Nos últimos quatro anos, o CD-3 provou ser um dos mais respeitados e aclamados leitores de CD disponíveis, tendo sido as suas óptimas vendas a evidência deste facto. Todavia, muitos dos nossos clientes perguntavam quando apresentaríamos um modelo ainda melhor, com performance superior, ao nível da Referência, para complementar o CD3MKII.
Durante os nossos testes, após a concretização do extraordinário circuito do pré-amplificador REF3, tomámos consciência do elo em falta: um andar de ganho tão puro e revelador capaz de finalmente levar a performance dos leitores de CD muito para além dos limites do CD3 MKII. É com satisfação que anunciamos o novo leitor/transporte de CD a válvulas Reference CD7, o primeiro produto digital da Audio Research a merecer o título “Reference”.
Incorporando as melhores características do CD3MKII - construção robusta, o mecanismo laser Philips Pró 2, o DAC Crystal 24-bit e o prático menu pleno de funções úteis-o Reference CD7 apresenta-se com um novo andar de ganho retirado directamente do REF3, incorporando a tecnologia mais recente relativa a condensadores exclusiva da Audio Research e utilizada apenas nos produtos Reference. Utilizando quatro tríodos 6H30, o andar de áudio possui regulação de alta tensão que utiliza três 6H30 adicionais, por sua vez acopladas a uma robusta fonte de alimentação.
O chassis de carregamento superior extensivamente ventilado é ligeiramente mais profundo que o do CD3 MKII. A altura é a mesma para permitir uma ampla variedade de instalações opcionais, enquanto que o painel frontal de maior espessura identifica o CD7 como produto Reference. As entradas, as saídas e o telecomando fornecido são idênticos ao do CD3MKII e a função standby deste último é agora a função On/Off do CD7, com o respectivo led indicador no painel frontal.
Dada a reputação do CD3 MKII em performance musical excepcional, a questão lógica será: “ O CD7 é realmente superior?” Sim, é, em todos os aspectos. Descobrirá rapidamente que o CD7 proporciona um ruído de fundo menos presente e mais silencioso, graças aos valores para o ruído e distorção que são significativamente inferiores aos do CD3 MKII. A dinâmica musical e a pureza da abertura do palco sonoro são muito superiores, em parte graças à robusta fonte de alimentação e à cuidada selecção dos componentes. Mas ouvirá também as nuances dinâmicas que tornam os registos dos pequenos grupos muito mais vívidos e credíveis. Os sons e as notas têm maior forma individual, maior corpo e uma colocação mais precisa à medida que aparecem e desaparecem. O palco sonoro expande-se e respira de acordo com as exigências do material reproduzido. A resposta dos graves é sólida e coerente. Simplesmente, o CD7 tem uma velocidade de reprodução natural e fácil, sem coloração - idêntico ao REF3 neste aspecto. Existe uma autoridade e um carácter totalmente harmónico que seriam de esperar de um produto a válvulas deste nível de referência.
Com outros formatos digitais musicais a perder apoio no mercado actual, os amantes da música continuam a acrescentar CD's à sua colecção de relíquias. E que melhor modo de dar vida a esses CD's do que obter o seu potencial musical total e prazer através da reprodução pelo Reference CD7? Com tanto dinheiro já investido em CD's, e com muitos ainda para comprar, faz mais sentido do que nunca mostrar como obter o máximo de uma colecção estimada investindo num leitor de CD's com uma performance que ultrapassa tudo o que já se ouviu. Esta é a essência do CD7.
Audio Research CD/ Reference
Aqui chegado, o leitor terá pensado: onde é que eu já li isto? Nada temam: ainda não foi desta que me apanharam a plagiar, como a Clara Pinto Correia, que publicou e assinou na Visão um artigo copiado integralmente da New Yorker. Eu subscrevo, o que não significa que assino de cruz, a versão portuguesa do press-releaseenviado a todos os distribuidores pela Audio Research, ao qual pode ter acesso directo clicando simplesmente num dos “anúncios-banner” da Imacústica, que emolduram a página do Hificlube.
Sejamos honestos: no fundo, isto é o que fazem quase todos os críticos de áudio - em Portugal, e não só. E eu, sendo crítico, não os critico, porque ninguém descreve melhor um filho que o próprio pai - Bill Johnson (ou a equipa dele). Para quê virar a criança do avesso só para descobrir que utiliza DACs da Crystal, ou um mecanismo de leitura Philips Pro 2 (embora este seja óbvio, até porque é de carregar por cima)? É claro que é fácil embrulhar termos alheios em papel de celofane, e tentar assim passar a ideia de que se dominam vastas áreas de conhecimento técnico. Outros o fazem sem pudor ou remorso. Mas isso não muda o fundamental: as coisas são o que são, e a minha descrição “pessoal”, por muito pormenorizada e objectiva que fosse, não poderia ser muito diferente da descrição “oficial”, sob pena de ser incorrecta.
O Philips Pro 2 é um transporte profissional, sólido, preciso e de qualidade excepcional, como já não é segredo para ninguém, e o meu teste com o disco da Pièrre Verany limitou-se a comprová-lo: o obstáculo de drop-outs de 1,25 mm, simples e sucessivos foi ultrapassado sem problemas, independentemente da distância entre pistas, assim como os de 1, 50 mm (estes apenas com um soluço inicial). Quanto aos DACs da Crystal, que têm capacidade para funcionar a 24-bit/192kHz, são utilizados no CD7 apenas para converter sinais de resolução máxima a 16-bit/44,1kHz (sem over ou upsampling) - um dos tais excessos de mimos a que me referia. As velhas Philips TDA 1541 teriam feito aqui o mesmo papel, ou melhor ainda, a acreditar nos que preferem a velha conversão multibit em paralelo à mais recente Delta-Sigma. Contudo, já vimos que o CD7 se distingue fundamentalmente pela inoculação no circuito analógico do material genético do Reference 3.
Aliás, a Audio Research não se tornou famosa pela sua obra na área da tecnologia digital. Limita-se a comprar os DACs Crystal e os poucos transportes Philips Pro 2 ainda disponíveis no mercado. Neste aspecto, não faz nem mais nem menos do que os outros fabricantes de equipamentos highend, que, não dispondo dos milhões necessários para a investigação e desenvolvimento de novas tecnologias de conversão, de novos DACs e circuitos lógicos, e muito menos de novos transportes, apostam nas receitas tradicionais que os distinguem e investem o resto do orçamento disponível em marketing.
O mesmo se pode dizer em relação a muitos fabricantes de colunas, que compram os altifalantes na Focal, Seas, Vifa, ScanSpeak, etc. e se limitam a fazer as caixas (ou mandam fazer na China) e a dar um jeito nos filtros divisores. Depois, é tudo uma questão de mais ou menos saber, de mais ou menos banha-da-cobra.
Nada disto invalida que há leitores-CD que tocam melhor que outros, em alguns casos muito melhor, e pouco importa que seja porque o andar de saída não utiliza realimentação negativa ou os conversores são isentos de oversampling. Para mim essa conversa é “palha” e só é útil para encher papel e para o crítico poder dar-se ares de connaisseur, ou connoisseur, como preferem os anglo-saxões. Há quem defenda exactamente o contrário (muito feedback, muito oversampling e fé em Deus) e obtenha excelentes resultados também. Há que ouvir primeiro, não é?
Acontece o mesmo com os cremes para a pele ou para barba, cuja base é a lanolina, ou qualquer outro creme gordo, e eu sou alérgico a uns e não sou alérgico a outros. O mesmo (para pior) se pode dizer dos perfumes: há os que me irritam a pituitária e os que me excitam os sentidos, embora quase todos tenham como base o alcóol. E detesto os almiscarados, embora haja quem os adore.
Há muito de subjectivo na nossa relação com produtos que “objectivamente” são iguais. É isso que nos distingue dos outros animais: a subjectividade. Ora um pai não é a pessoa ideal para julgar o carácter do filho. Para nós, pais, eles hão-de ser sempre os nossos “meninos” queridos. E o CD7 é, obviamente, o “menino” querido da Audio Research, ou não lhe teriam dado o apelido de “reference” reservado para uma elite familiar restrita. Claro que uma educação esmerada ajuda. E se o educador tiver mais de 50 anos de experiência, o resultado final será sempre acima da média, quanto mais não seja porque o pai-avô tem tendência para estragar a criança com mimos, prendas e extravagâncias a que outros não têm acesso (at a premium price, of course). É o caso do Audio Research CD7 Reference, um menino mimado, com gostos caros.
TER OU NÃO TER VÁLVULAS
Debaixo da tampa está o segredo
A equipa de Bill Johnson serviu-se de componentes de inegável qualidade, montou tudo numa caixa tipicamente AR, e juntou-lhe a sua receita original, que distingue o CD7 da concorrência: o andar de saída e o regulador de tensão a válvulas, ambos baseados no prévio de referência REF3. O que está aqui em causa é, pois, saber em que medida esta solução “analógica” eleva a performance “digital” a um novo patamar de excelência, conforme se afirma no press-release.
Recentemente, testei ou analisei dois leitores-CD, o Shanling-SCD T200C, cujo teste pode ler no Hificlube, e o Tube Technology Fusion 64 (que utiliza a mesma tecnologia do DAC64), neste último caso, pelo puro gozo da descoberta, pois não cheguei a publicar o teste. Ambos têm válvulas no andar de saída. Mas, ao contrário do que sucede no AR CD7, esta solução parece ser aqui apenas cosmética, pois no circuito são montados op-amps a seguir às válvulas, logo, são aqueles e não estas que determinam o carácter do som.
Há muitos anos (demasiados, hélas) escrevi um artigo na revista Audio sobre um leitor-CD da Sony no qual defendi a hipótese de o 7 ser um número cabalístico (são também 7 as válvulas que iluminam a alma do CD7). De facto, decerto por pura coincidência, quase todos os leitores-CD/SACD que me cativaram até hoje tinham o número 7 na referência. Veja-se o caso do Reimyo CDP777 e do Sony XA-777es (e, já agora, das Wilson Watt+Puppies VII). Também Deus só descansou ao 7º dia quando finalmente ficou satisfeito com a sua Criação. Ou será que à sétima é de vez? É que o CD3, para mim, não foi a conta que Deus fez...
Continua (ver Artigos Relacionados)
O regresso de JVH: êxito total
O teste do Audio Research CD7, escrito ao correr da pena, no velho estilo 'JVH', foi um sucesso tão grande junto dos leitores do Hificlube, que a página 'entupiu' por várias vezes. Assim, foi necessário dividir o teste em duas partes para facilitar o acesso.
Webmaster: Pedro Henriques
Durante os nossos testes, após a concretização do extraordinário circuito do pré-amplificador REF3, tomámos consciência do elo em falta: um andar de ganho tão puro e revelador capaz de finalmente levar a performance dos leitores de CD muito para além dos limites do CD3 MKII. É com satisfação que anunciamos o novo leitor/transporte de CD a válvulas Reference CD7, o primeiro produto digital da Audio Research a merecer o título “Reference”.
Incorporando as melhores características do CD3MKII - construção robusta, o mecanismo laser Philips Pró 2, o DAC Crystal 24-bit e o prático menu pleno de funções úteis-o Reference CD7 apresenta-se com um novo andar de ganho retirado directamente do REF3, incorporando a tecnologia mais recente relativa a condensadores exclusiva da Audio Research e utilizada apenas nos produtos Reference. Utilizando quatro tríodos 6H30, o andar de áudio possui regulação de alta tensão que utiliza três 6H30 adicionais, por sua vez acopladas a uma robusta fonte de alimentação.
O chassis de carregamento superior extensivamente ventilado é ligeiramente mais profundo que o do CD3 MKII. A altura é a mesma para permitir uma ampla variedade de instalações opcionais, enquanto que o painel frontal de maior espessura identifica o CD7 como produto Reference. As entradas, as saídas e o telecomando fornecido são idênticos ao do CD3MKII e a função standby deste último é agora a função On/Off do CD7, com o respectivo led indicador no painel frontal.
Dada a reputação do CD3 MKII em performance musical excepcional, a questão lógica será: “ O CD7 é realmente superior?” Sim, é, em todos os aspectos. Descobrirá rapidamente que o CD7 proporciona um ruído de fundo menos presente e mais silencioso, graças aos valores para o ruído e distorção que são significativamente inferiores aos do CD3 MKII. A dinâmica musical e a pureza da abertura do palco sonoro são muito superiores, em parte graças à robusta fonte de alimentação e à cuidada selecção dos componentes. Mas ouvirá também as nuances dinâmicas que tornam os registos dos pequenos grupos muito mais vívidos e credíveis. Os sons e as notas têm maior forma individual, maior corpo e uma colocação mais precisa à medida que aparecem e desaparecem. O palco sonoro expande-se e respira de acordo com as exigências do material reproduzido. A resposta dos graves é sólida e coerente. Simplesmente, o CD7 tem uma velocidade de reprodução natural e fácil, sem coloração - idêntico ao REF3 neste aspecto. Existe uma autoridade e um carácter totalmente harmónico que seriam de esperar de um produto a válvulas deste nível de referência.
Com outros formatos digitais musicais a perder apoio no mercado actual, os amantes da música continuam a acrescentar CD's à sua colecção de relíquias. E que melhor modo de dar vida a esses CD's do que obter o seu potencial musical total e prazer através da reprodução pelo Reference CD7? Com tanto dinheiro já investido em CD's, e com muitos ainda para comprar, faz mais sentido do que nunca mostrar como obter o máximo de uma colecção estimada investindo num leitor de CD's com uma performance que ultrapassa tudo o que já se ouviu. Esta é a essência do CD7.
Audio Research CD/ Reference
Aqui chegado, o leitor terá pensado: onde é que eu já li isto? Nada temam: ainda não foi desta que me apanharam a plagiar, como a Clara Pinto Correia, que publicou e assinou na Visão um artigo copiado integralmente da New Yorker. Eu subscrevo, o que não significa que assino de cruz, a versão portuguesa do press-releaseenviado a todos os distribuidores pela Audio Research, ao qual pode ter acesso directo clicando simplesmente num dos “anúncios-banner” da Imacústica, que emolduram a página do Hificlube.
Sejamos honestos: no fundo, isto é o que fazem quase todos os críticos de áudio - em Portugal, e não só. E eu, sendo crítico, não os critico, porque ninguém descreve melhor um filho que o próprio pai - Bill Johnson (ou a equipa dele). Para quê virar a criança do avesso só para descobrir que utiliza DACs da Crystal, ou um mecanismo de leitura Philips Pro 2 (embora este seja óbvio, até porque é de carregar por cima)? É claro que é fácil embrulhar termos alheios em papel de celofane, e tentar assim passar a ideia de que se dominam vastas áreas de conhecimento técnico. Outros o fazem sem pudor ou remorso. Mas isso não muda o fundamental: as coisas são o que são, e a minha descrição “pessoal”, por muito pormenorizada e objectiva que fosse, não poderia ser muito diferente da descrição “oficial”, sob pena de ser incorrecta.
O Philips Pro 2 é um transporte profissional, sólido, preciso e de qualidade excepcional, como já não é segredo para ninguém, e o meu teste com o disco da Pièrre Verany limitou-se a comprová-lo: o obstáculo de drop-outs de 1,25 mm, simples e sucessivos foi ultrapassado sem problemas, independentemente da distância entre pistas, assim como os de 1, 50 mm (estes apenas com um soluço inicial). Quanto aos DACs da Crystal, que têm capacidade para funcionar a 24-bit/192kHz, são utilizados no CD7 apenas para converter sinais de resolução máxima a 16-bit/44,1kHz (sem over ou upsampling) - um dos tais excessos de mimos a que me referia. As velhas Philips TDA 1541 teriam feito aqui o mesmo papel, ou melhor ainda, a acreditar nos que preferem a velha conversão multibit em paralelo à mais recente Delta-Sigma. Contudo, já vimos que o CD7 se distingue fundamentalmente pela inoculação no circuito analógico do material genético do Reference 3.
Aliás, a Audio Research não se tornou famosa pela sua obra na área da tecnologia digital. Limita-se a comprar os DACs Crystal e os poucos transportes Philips Pro 2 ainda disponíveis no mercado. Neste aspecto, não faz nem mais nem menos do que os outros fabricantes de equipamentos highend, que, não dispondo dos milhões necessários para a investigação e desenvolvimento de novas tecnologias de conversão, de novos DACs e circuitos lógicos, e muito menos de novos transportes, apostam nas receitas tradicionais que os distinguem e investem o resto do orçamento disponível em marketing.
O mesmo se pode dizer em relação a muitos fabricantes de colunas, que compram os altifalantes na Focal, Seas, Vifa, ScanSpeak, etc. e se limitam a fazer as caixas (ou mandam fazer na China) e a dar um jeito nos filtros divisores. Depois, é tudo uma questão de mais ou menos saber, de mais ou menos banha-da-cobra.
Nada disto invalida que há leitores-CD que tocam melhor que outros, em alguns casos muito melhor, e pouco importa que seja porque o andar de saída não utiliza realimentação negativa ou os conversores são isentos de oversampling. Para mim essa conversa é “palha” e só é útil para encher papel e para o crítico poder dar-se ares de connaisseur, ou connoisseur, como preferem os anglo-saxões. Há quem defenda exactamente o contrário (muito feedback, muito oversampling e fé em Deus) e obtenha excelentes resultados também. Há que ouvir primeiro, não é?
Acontece o mesmo com os cremes para a pele ou para barba, cuja base é a lanolina, ou qualquer outro creme gordo, e eu sou alérgico a uns e não sou alérgico a outros. O mesmo (para pior) se pode dizer dos perfumes: há os que me irritam a pituitária e os que me excitam os sentidos, embora quase todos tenham como base o alcóol. E detesto os almiscarados, embora haja quem os adore.
Há muito de subjectivo na nossa relação com produtos que “objectivamente” são iguais. É isso que nos distingue dos outros animais: a subjectividade. Ora um pai não é a pessoa ideal para julgar o carácter do filho. Para nós, pais, eles hão-de ser sempre os nossos “meninos” queridos. E o CD7 é, obviamente, o “menino” querido da Audio Research, ou não lhe teriam dado o apelido de “reference” reservado para uma elite familiar restrita. Claro que uma educação esmerada ajuda. E se o educador tiver mais de 50 anos de experiência, o resultado final será sempre acima da média, quanto mais não seja porque o pai-avô tem tendência para estragar a criança com mimos, prendas e extravagâncias a que outros não têm acesso (at a premium price, of course). É o caso do Audio Research CD7 Reference, um menino mimado, com gostos caros.
TER OU NÃO TER VÁLVULAS
Debaixo da tampa está o segredo
A equipa de Bill Johnson serviu-se de componentes de inegável qualidade, montou tudo numa caixa tipicamente AR, e juntou-lhe a sua receita original, que distingue o CD7 da concorrência: o andar de saída e o regulador de tensão a válvulas, ambos baseados no prévio de referência REF3. O que está aqui em causa é, pois, saber em que medida esta solução “analógica” eleva a performance “digital” a um novo patamar de excelência, conforme se afirma no press-release.
Recentemente, testei ou analisei dois leitores-CD, o Shanling-SCD T200C, cujo teste pode ler no Hificlube, e o Tube Technology Fusion 64 (que utiliza a mesma tecnologia do DAC64), neste último caso, pelo puro gozo da descoberta, pois não cheguei a publicar o teste. Ambos têm válvulas no andar de saída. Mas, ao contrário do que sucede no AR CD7, esta solução parece ser aqui apenas cosmética, pois no circuito são montados op-amps a seguir às válvulas, logo, são aqueles e não estas que determinam o carácter do som.
Há muitos anos (demasiados, hélas) escrevi um artigo na revista Audio sobre um leitor-CD da Sony no qual defendi a hipótese de o 7 ser um número cabalístico (são também 7 as válvulas que iluminam a alma do CD7). De facto, decerto por pura coincidência, quase todos os leitores-CD/SACD que me cativaram até hoje tinham o número 7 na referência. Veja-se o caso do Reimyo CDP777 e do Sony XA-777es (e, já agora, das Wilson Watt+Puppies VII). Também Deus só descansou ao 7º dia quando finalmente ficou satisfeito com a sua Criação. Ou será que à sétima é de vez? É que o CD3, para mim, não foi a conta que Deus fez...
Continua (ver Artigos Relacionados)
Nota:
O regresso de JVH: êxito total
O teste do Audio Research CD7, escrito ao correr da pena, no velho estilo 'JVH', foi um sucesso tão grande junto dos leitores do Hificlube, que a página 'entupiu' por várias vezes. Assim, foi necessário dividir o teste em duas partes para facilitar o acesso.
Webmaster: Pedro Henriques