Para mim foram todos vencedores, e o disco podia ter sido atribuído a qualquer dos leitores cuja participação e entusiasmo agradeço, e espero que se repita, por exemplo, com críticas sobre o SACD de Elton John.
Felizmente, o patrocínio da Sony Portugal facilitou as coisas, pois o projecto inicial previa apenas a oferta do SACD de Bob Dylan, e eu ter-me-ia sentido mal por saber que todos os outros ficavam de mãos a abanar, quando o que se pretendia era que ficassem todos com a cabeça a abanar e os pés a bater ao ritmo da música. Assim, como diria mestre Holbein, fica todo o mundo contente, pois todos ganharam o SACD de Elton John+”Money”, dos Pink Floyd, o que vai reanceder o debate sobre se SACD é (ou não) melhor que CD. Eu considero que sim (embora o multicanal nas mãos erradas produza resultados algo bizarros). Mas estou aberto a que me provem o contrário.
Digamos que a atribuição do SACD a Marco Ferreira é antes uma forma de o compensar por ter utilizado uma longa citação sua no “Sons” desta semana (DN/Música):
“A audiofilia, no meu entender, move-se nos terrenos movediços da subjectividade em que estão mergulhadas muitas artes, como a pintura, a literatura ou a própria música. Por alguma razão não se chama audiologia!... Numa situação de audição como o Audioshow, este aspecto é ainda mais aparente. Como é possível exprimirmo-nos em relação a um dado elemento do sistema em separado? Aquilo que ouvimos depende de incontáveis variáveis: do leitor de CD/vinil, dos cabos de ligação, do pré-amplificador, do amplificador, das colunas, dos próprios discos utilizados, das características acústicas da sala... E, acima de tudo, dos aspectos afectivos/emocionais que compõem as nossas ideias pré-concebidas acerca deste ou daquele leitor, amplificador ou coluna. Não controlando uma só variável desta equação, até a simpatia dos expositores, a qualidade das salas e o calor influenciam o nosso juízo e interpretação do que ouvimos. Assim, a minha avaliação global é muito subjectiva e provavelmente discordante de muitos outros visitantes do Audioshow”.
A propósito de Bob Dylan e da recente publicação do primeiro volume das suas memórias: Crónicas - Volume I (um dia vou ter de escrever as minhas...) e do notável documentário “No Direction Home - Bob Dylan”, de Martin Scorsese, que mereceu um longo dossier no DN Música desta semana, aproveito para encaminhar os leitores para o artigo “O outro lado de Bob Dylan” (abrir em Artigos Relacionados abaixo).
Obrigado, a todos!, e também aos muitos milhares que participaram apenas lendo
Felizmente, o patrocínio da Sony Portugal facilitou as coisas, pois o projecto inicial previa apenas a oferta do SACD de Bob Dylan, e eu ter-me-ia sentido mal por saber que todos os outros ficavam de mãos a abanar, quando o que se pretendia era que ficassem todos com a cabeça a abanar e os pés a bater ao ritmo da música. Assim, como diria mestre Holbein, fica todo o mundo contente, pois todos ganharam o SACD de Elton John+”Money”, dos Pink Floyd, o que vai reanceder o debate sobre se SACD é (ou não) melhor que CD. Eu considero que sim (embora o multicanal nas mãos erradas produza resultados algo bizarros). Mas estou aberto a que me provem o contrário.
Digamos que a atribuição do SACD a Marco Ferreira é antes uma forma de o compensar por ter utilizado uma longa citação sua no “Sons” desta semana (DN/Música):
“A audiofilia, no meu entender, move-se nos terrenos movediços da subjectividade em que estão mergulhadas muitas artes, como a pintura, a literatura ou a própria música. Por alguma razão não se chama audiologia!... Numa situação de audição como o Audioshow, este aspecto é ainda mais aparente. Como é possível exprimirmo-nos em relação a um dado elemento do sistema em separado? Aquilo que ouvimos depende de incontáveis variáveis: do leitor de CD/vinil, dos cabos de ligação, do pré-amplificador, do amplificador, das colunas, dos próprios discos utilizados, das características acústicas da sala... E, acima de tudo, dos aspectos afectivos/emocionais que compõem as nossas ideias pré-concebidas acerca deste ou daquele leitor, amplificador ou coluna. Não controlando uma só variável desta equação, até a simpatia dos expositores, a qualidade das salas e o calor influenciam o nosso juízo e interpretação do que ouvimos. Assim, a minha avaliação global é muito subjectiva e provavelmente discordante de muitos outros visitantes do Audioshow”.
A propósito de Bob Dylan e da recente publicação do primeiro volume das suas memórias: Crónicas - Volume I (um dia vou ter de escrever as minhas...) e do notável documentário “No Direction Home - Bob Dylan”, de Martin Scorsese, que mereceu um longo dossier no DN Música desta semana, aproveito para encaminhar os leitores para o artigo “O outro lado de Bob Dylan” (abrir em Artigos Relacionados abaixo).
Obrigado, a todos!, e também aos muitos milhares que participaram apenas lendo