Retroprojector Sim2 Domino: parece um «plasma» mas não é...
«Sons» é apenas uma designação genérica, não é um espartilho. E se é verdade que eu prefiro divulgar equipamento de áudio, não posso ignorar o vídeo, ainda que, neste contexto, as minhas opiniões sejam apenas as de um consumidor informado e não as de um especialista (fica a ressalva). Cego é o que não quer ver, e eu, quando gosto do que vejo, partilho com os leitores essa experiência. Um pouco como MEC quando relata as sua experiências gastronómicas. Ou seja, tal como ele, no plano videófilo, eu mal sei «estrelar um ovo», mas isso não me impede de «molhar o pão» com prazer. E também gosto de entrar na cozinha e conhecer a receita.
A Videoacústica apresentou recentemente no Hotel Palácio, no Estoril, as novidades de uma das suas marcas representadas, a Sim2, uma empresa italiana que alia forma e função, design e qualidade. Como quase sempre acontece com as marcas italianas, a Sim2 não pretende concorrer com os produtos congéneres das multinacionais dirigidos ao grande público. A Sim2 não desenvolve tecnologia própria, o que implicaria vultuosos investimentos, que não estão ao alcance de pequenas e médias empresas, limita-se a utilizar a tecnologia disponível no mercado mundial e a tirar dela o melhor partido, dedicando a arte e o engenho, que decorrem da sua própria cultura, aos pormenores que fazem a diferença num mercado difícil e exigente: é o tal «valor acrescentado» e «imagem de marca» made in Italy (mesmo quando a montagem é feita em países terceiros) que tanta falta fazem à nossa indústria.
A Sim2 especializou-se em projectores de vídeo com imagem cinematográfica. Os retroprojectores são uma forma de domesticar os «projectores de parede», de os adaptar às necessidades do dia-a-dia. É assim como pôr um «passarinho colorido» dentro de uma gaiola grande. Daí que se pareçam com televisores, algures entre os «plasmas» e os CRT (convencionais). Não são uma coisa nem outra.
A linha de retroprojectores Domino da Sim2 oferece tecnologia DLP (Digital Light Processing) da Texas Instruments, processamento de imagem Faroudja, lentes Minolta e... design italiano. Tudo ingredientes de qualidade. O resultado final é o fruto da paixão que os italianos põem em tudo o que fazem.
Sobre os plasmas têm a vantagem de não utilizar qualquer material orgânico: fósforo ou gases. Por isso não «queimam» e não se «consomem». Um plasma ao fim de uns anos deita-se fora. A lâmpada do Domino dura 6.000 horas, substitui-se e o retroprojector fica como novo. E não emite Raios X prejudiciais à saúde, nem sofre da «estática» que nos arrepanha os pêlos dos braços quando passamos perto.
A tecnologia DLP, da Texas Instruments, utiliza apenas luz e espelhos, milhões de espelhos microscópicos, como num truque de magia. Os espelhos movem-se a altas frequências comandados por um sinal eléctrico reflectindo a luz no ecrã ou fazendo-a incidir numa «câmara escura» que a aborve quando se pretende reproduzir a ausência da dita, o preto. O processo é demasiado complexo para ser aqui descrito em pormenor. Mas os leitores podem ver uma animação computorizada aqui Para reproduzir a cor o sistema precisa de uma «roda de cor», que é o calcanhar de Aquiles da tecnologia DLP. A roda, que contém filtros com as três cores primárias: vermelho, verde e azul (RGB), gira a alta velocidade em frente do feixe de luz branca antes de esta atingir o sensor criando um padrão de cor. Por exemplo, quando se quer reproduzir a cor púrpura, o vermelho e o azul são «misturados» em partes iguais e o verde é ignorado; se misturarmos vermelho e verde, ignora-se o azul e temos amarelo, e assim por diante.
O problema é que há quem detecte o «efeito de arco-íris» provocado pelo movimento dos três segmentos coloridos da roda. Para evitar esse «mal estar visual» a Sim2 utiliza rodas de 6-segmentos que funcionam ao dobro da velocidade. Mesmo assim há quem diga que «vê o arco-íris» como também há quem diga que vê almas penadas. O que eu vejo muitas vezes são jogadores de futebol de camisolas coloridas arrastando-se no campo como almas penadas. Mas o problema aí não é da roda, é da bola...
Há uma solução ainda mais radical que é utilizar um sensor (DMD) para cada cor. O projector Sim2 HT500 já utiliza essa tecnologia de «triplo-chip» mas o preço dispara literalmente: €30.000! Haja bom senso: se não pudemos ter o Figo, contentamo-nos com o Simão...
Depois de termos aqui equacionado as virtudes e defeitos dos plasmas e dos LCD, eis a tecnologia DLP como uma terceira alternativa «ecológica» para quem se pode dar ao luxo de dispensar o velho caixote. Os retroprojectores Sim2 Domino DLP 45TVBS-C e 55TVBS-MC já vêm com sintonizador incorporado, resolução de 1280 x 720, «chip» DMD HD2 da Texas Instruments com uma notável qualidade de imagem e sem alguns dos inconvenientes dos plasmas e LCD, nomeadamente o desagradável «arrastamento» e o ângulo de visionamento limitado. Com um ângulo de visão de 180º, já não precisa de se sentar mesmo em frente para a imagem não perder cor e brilho. O preço é concorrencial: respectivamente €6.926.00 e €8.174.00 e vai animar o mercado dos grandes ecrãs planos de alta resolução em tempo de Euro2004.
Os «Dominos» ocupam praticamente o mesmo espaço de um plasma: a pequena bossa piramidal atrás pode levar alguns potenciais interessados a torcer o nariz (não dá para pendurar na parede como um quadro) e o ruído da ventoinha de arrefecimento pode ouvir-se no silêncio da noite, mas isso é só até comparar a imagem com a concorrência plasmática...
Distribuidor: Videoacústica, telef. 214241770, [email protected]
«Sons» é apenas uma designação genérica, não é um espartilho. E se é verdade que eu prefiro divulgar equipamento de áudio, não posso ignorar o vídeo, ainda que, neste contexto, as minhas opiniões sejam apenas as de um consumidor informado e não as de um especialista (fica a ressalva). Cego é o que não quer ver, e eu, quando gosto do que vejo, partilho com os leitores essa experiência. Um pouco como MEC quando relata as sua experiências gastronómicas. Ou seja, tal como ele, no plano videófilo, eu mal sei «estrelar um ovo», mas isso não me impede de «molhar o pão» com prazer. E também gosto de entrar na cozinha e conhecer a receita.
A Videoacústica apresentou recentemente no Hotel Palácio, no Estoril, as novidades de uma das suas marcas representadas, a Sim2, uma empresa italiana que alia forma e função, design e qualidade. Como quase sempre acontece com as marcas italianas, a Sim2 não pretende concorrer com os produtos congéneres das multinacionais dirigidos ao grande público. A Sim2 não desenvolve tecnologia própria, o que implicaria vultuosos investimentos, que não estão ao alcance de pequenas e médias empresas, limita-se a utilizar a tecnologia disponível no mercado mundial e a tirar dela o melhor partido, dedicando a arte e o engenho, que decorrem da sua própria cultura, aos pormenores que fazem a diferença num mercado difícil e exigente: é o tal «valor acrescentado» e «imagem de marca» made in Italy (mesmo quando a montagem é feita em países terceiros) que tanta falta fazem à nossa indústria.
A Sim2 especializou-se em projectores de vídeo com imagem cinematográfica. Os retroprojectores são uma forma de domesticar os «projectores de parede», de os adaptar às necessidades do dia-a-dia. É assim como pôr um «passarinho colorido» dentro de uma gaiola grande. Daí que se pareçam com televisores, algures entre os «plasmas» e os CRT (convencionais). Não são uma coisa nem outra.
A linha de retroprojectores Domino da Sim2 oferece tecnologia DLP (Digital Light Processing) da Texas Instruments, processamento de imagem Faroudja, lentes Minolta e... design italiano. Tudo ingredientes de qualidade. O resultado final é o fruto da paixão que os italianos põem em tudo o que fazem.
Sobre os plasmas têm a vantagem de não utilizar qualquer material orgânico: fósforo ou gases. Por isso não «queimam» e não se «consomem». Um plasma ao fim de uns anos deita-se fora. A lâmpada do Domino dura 6.000 horas, substitui-se e o retroprojector fica como novo. E não emite Raios X prejudiciais à saúde, nem sofre da «estática» que nos arrepanha os pêlos dos braços quando passamos perto.
A tecnologia DLP, da Texas Instruments, utiliza apenas luz e espelhos, milhões de espelhos microscópicos, como num truque de magia. Os espelhos movem-se a altas frequências comandados por um sinal eléctrico reflectindo a luz no ecrã ou fazendo-a incidir numa «câmara escura» que a aborve quando se pretende reproduzir a ausência da dita, o preto. O processo é demasiado complexo para ser aqui descrito em pormenor. Mas os leitores podem ver uma animação computorizada aqui Para reproduzir a cor o sistema precisa de uma «roda de cor», que é o calcanhar de Aquiles da tecnologia DLP. A roda, que contém filtros com as três cores primárias: vermelho, verde e azul (RGB), gira a alta velocidade em frente do feixe de luz branca antes de esta atingir o sensor criando um padrão de cor. Por exemplo, quando se quer reproduzir a cor púrpura, o vermelho e o azul são «misturados» em partes iguais e o verde é ignorado; se misturarmos vermelho e verde, ignora-se o azul e temos amarelo, e assim por diante.
O problema é que há quem detecte o «efeito de arco-íris» provocado pelo movimento dos três segmentos coloridos da roda. Para evitar esse «mal estar visual» a Sim2 utiliza rodas de 6-segmentos que funcionam ao dobro da velocidade. Mesmo assim há quem diga que «vê o arco-íris» como também há quem diga que vê almas penadas. O que eu vejo muitas vezes são jogadores de futebol de camisolas coloridas arrastando-se no campo como almas penadas. Mas o problema aí não é da roda, é da bola...
Há uma solução ainda mais radical que é utilizar um sensor (DMD) para cada cor. O projector Sim2 HT500 já utiliza essa tecnologia de «triplo-chip» mas o preço dispara literalmente: €30.000! Haja bom senso: se não pudemos ter o Figo, contentamo-nos com o Simão...
Depois de termos aqui equacionado as virtudes e defeitos dos plasmas e dos LCD, eis a tecnologia DLP como uma terceira alternativa «ecológica» para quem se pode dar ao luxo de dispensar o velho caixote. Os retroprojectores Sim2 Domino DLP 45TVBS-C e 55TVBS-MC já vêm com sintonizador incorporado, resolução de 1280 x 720, «chip» DMD HD2 da Texas Instruments com uma notável qualidade de imagem e sem alguns dos inconvenientes dos plasmas e LCD, nomeadamente o desagradável «arrastamento» e o ângulo de visionamento limitado. Com um ângulo de visão de 180º, já não precisa de se sentar mesmo em frente para a imagem não perder cor e brilho. O preço é concorrencial: respectivamente €6.926.00 e €8.174.00 e vai animar o mercado dos grandes ecrãs planos de alta resolução em tempo de Euro2004.
Os «Dominos» ocupam praticamente o mesmo espaço de um plasma: a pequena bossa piramidal atrás pode levar alguns potenciais interessados a torcer o nariz (não dá para pendurar na parede como um quadro) e o ruído da ventoinha de arrefecimento pode ouvir-se no silêncio da noite, mas isso é só até comparar a imagem com a concorrência plasmática...
Distribuidor: Videoacústica, telef. 214241770, [email protected]