espera. Fatal com o destino. Será que têm um satélite que os avisa?
Neste contexto, as longas horas passadas ao volante são um terreno fértil para o «in-car entertainment»: música em «surround», filmes em DVD (no banco de trás, claro), navegação por GPS, ligação à Internet via satélite, etc.
Instalação JBLNa Feira de Electrónica de Consumo, que se realizou em Las Vegas entre 9 e 12 de Janeiro, os fabricantes esforçaram-se por apresentar algo de novo, de diferente, de útil, ou apenas mais um brinquedo para crianças grandes com poder de compra. De facto, algumas das instalações em carrinhas e automóveis pareciam mais o interior de naves espaciais. A potência debitada era tanta que cheguei a pensar que iam mesmo levantar voo...
A grande novidade este ano foram o rádios com unidades de disco-rígido para armazenar quantidades industriais de informação: música, filmes, fotografias, ficheiros de computador, mapas, etc. Instalação AlpineA Alpine apresentou o HD Radio com uma unidade de 16GB designada por Media Driver. É portátil e pode ser ligada ao PC de casa por cabo USB para carregar ficheiros. A Rockford Fosgate foi ainda mais longe com o seu OmniFi que utiliza a tecnologia de transmissão WIFI, com um alcance de 60 metros, para carregar informação a partir do seu PC, mas desta vez sem fios: directo da sala para a garagem ou o jardim.
Sony XS-L121P5Numa aparente piscadela de olho à actual filosofia belicista da administração Bush, a Sony apresentou «subwoofers» e amplificadores digitais em forma de... pentágono.Sony XM-D400P5 E com um poder de fogo igualmente de respeit: o «sub» XS-L121P5 aguenta-se com 1.200W e o «amp» XM-D400P5 debita 800W! Estamos a falar de amplificadores para montar em automóveis...
Claro que a justificação técnica adiantada é de carácter pacífico, tal como o espírito construtivo da Sony: a forma pentagonal aumenta a rigidez estrutural e diminui a distorção em consequência. Sinceramente, continuo a achar que o XM-D400P5 parece-se mais com uma mina anti-pessoal que com um amplificador. E não sou só eu a pensar isso. A designação genérica escolhida pelo departamento de marketing da Sony para toda a sua linha de «car-audio» também não ajuda nada: Xplod!
Se é de um som «explosivo» que anda à procura para compensar o facto de ter de levantar o pé do acelerador, a Sony tem a resposta: mais watts, menos cavalos.
Como o respeitinho é muito bonito, os americanos conduzem por rectas sem fim a velocidades moderadas (máximo: 110 km/hora). Não acredite no que vê nos filmes: aquilo são tudo fitas! Um tipo vai numa estrada no meio do deserto, olha em redor e não vê vivalma até perder de vista, acelera um bocadinho e uns quilómetros à frente lá estão eles à sua espera. Fatal com o destino. Será que têm um satélite que os avisa?
Neste contexto, as longas horas passadas ao volante são um terreno fértil para o «in-car entertainment»: música em «surround», filmes em DVD (no banco de trás, claro), navegação por GPS, ligação à Internet via satélite, etc.
Instalação JBLNa Feira de Electrónica de Consumo, que se realizou em Las Vegas entre 9 e 12 de Janeiro, os fabricantes esforçaram-se por apresentar algo de novo, de diferente, de útil, ou apenas mais um brinquedo para crianças grandes com poder de compra. De facto, algumas das instalações em carrinhas e automóveis pareciam mais o interior de naves espaciais. A potência debitada era tanta que cheguei a pensar que iam mesmo levantar voo...
A grande novidade este ano foram o rádios com unidades de disco-rígido para armazenar quantidades industriais de informação: música, filmes, fotografias, ficheiros de computador, mapas, etc. Instalação AlpineA Alpine apresentou o HD Radio com uma unidade de 16GB designada por Media Driver. É portátil e pode ser ligada ao PC de casa por cabo USB para carregar ficheiros. A Rockford Fosgate foi ainda mais longe com o seu OmniFi que utiliza a tecnologia de transmissão WIFI, com um alcance de 60 metros, para carregar informação a partir do seu PC, mas desta vez sem fios: directo da sala para a garagem ou o jardim.
Sony XS-L121P5Numa aparente piscadela de olho à actual filosofia belicista da administração Bush, a Sony apresentou «subwoofers» e amplificadores digitais em forma de... pentágono.Sony XM-D400P5 E com um poder de fogo igualmente de respeit: o «sub» XS-L121P5 aguenta-se com 1.200W e o «amp» XM-D400P5 debita 800W! Estamos a falar de amplificadores para montar em automóveis...
Claro que a justificação técnica adiantada é de carácter pacífico, tal como o espírito construtivo da Sony: a forma pentagonal aumenta a rigidez estrutural e diminui a distorção em consequência. Sinceramente, continuo a achar que o XM-D400P5 parece-se mais com uma mina anti-pessoal que com um amplificador. E não sou só eu a pensar isso. A designação genérica escolhida pelo departamento de marketing da Sony para toda a sua linha de «car-audio» também não ajuda nada: Xplod!
Se é de um som «explosivo» que anda à procura para compensar o facto de ter de levantar o pé do acelerador, a Sony tem a resposta: mais watts, menos cavalos.