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2004

Ces 2004: O Amuo Da Wilson



Família Wilson (foto tirada em NY, em 2002)


A CES é uma maratona para a qual tenho de me preparar fisicamente durante o ano. É preciso andar quilómetros para ver/ouvir tudo. Alguns fabricantes recusam-se a ser acantonados nos aquartelamentos propostos pela organização (sempre poupam uns largos milhares de dólares) e refugiam-se no conforto dos hotéis com a vantagem de só receberem quem querem. A Linn estava no Bellagio e a BW e a Wilson no Mirage. Acontece que não é fácil palmilhar o Convention Center, onde os visitantes chocam uns com os outros como formigas, andar na montanha russa que é o sobe-e-desce do Alexis Park (um aldeamento turístico de apartamentos em banda de rés-de-chão e 1º andar), aturar os maduros do The Show e chegar ao fim do dia ainda com vontade de visitar as capelinhas espalhadas pela «Strip» (não confundir com «stripper»). Ainda por cima é preciso «marcar consulta».


Foi Sheryl Wilson quem me atendeu o telefone, simpática como sempre:
«Hi, Jose, how are you doing, bla, bla...», mas notei no tom de voz que não fora tão efusiva como habitualmente. «Sim, sim, claro vou ver se posso arranjar uma hora para si. Volte a telefonar...». Olá, aqui há gato, pensei, da outra vez estive lá junto com os russos e os japoneses e foi uma paródia. E havia mesmo gato. Alguém me contou depois que estavam um pouco amuados, só um pouco, nada de grave... E porquê? Por causa disto que correu mundo:


«The Stradivari sounded like a live performance in a real venue, filling the room with sound and doing the proverbial vanishing act. Maybe less so because you just couldn't take your eyes off them. Given the larger than usual baffle, focus is not to the pin-point accuracy standard of, say, the Wilson Watts Puppies (their natural competition in this price range), suggesting some attention to “toe-in” to further sweeten the 'spot'. On the other hand I must confess I've never heard live “pin-point focus” as the instruments and singers usually energize the air around them creating a “bubble” of sound not just an “ideal” point source. In this particular aspect of sound reproduction, the Stradivari is closer to reality.» José Victor Henriques in Hificlube.


Resposta de JVH: desamuem-se, mantenho tudo o que escrevi! E não pus lá os pés...


E tive pena, apesar de saber que os marotos tinham preparado uma ratoeira para os convidados, e eu, que nunca me engano e raramente tenho dúvidas, podia ter caído que nem um pato. Eu conto, foi assim:


Montaram um sistema composto por colunas BW (na Wilson são sempre as BW o bombo da festa, alguma fixação?) e alimentado por Krells que servia como termo de comparação de um sistema composto por Wilson Sophia alimentadas por um amplificador baratucho, tendo como fonte secreta (só o revelavam no fim) um iPod da Apple! Claro que toda a gente gabava muito as Sophia (que, de resto, são óptimas como tudo o que Dave Wilson faz). Um convidado não vai deitar abaixo o sistema do anfitrião, depois de lhe comer os canapés e beber o bordeaux, não é?! No fim mostravam o iPod (que funciona com um codex de compressão tipo MP3) e ficava tudo com uma gan'da cachola! Marotos...


Ah, e apresentaram as novas Maxx III...






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