BW/Meridien: onde está o Fernando?
Tomei a liberdade de lhe endereçar novamente este e-mail, pois penso que não o recebeu, de vez em quando tenho alguns problemas na minha linha. Pois então aqui vai:
Sendo um leitor ‘’ faminto ‘’ e assíduo da sua Web Page, das suas crónicas no DN, salvo devido respeito, não quis deixar de emitir a minha modesta opinião, sobre a apresentação das BW 802D no Meridien.
Então lá estava o Victor na 1ª Plateia, na 1ª Fila, com o seu ar professoral como já é habitual, a tomar notas dos graves, dos médios, do timbre musical da boa música que por lá se passou, ou seja a juntar mais alguns minutos ás suas milhares de horas de audição que os seu tímpanos já estarão habituados, mas houve uma situação que me deixou bastante confuso, que foi parar a audição para tirar umas fotografias ao Alberto, e como se costuma dizer, ‘’ Saltou-me a Tampa da Marmita ‘’, e vou tentar explicar porquê. Caro Victor já reparou se eu numa sala de Concerto, ou numa sala de Ópera, pedisse ao Maestro, ou ao Solista, ou ao Cantor Lírico, ‘’ eh pá deixem-me tirar aí umas fotografias ‘’, no mínimo o que me poderia acontecer era ser corrido á pedrada pela assistência e pelos músicos. Bom certamante isto não aconteceria, pois no meio Audiófilo e Musical não existe ‘’ Entifada Islâmica ‘’. Pois quando o Victor começou a tirar fotografias ao Alberto, depressa me ocorreu, estamos perante um desfile de manequins na passerelle, não é que o Alberto seja feio mas, é preciso que se note a música está para além das palavras, e está para além da imagem, pois sem música o homem não poderia ‘’ sobreviver ‘’, pois foi ela e é ela que serve de inspiração para a criação de tudo o que nos rodeia.Pois penso que foi pouco sensato tirar fotos em plena audição, seria preferível tê-lo feito antes das 16h:00, ou mesmo na Sexta-feira, dia da apresentação oficial aos agentes e distribuidores.
Repudio com bastante vigor que a ideia de que o Audio só é bom se fôr HIGH END, caso contrário não presta e é aí que eu queria chegar, mal de nós se Colunas de 6000 pratos de 4000, cabos de 1000, leitores de Cd’s a 3000 é que desfilassem nas passarelles da alta costura Audiófila, como bastantes vezes nos deparamos no hifi clube, e não só, bem como na escassa Imprensa Audio bem á dimensão do País, como a Revista Audio e Cinema em Casa, que parece mais o tal desfile de manequins de Amplificadores, Leitores de Cd’s, Dvd’s , Plasmas muito na moda, Blu Ray Discs qualquer dia, sei lá que mais, OS respectivos distribuidores e agentes lá vão mexendo os cordelinhos ao criticos que vão escrevendo uns textos, para depois no final fazerem um apelo ao ‘’ Comprem Meninos Comprem ‘’. Com isto tudo estamos a esquecer-nos da Música, pois sem ela os aparelhos HIGH END NÃO SERIAM NADA. Que saudades eu tenho da revista Audio do Anos 80, onde o Audio de 2 canais era Rei e Senhor, e os críticos eram Arquitectos do Som, como o Caríssimo e Ilustre Victor, pena é que não ‘’ meta a colherada ‘’ audiófila na Revista Audio e Cinema Em Casa, ( Já pensou passar das palavras á Imagem, que tal fazer um programa de Televisão sobre Audio?, fartos de Talks Shows estamos nós ), pois certamente iria dignificar muito mais a dita cuja, pois o actual director da mesma, que é simultaneamente director da EISA, faz o papel, ou seja quantos mais artigos escreve e quantos mais ‘’AudioShows’’ que organiza, mais recebe, mas óbviamente não me compete fazer juízos de valor neste sentido. Apenas pergunto será que as minhas Castle, as minhas Monitor Audio, os meus QED, os meus DENON’S,alguns com mais de vinte anos, e ainda tocam o meu MJ Acoustics que ainda estou a pagar, os meus Marantz serão peixe míudo?...
Não quero ser demasiado longo neste meu ‘’ protesto audiófilo ‘’, pois considero-me um ‘’ Lilliputiano ‘’ perante o ‘’ Gigante ‘’ Victor Henriques, apenas faço do Audio o meu escape, pois lutei toda a minha vida e não consegui fazer do Audio o meu estilo de vida, pois para mim a música e tudo o que está inerente é um projecto de vida, que ainda não foi atingido, mas a vida tem destas coisas, de vez em quando dá-nos pontapés com biqueira larga e bem afiada. Apenas me resta ir aos AudioShows, pelo menos já lá vão 16, alguns contos gastos em Revistas Inglesas, Algumas Americanas, Francesas, e até Espanholas, que são bem melhores e mais dos que as nossas.
Finalmente para finalizar, no respeita ao passado Sábado, o que ouvi foi bastante espacial, musical, a cablagem também bastante boa, mas continua a achar que há certos cabos de coluna que mais parecem mangueiras de rega., mas enfim isto são pormenores, quanto á selecção musical, outra coisa não seria de esperar do nosso amigo Alberto, selecção bastante criteriosa, até foi buscar o concerto de Carlos Seixas feito nos Jerónimos. Os Classé embora não sendo novos nestas andanças, pois já se encontravam no AudioShow 2004, souberam acompaharam muito bem as BW. Não é que a minha pessoa morra de amores pelas Bowers e Wilkins, mas devo dar o braço a torcer, são um colosso, pena é que nessa noite não se fizessem acompanhar por um bom vinyl. Foi uma belo fim de tarde, que para mim acabou mal, houve um artista qualquer amigo do alheio que resolveu subtrair-me o automóvel, pois neste momento está a servir de sucata, apareceu dois dias depois todo torcido, lá se vai o meu ‘’ HIGH END ‘’.
UM GRANDE ABRAÇO MUSICAL AUDIÓFILO
Fernando Pinto Barbosa
Tomei a liberdade de lhe endereçar novamente este e-mail, pois penso que não o recebeu, de vez em quando tenho alguns problemas na minha linha. Pois então aqui vai:
Sendo um leitor ‘’ faminto ‘’ e assíduo da sua Web Page, das suas crónicas no DN, salvo devido respeito, não quis deixar de emitir a minha modesta opinião, sobre a apresentação das BW 802D no Meridien.
Então lá estava o Victor na 1ª Plateia, na 1ª Fila, com o seu ar professoral como já é habitual, a tomar notas dos graves, dos médios, do timbre musical da boa música que por lá se passou, ou seja a juntar mais alguns minutos ás suas milhares de horas de audição que os seu tímpanos já estarão habituados, mas houve uma situação que me deixou bastante confuso, que foi parar a audição para tirar umas fotografias ao Alberto, e como se costuma dizer, ‘’ Saltou-me a Tampa da Marmita ‘’, e vou tentar explicar porquê. Caro Victor já reparou se eu numa sala de Concerto, ou numa sala de Ópera, pedisse ao Maestro, ou ao Solista, ou ao Cantor Lírico, ‘’ eh pá deixem-me tirar aí umas fotografias ‘’, no mínimo o que me poderia acontecer era ser corrido á pedrada pela assistência e pelos músicos. Bom certamante isto não aconteceria, pois no meio Audiófilo e Musical não existe ‘’ Entifada Islâmica ‘’. Pois quando o Victor começou a tirar fotografias ao Alberto, depressa me ocorreu, estamos perante um desfile de manequins na passerelle, não é que o Alberto seja feio mas, é preciso que se note a música está para além das palavras, e está para além da imagem, pois sem música o homem não poderia ‘’ sobreviver ‘’, pois foi ela e é ela que serve de inspiração para a criação de tudo o que nos rodeia.Pois penso que foi pouco sensato tirar fotos em plena audição, seria preferível tê-lo feito antes das 16h:00, ou mesmo na Sexta-feira, dia da apresentação oficial aos agentes e distribuidores.
Repudio com bastante vigor que a ideia de que o Audio só é bom se fôr HIGH END, caso contrário não presta e é aí que eu queria chegar, mal de nós se Colunas de 6000 pratos de 4000, cabos de 1000, leitores de Cd’s a 3000 é que desfilassem nas passarelles da alta costura Audiófila, como bastantes vezes nos deparamos no hifi clube, e não só, bem como na escassa Imprensa Audio bem á dimensão do País, como a Revista Audio e Cinema em Casa, que parece mais o tal desfile de manequins de Amplificadores, Leitores de Cd’s, Dvd’s , Plasmas muito na moda, Blu Ray Discs qualquer dia, sei lá que mais, OS respectivos distribuidores e agentes lá vão mexendo os cordelinhos ao criticos que vão escrevendo uns textos, para depois no final fazerem um apelo ao ‘’ Comprem Meninos Comprem ‘’. Com isto tudo estamos a esquecer-nos da Música, pois sem ela os aparelhos HIGH END NÃO SERIAM NADA. Que saudades eu tenho da revista Audio do Anos 80, onde o Audio de 2 canais era Rei e Senhor, e os críticos eram Arquitectos do Som, como o Caríssimo e Ilustre Victor, pena é que não ‘’ meta a colherada ‘’ audiófila na Revista Audio e Cinema Em Casa, ( Já pensou passar das palavras á Imagem, que tal fazer um programa de Televisão sobre Audio?, fartos de Talks Shows estamos nós ), pois certamente iria dignificar muito mais a dita cuja, pois o actual director da mesma, que é simultaneamente director da EISA, faz o papel, ou seja quantos mais artigos escreve e quantos mais ‘’AudioShows’’ que organiza, mais recebe, mas óbviamente não me compete fazer juízos de valor neste sentido. Apenas pergunto será que as minhas Castle, as minhas Monitor Audio, os meus QED, os meus DENON’S,alguns com mais de vinte anos, e ainda tocam o meu MJ Acoustics que ainda estou a pagar, os meus Marantz serão peixe míudo?...
Não quero ser demasiado longo neste meu ‘’ protesto audiófilo ‘’, pois considero-me um ‘’ Lilliputiano ‘’ perante o ‘’ Gigante ‘’ Victor Henriques, apenas faço do Audio o meu escape, pois lutei toda a minha vida e não consegui fazer do Audio o meu estilo de vida, pois para mim a música e tudo o que está inerente é um projecto de vida, que ainda não foi atingido, mas a vida tem destas coisas, de vez em quando dá-nos pontapés com biqueira larga e bem afiada. Apenas me resta ir aos AudioShows, pelo menos já lá vão 16, alguns contos gastos em Revistas Inglesas, Algumas Americanas, Francesas, e até Espanholas, que são bem melhores e mais dos que as nossas.
Finalmente para finalizar, no respeita ao passado Sábado, o que ouvi foi bastante espacial, musical, a cablagem também bastante boa, mas continua a achar que há certos cabos de coluna que mais parecem mangueiras de rega., mas enfim isto são pormenores, quanto á selecção musical, outra coisa não seria de esperar do nosso amigo Alberto, selecção bastante criteriosa, até foi buscar o concerto de Carlos Seixas feito nos Jerónimos. Os Classé embora não sendo novos nestas andanças, pois já se encontravam no AudioShow 2004, souberam acompaharam muito bem as BW. Não é que a minha pessoa morra de amores pelas Bowers e Wilkins, mas devo dar o braço a torcer, são um colosso, pena é que nessa noite não se fizessem acompanhar por um bom vinyl. Foi uma belo fim de tarde, que para mim acabou mal, houve um artista qualquer amigo do alheio que resolveu subtrair-me o automóvel, pois neste momento está a servir de sucata, apareceu dois dias depois todo torcido, lá se vai o meu ‘’ HIGH END ‘’.
UM GRANDE ABRAÇO MUSICAL AUDIÓFILO
Fernando Pinto Barbosa