O aforismo de que uma imagem vale mais que mil palavras nunca foi tão verdadeiro. Este é o século da imagem. A televisão domina o nosso quotidiano. E o sucesso do DVD deve-se, hélas, à imagem não ao som. Por muito que isso custe a engolir aos audiófilos...

O áudio também se promove com «vernissages». Marca-se uma data e um lugar, convidam-se as pessoas e mostram-se as novidades. Sobre os «hifishows» têm a vantagem da exclusividade e do atendimento personalizado. Foi assim este fim-de-semana na Absolut Sound and Vision

Não é fácil escrever todas as semanas num jornal sobre um tema tão árido e entrópico como o áudio. As crónicas políticas, sociais e de costumes podem ser escritas na praia, ou até na mesa do café; e as críticas de livros, discos e cinema não exigem o transporte, montagem e afinação de sistemas de som de milhares de euros, nem audições exaustivas.

Há dois meses que ando a ouvir o Theta Generation VIII, um conversor digital/analógico considerado na terra de Bush como o estado-puro-da-arte, utilizando como transporte o Leitor-Universal «Compli» da mesma marca.

Os Halcro e as Stradivari exibiram-se no Hotel Marriot paredes meias com um Congresso de Dermatologia que debateu, entre outras coisas, a pele de galinha dos audiófilos...

Aqui se inicia um texto publicado em três «actos» da autoria do audiófilo militante João Jarego, mentor e moderador do Clube do Audio sob o pseudónimo de Vermeer

Elas tremem quando eles chegam a casa com aquele sorriso de cachorrinho mimado nos lábios: «Querida, vou montar um plasma com sistema «surround» na sala...»

Depois dos LCD, plasmas e retroprojectores, chegou a vez dos projectores de vídeo, que são a única forma conhecida de adaptar a dimensão da imagem ao som do cinema em casa