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2004

Audioblog 1: Dois-em-um: Sacd Estéreo+multicanal



Sou leitor do Abrupto, o blog do JPP. Nem sempre. Às vezes. E, quando leio, apetece-me escrever em registo de blog, sem critério específico nem cuidado excessivo - ao correr do teclado. Todos os dias. Para prender os leitores que, aqui e ali, me escapam por entre os dedos na voracidade da net. Voltam, é certo, que eu controlo as entradas. Mas eu quero-os a todos comigo todos os dias. Acabo por perder tempo em páginas alheias como o Clube do Audio. Se é que se pode perder tempo, quando discutimos coisas de que gostamos, a ponto de já fazerem parte de nós, do nosso DNA, perdão, ADN.



A verdade é que todos os dias penso, pratico, afino, oiço, monto «áudio». Por que não contar aos leitores na secção AUDIÓFILIA CRÓNICA como foi o meu dia audiófilo? Se não todos os dias, pelo menos com mais frequência para tentar os leitores a «ir ver se há alguma coisa nova»...



Tenho andado entretido com o Theta Compli. Um verdadeiro «Universal»: lê tudo sem discutir. Chateia-me o facto de precisar de um monitor de TV para correr o menu. E de não ter certas informações no visor. Tem um conversor DD e DTS tão bom que deixei de utilizar o do Showcase. E tem uma particularidade com SACD que o Sony não me oferece: tem todas as saídas activas em banda larga o tempo todo. O que significa que posso ouvir simultaneamente uma faixa de um SACD em dois canais e em multicanal.



Liguei as saída estéreo ao McIntosh C2200 e este ao Krell 400cx e às ML Odyssey; e as saídas multicanal (centro e surround) ao Krell Showcase e respectivo amplificador para alimentar a ML Theater i e as Clarity.



O SACD multicanal (também resulta com DVD-Audio) não foi pensado para ser ouvido desta forma pouco ortodoxa, e eu não aconselho esta prática (se disserem que fui eu, nego). Os canais frontais passam assim a ter toda a informação contida nos restantes canais. O que torna complicada a afinação. E devem haver alguns problemas de fase, admito. E até de coerência temporal. Mas pelo menos não fico dependente do que o engenheiro de som pensa que é mais importante «roubar» aos canais frontais para enviar para o centro e para trás. O problema é como regular o volume, uma vez que deixa de haver um «master». Simples: regula-se o par frontal a gosto, e vai-se subindo o volume do Showcase até ficar no ponto. Depois é só (des)compensar o excesso de informação atrás que está agora tão na moda. A versão SACD da «Abertura 1820» da Telarc tem uma faixa com ruído rosa simultâneo em todos os canais o que ajuda muito.



De uma só vez mata dois coelhos: a solidez e a presença do centro da imagem não se diluem agora na «ambiência». Mas nem tente fazer isto se a sua coluna central é do tipo fatela. Nesse caso, é preferível prescindir dela e servir-se só do par frontal e do par traseiro. Algo que não pode fazer se optar pelas ligações politicamente correctas. Claro que pode configurar o leitor-SACD para eliminar o canal central, mas todas as «configurações» são obtidas em PCM (lá se vai o DSD...)



Por outro lado, não precisa de ter equipamento tão caro. O seu velho «integrado» e o resto do sistema estéreo abandonado a um canto dão perfeitamente para fazer a experiência junto com o seu novo AV todo a brilhar. Compare com as ligações ortodoxas propostas no manual e escolha. Se não gostar volta a arrumar tudo no sotão...


Amigos como dantes.

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