JORGE CABRAL
“Sons e Imagens de Outono”
Foi mais um audioshow num fim-de-semana chuvoso, a contrastar com os últimos anos onde o fim tórrido do Verão se misturava com o calor libertado por muitas válvulas, o sinusóide contínuo dos classe A e ainda as muitas discussões de alguns audiófilos crónicos.
Novidades? Algumas…
Podemos falar em matéria de som e destaco em colunas as Vivid Audio que colocaram naquela sala o Atrium Musicae de Madrid dirigido por Gregório Paniagua com realismo convincente, apesar do seu aspecto entre um aborígene e um alien, nada ter a ver com a peça musical que é fantástica e tão inovadora quanto as Vivid.
Ainda nesta matéria, destaco as Martin Logan Summit que se estrearam com uma garra que deixa antever mais um excelente produto deste construtor, que parece ter conseguido com este projecto o que há anos parecia impossível, integrar o grave (bobine) com o painel electrostático - perfeito!
Naturalmente, outros sons me mereceriam comentário, Von Schweikert, Amphion/Belcanto etc,etc
O destaque vai para ……com certeza as grandes Alexandria / Krell Evolution que, com a mestria habitual do Luís Campos soaram bem longe da concorrência ( que por acaso não tinham ) levando a Imacústica ao patamar supremo do high-end. Parabéns.
Mas se até aqui falei de transdutores que são o elo final da cadeia com a responsabilidade de nos transportar ao Nirvana musical, gostaria de falar também do princípio; das fontes!
Infelizmente, só mesmo as digitais. Para mim, as três melhores do momento embora só duas estivessem activas - o Reimyo e o DCS Elgar. A outra, uma novidade absoluta - Áudio Research Reference CD 7 que promete arrumar o assunto até que um suporte definitivo venha um dia nova dimensão à música! Eu não sei se será mesmo necessário pois, com qualquer destas máquinas, só mesmo as personalidades de carácter obsessivo - compulsivo não ficaram totalmente satisfeitas.
Aquilo que parecia uma promessa deste audioshow, em sintonia de resto com outros eventos mundiais - o regresso do analógico, ficou envergonhadamente nas prateleiras! Não culpo naturalmente os importadores, mas a esperança de ver um VPI - HRX ou um Oracle Delphy V era grande! Mesmo assim Wilson Benesch e o Rui Borges último davam o compassoque nos fazia vibrar por dentro. Mas já é bom eles estarem cá. Aguardemos melhores dias.
O show não estaria completo sem a imagem que se apresentou com duas novidades: uma absoluta, que é uma janela aberta para o futuro, sim, estou a falar da máquina experimental na resolução 1920x1080 com uma imagem absoluta para o olho humano (ProjectionDesign/SoundEclipse).
A segunda, que é já adquirível, no presente e no futuro imediato, foi a produzida pelo SIM2 com o C3X também ele uma inovação espectacular e sem concorrentes, como nos vem habituando há já algum tempo (Digisom).
Muito mais poderia contar mas a emoção está contida nestas palavras. Para o ano há mais…
Façam a gestão das vossas emoções com a certeza de que a perfeição não existe! Apenas como motor de sonhos, o que conta mesmo é a quantidade de gozo que podemos retirar em cada momento. Um sistema pode até ser barato, não ter prato, não faz mal, ele é certamente especial!
Jorge Cabral
Nota: Fotos da autoria de Guilherme Cabral (filho de Jorge Cabral)
NORBERTO SILVA
Este foi o meu 11º AudioShow, e atribuindo um titulo este seria 'Menos é Mais'. Por curiosidade apenas estive presente no sábado, ou seja a minha visita limitou-se apenas a um só dia. Hoje tenho a certeza que tomei a decisão acertada, pois reparei que havia menos quantidade e alguma qualidade e cuidado nos expositores, e porque achei que havia menos expositores dedicados exclusivamente à 'Pirotecnia', vulgo AV´S baratinhos e estridentes. Por isso notei a ausência dos sistemas com 'canhões, tiros e explosões' que com o seu troar e o tinir destoadamente, apenas atraem aqueles que procuram emoções instantâneas. Nota-se tb uma aumento do cuidado nas apresentações, resultando por isso num aumento qualitativo em geral. Mas eu sou suspeito porque eu sou (STEREOMan).
Sem reservas que foi o melhor Som que ouvi neste AudioShow 2005
E é sobre os sistemas em Stereo que pretendo fazer alguns comentários, começo pela sala (C403) da Quadros e Ventura, e digo já sem reservas que foi o melhor Som que ouvi neste AudioShow 2005, mesmo atendendo aos condicionalismos da sala (dimensões da mesma e alguma profusão excessiva de apetrechos decorativos), tendo ficado com a agradável sensação que a boa qualidade de som num sistema completo, é possível mesmo sem ser necessário assaltar um banco para o colocar na nossas salas tipicas da maioria dos portugueses. É por isso economicamente aceitável, para uma boa parte das pessoas que podem e gostam!
No segmento em que se inserem os amplificadores a Válvulas não muito caros, também gostei muito do sistema apresentado pela Delmax. Mais uma vez os meus Amigos Rui Borges e Carla estiveram muito bem, e espero que o esforço e o trabalhão que tiveram lhes seja compensado, e que mais pessoas se iniciem nas audições ao 'mundo das Válvulas'.
Fiquei também com muito boa impressão da Delaudio na sala C602, que com os novos amplificadores e Leitores de CD da AdvanceAcoustic em conjunto com as colunas da Monitor Áudio me deixaram boa impressão. Espero voltar a ouvir estes conjuntos em melhores condições, até porque têm preços muito interessantes (em tempos de crise o mote tem que ser obrigatoriamente 'o melhor por menos').
Meus caros eu penso que toda a gente deve viver com a sua realidade, eu sei que faz muito bem ao Ego dizer que se ouviu o sistema High-end A ou B e que são experiências únicas, em alguns casos culturalmente enriquecedoras. Se as pessoas tiverem essa consciência óptimo, mas não é isso que acontece na maior parte dos casos porque hoje em dia é muito fácil criarem-se altas expectativas que depois acabam em frustrações; depresssões e outros “ões”.
As expectativas foram por isso superadas não só ao que estava exposto, mas também porque tive a rara oportunidade de conhecer pessoalmente o Sr. José Vitor Henriques, depois de tantos anos passados a ler os artigos de sua autoria. Digo isto porque ficamos sempre no nosso imaginário com alguns referenciais que fazemos premeditadamente das pessoas que depois a realidade desvanesce.
No meu caso como disse e repito, foi tudo superado mesmo naquelas condições com trocas de impressões rápidas e com várias solicitações, foi sempre afável, e simpático tanto mais é que acabei por receber como oferta o disco dos Pink Floyd The Dark Side of the Moon em (SACD).
Por isso espero que não apareça alguém a dizer que estou a dar graxa para receber o disco que ele prometeu,oferecer a quem escrevesse sobre o AudioShow. Eu estou a ser sincero e grato para a pessoa que me tratou afavelmente bem, o que nem sempre é habito para muitas pessoas, pois que para algumas delas basta discordar para dizer mal da pessoa ou das coisas. Não quero alongar-me mais neste espaço.
Fica aqui a minha visão muito pessoal do AudioShow2005.
Norberto Lima da Silva
“Sons e Imagens de Outono”
Foi mais um audioshow num fim-de-semana chuvoso, a contrastar com os últimos anos onde o fim tórrido do Verão se misturava com o calor libertado por muitas válvulas, o sinusóide contínuo dos classe A e ainda as muitas discussões de alguns audiófilos crónicos.
Novidades? Algumas…
Podemos falar em matéria de som e destaco em colunas as Vivid Audio que colocaram naquela sala o Atrium Musicae de Madrid dirigido por Gregório Paniagua com realismo convincente, apesar do seu aspecto entre um aborígene e um alien, nada ter a ver com a peça musical que é fantástica e tão inovadora quanto as Vivid.
Ainda nesta matéria, destaco as Martin Logan Summit que se estrearam com uma garra que deixa antever mais um excelente produto deste construtor, que parece ter conseguido com este projecto o que há anos parecia impossível, integrar o grave (bobine) com o painel electrostático - perfeito!
Naturalmente, outros sons me mereceriam comentário, Von Schweikert, Amphion/Belcanto etc,etc
O destaque vai para ……com certeza as grandes Alexandria / Krell Evolution que, com a mestria habitual do Luís Campos soaram bem longe da concorrência ( que por acaso não tinham ) levando a Imacústica ao patamar supremo do high-end. Parabéns.
Mas se até aqui falei de transdutores que são o elo final da cadeia com a responsabilidade de nos transportar ao Nirvana musical, gostaria de falar também do princípio; das fontes!
Infelizmente, só mesmo as digitais. Para mim, as três melhores do momento embora só duas estivessem activas - o Reimyo e o DCS Elgar. A outra, uma novidade absoluta - Áudio Research Reference CD 7 que promete arrumar o assunto até que um suporte definitivo venha um dia nova dimensão à música! Eu não sei se será mesmo necessário pois, com qualquer destas máquinas, só mesmo as personalidades de carácter obsessivo - compulsivo não ficaram totalmente satisfeitas.
Aquilo que parecia uma promessa deste audioshow, em sintonia de resto com outros eventos mundiais - o regresso do analógico, ficou envergonhadamente nas prateleiras! Não culpo naturalmente os importadores, mas a esperança de ver um VPI - HRX ou um Oracle Delphy V era grande! Mesmo assim Wilson Benesch e o Rui Borges último davam o compassoque nos fazia vibrar por dentro. Mas já é bom eles estarem cá. Aguardemos melhores dias.
O show não estaria completo sem a imagem que se apresentou com duas novidades: uma absoluta, que é uma janela aberta para o futuro, sim, estou a falar da máquina experimental na resolução 1920x1080 com uma imagem absoluta para o olho humano (ProjectionDesign/SoundEclipse).
A segunda, que é já adquirível, no presente e no futuro imediato, foi a produzida pelo SIM2 com o C3X também ele uma inovação espectacular e sem concorrentes, como nos vem habituando há já algum tempo (Digisom).
Muito mais poderia contar mas a emoção está contida nestas palavras. Para o ano há mais…
Façam a gestão das vossas emoções com a certeza de que a perfeição não existe! Apenas como motor de sonhos, o que conta mesmo é a quantidade de gozo que podemos retirar em cada momento. Um sistema pode até ser barato, não ter prato, não faz mal, ele é certamente especial!
Jorge Cabral
Nota: Fotos da autoria de Guilherme Cabral (filho de Jorge Cabral)
NORBERTO SILVA
Este foi o meu 11º AudioShow, e atribuindo um titulo este seria 'Menos é Mais'. Por curiosidade apenas estive presente no sábado, ou seja a minha visita limitou-se apenas a um só dia. Hoje tenho a certeza que tomei a decisão acertada, pois reparei que havia menos quantidade e alguma qualidade e cuidado nos expositores, e porque achei que havia menos expositores dedicados exclusivamente à 'Pirotecnia', vulgo AV´S baratinhos e estridentes. Por isso notei a ausência dos sistemas com 'canhões, tiros e explosões' que com o seu troar e o tinir destoadamente, apenas atraem aqueles que procuram emoções instantâneas. Nota-se tb uma aumento do cuidado nas apresentações, resultando por isso num aumento qualitativo em geral. Mas eu sou suspeito porque eu sou (STEREOMan).
Sem reservas que foi o melhor Som que ouvi neste AudioShow 2005
E é sobre os sistemas em Stereo que pretendo fazer alguns comentários, começo pela sala (C403) da Quadros e Ventura, e digo já sem reservas que foi o melhor Som que ouvi neste AudioShow 2005, mesmo atendendo aos condicionalismos da sala (dimensões da mesma e alguma profusão excessiva de apetrechos decorativos), tendo ficado com a agradável sensação que a boa qualidade de som num sistema completo, é possível mesmo sem ser necessário assaltar um banco para o colocar na nossas salas tipicas da maioria dos portugueses. É por isso economicamente aceitável, para uma boa parte das pessoas que podem e gostam!
No segmento em que se inserem os amplificadores a Válvulas não muito caros, também gostei muito do sistema apresentado pela Delmax. Mais uma vez os meus Amigos Rui Borges e Carla estiveram muito bem, e espero que o esforço e o trabalhão que tiveram lhes seja compensado, e que mais pessoas se iniciem nas audições ao 'mundo das Válvulas'.
Fiquei também com muito boa impressão da Delaudio na sala C602, que com os novos amplificadores e Leitores de CD da AdvanceAcoustic em conjunto com as colunas da Monitor Áudio me deixaram boa impressão. Espero voltar a ouvir estes conjuntos em melhores condições, até porque têm preços muito interessantes (em tempos de crise o mote tem que ser obrigatoriamente 'o melhor por menos').
Meus caros eu penso que toda a gente deve viver com a sua realidade, eu sei que faz muito bem ao Ego dizer que se ouviu o sistema High-end A ou B e que são experiências únicas, em alguns casos culturalmente enriquecedoras. Se as pessoas tiverem essa consciência óptimo, mas não é isso que acontece na maior parte dos casos porque hoje em dia é muito fácil criarem-se altas expectativas que depois acabam em frustrações; depresssões e outros “ões”.
As expectativas foram por isso superadas não só ao que estava exposto, mas também porque tive a rara oportunidade de conhecer pessoalmente o Sr. José Vitor Henriques, depois de tantos anos passados a ler os artigos de sua autoria. Digo isto porque ficamos sempre no nosso imaginário com alguns referenciais que fazemos premeditadamente das pessoas que depois a realidade desvanesce.
No meu caso como disse e repito, foi tudo superado mesmo naquelas condições com trocas de impressões rápidas e com várias solicitações, foi sempre afável, e simpático tanto mais é que acabei por receber como oferta o disco dos Pink Floyd The Dark Side of the Moon em (SACD).
Por isso espero que não apareça alguém a dizer que estou a dar graxa para receber o disco que ele prometeu,oferecer a quem escrevesse sobre o AudioShow. Eu estou a ser sincero e grato para a pessoa que me tratou afavelmente bem, o que nem sempre é habito para muitas pessoas, pois que para algumas delas basta discordar para dizer mal da pessoa ou das coisas. Não quero alongar-me mais neste espaço.
Fica aqui a minha visão muito pessoal do AudioShow2005.
Norberto Lima da Silva