António Almeida, feliz, posa junto das Vivid Audio K1. Mais uma aposta corajosa da Ajasom num mercado em recessão.
Lawrence Dickie mantém a aposta nos altifalantes de metal com movimento de pistão puro numa banda muito larga; nos tubos de carga (a la Nautilus) dos altifalantes de médios e agudos; e nas formas exóticas das colunas obtidas por moldagem de resina de poliester. Se bem se lembram as Nautilus têm a forma do caracol marinho que lhes dá o nome.
Vivid B1. No primeiro plano, em perspectiva da zona posterior (de notar o 'duplo' do altifalante de graves)
Interessante também é a actual opção pela montagem na parte posterior da caixa de “duplos” dos altifalantes de graves (em tandem bipolar) acolitados por um pórtico “reflex” que aqui acaba por funcionar mais como um “túnel” que atravessa toda a coluna.
Foto de grupo: de notar o modelo C1(central) no meio das B1
Não é este o tempo e o espaço para uma descrição técnica detalhada, pelo que aguardo com ansiedade a possibilidade já garantida de testar um par de B1 (o modelo mais pequeno) para então me alongar sobre muitos destes aspectos que, não sendo novidades, surgem pela primeira vez associados num único produto. Entretanto, os leitores que dominam o inglês podem informar-se em pormenor aqui.
Philip Guttentag, da Vivid Audio
A convite do distribuidor Ajasom, a Vivid Audio fez-se representar por Philip Guttentag, que dissertou em breve palestra sobre alguns dos pormenores técnicos que tornam a Vivid Audio uma marca de elevado potencial audiófilo.
AUDIÇÃO DAS K1
Aspecto da sala com o equipamento em exibição.
Já tinha tido um encontro imediato de terceiro grau com o modelo K1 em Munique. Na ocasião, tinham como fonte um gira-discos Clearaudio, e a qualidade do som surpreendeu-me pela positiva. Voltei a encontrá-las agora numa sala enorme do hotel Marriott, em Lisboa, com amplificação Conrad-Johnson Premier 350, prévio Nagra PL-L, e tendo como fonte a “artilharia” completa da dCS: Elgar Plus+Verdi Encore (novidade) e cabos Kimber Cable. Admito que soaram melhor em Munique (seria do gira-discos?)
Mas, apesar de precisarem obviamente de mais umas horas de “queima” (alguma dureza benigna nos registos médios desvanece-se com o tempo), apresentaram já características que as irão tornar num caso muito sério no panorama audiófilo nacional.
Embora a “boca do palco” surja um pouco mais recuada (“laid-back”, é a expressão inglesa adequada), o que poderá sugerir a ilusão de menor “presença”, para o qual contribui também a agradável doçura do agudo, a distribuição dos intervenientes no palco sonoro é precisa e elegante, quando não mesmo excelente no plano da profundidade: os coros da Missa Criola, de Ariel Ramirez, com Carreras, são um bom exemplo disso.
Apesar deste aparente recato, a resolução é muito elevada nos registos médios e a articulação e definição dos graves é notável.
No conjunto, o som tem equilíbrio e coerência de fase, patente na forma como reproduz o decaimento natural das notas. A elevada sensibilidade (100dB!) pressupõe a possibilidade de as acolitar com amplificadores a válvulas do tipo SE de muito baixa potência.
Se considerarmos ainda a modernidade do design, estamos perante uma coluna capaz de agradar a um vasto leque de potenciais clientes de ambos os sexos. Prevejo um grande sucesso comercial para esta coluna, apesar do preço elevado.
Nota: a propósito de um email de João Jarego (um problema informático, impede-me de colocar o correio recente online) a informação de que a sensibilidade das Vivid é de 100dB/1w/1m foi-me fornecida pelo próprio Philip Guttentag. Quanto o tentei contrariar, dizendo que se trata de uma sensibilidade própria de uma corneta, insistiu que as Vivid K1 são compatíveis com amps a válvulas de 20W/c. Tenho agendada uma entrevista com Lawrence Dickie para esclarecer esta e outras dúvidas.
Distribuidor: AJASOM, telef. 21 474 87 09 .
Lawrence Dickie mantém a aposta nos altifalantes de metal com movimento de pistão puro numa banda muito larga; nos tubos de carga (a la Nautilus) dos altifalantes de médios e agudos; e nas formas exóticas das colunas obtidas por moldagem de resina de poliester. Se bem se lembram as Nautilus têm a forma do caracol marinho que lhes dá o nome.
Vivid B1. No primeiro plano, em perspectiva da zona posterior (de notar o 'duplo' do altifalante de graves)
Interessante também é a actual opção pela montagem na parte posterior da caixa de “duplos” dos altifalantes de graves (em tandem bipolar) acolitados por um pórtico “reflex” que aqui acaba por funcionar mais como um “túnel” que atravessa toda a coluna.
Foto de grupo: de notar o modelo C1(central) no meio das B1
Não é este o tempo e o espaço para uma descrição técnica detalhada, pelo que aguardo com ansiedade a possibilidade já garantida de testar um par de B1 (o modelo mais pequeno) para então me alongar sobre muitos destes aspectos que, não sendo novidades, surgem pela primeira vez associados num único produto. Entretanto, os leitores que dominam o inglês podem informar-se em pormenor aqui.
Philip Guttentag, da Vivid Audio
A convite do distribuidor Ajasom, a Vivid Audio fez-se representar por Philip Guttentag, que dissertou em breve palestra sobre alguns dos pormenores técnicos que tornam a Vivid Audio uma marca de elevado potencial audiófilo.
AUDIÇÃO DAS K1
Aspecto da sala com o equipamento em exibição.
Já tinha tido um encontro imediato de terceiro grau com o modelo K1 em Munique. Na ocasião, tinham como fonte um gira-discos Clearaudio, e a qualidade do som surpreendeu-me pela positiva. Voltei a encontrá-las agora numa sala enorme do hotel Marriott, em Lisboa, com amplificação Conrad-Johnson Premier 350, prévio Nagra PL-L, e tendo como fonte a “artilharia” completa da dCS: Elgar Plus+Verdi Encore (novidade) e cabos Kimber Cable. Admito que soaram melhor em Munique (seria do gira-discos?)
Mas, apesar de precisarem obviamente de mais umas horas de “queima” (alguma dureza benigna nos registos médios desvanece-se com o tempo), apresentaram já características que as irão tornar num caso muito sério no panorama audiófilo nacional.
Embora a “boca do palco” surja um pouco mais recuada (“laid-back”, é a expressão inglesa adequada), o que poderá sugerir a ilusão de menor “presença”, para o qual contribui também a agradável doçura do agudo, a distribuição dos intervenientes no palco sonoro é precisa e elegante, quando não mesmo excelente no plano da profundidade: os coros da Missa Criola, de Ariel Ramirez, com Carreras, são um bom exemplo disso.
Apesar deste aparente recato, a resolução é muito elevada nos registos médios e a articulação e definição dos graves é notável.
No conjunto, o som tem equilíbrio e coerência de fase, patente na forma como reproduz o decaimento natural das notas. A elevada sensibilidade (100dB!) pressupõe a possibilidade de as acolitar com amplificadores a válvulas do tipo SE de muito baixa potência.
Se considerarmos ainda a modernidade do design, estamos perante uma coluna capaz de agradar a um vasto leque de potenciais clientes de ambos os sexos. Prevejo um grande sucesso comercial para esta coluna, apesar do preço elevado.
Nota: a propósito de um email de João Jarego (um problema informático, impede-me de colocar o correio recente online) a informação de que a sensibilidade das Vivid é de 100dB/1w/1m foi-me fornecida pelo próprio Philip Guttentag. Quanto o tentei contrariar, dizendo que se trata de uma sensibilidade própria de uma corneta, insistiu que as Vivid K1 são compatíveis com amps a válvulas de 20W/c. Tenho agendada uma entrevista com Lawrence Dickie para esclarecer esta e outras dúvidas.
Distribuidor: AJASOM, telef. 21 474 87 09 .