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2006

Highend Show - Porto - 2006: Introdução



O Natal começou mais cedo para os audiófilos do Porto


Tudo começou com um amável convite de Luís Patuleia, solicitando o apoio do Hificlube para o que seria a segunda organização da HDMC de um certame audiófilo, depois de uma bem sucedida tentativa, em Lisboa, no âmbito do Forum Hifi. Aceitei de imediato, até porque sempre considerei a divulgação do áudio de qualidade como uma missão pessoal. Deixei também claro que não aceitaria pertencer à organização (e teria muita honra nisso!), até porque devo manter a distância que a actividade crítica me exige.
A Luz&Som não esteve presente, mas as Avant Garde Trio tocavam baixinho no bar do Sheraton


Eu já sabia, depois da experiência do Hotel Villa Rica, em Lisboa, que o “show” do Porto iria ser bem organizado, mas nunca pensei que iria ter tanto êxito, embora a Invicta seja à partida reconhecida como uma praça forte do reino audiófilo. Isto apesar da ausência para muitos incompreensível de dois dos principais baluartes do Norte: Imacústica e Luz&Som, ainda que esta última se fizesse representar no bar do Hotel por um soberbo par de colunas residentes AvantGarde Trio vermelhas. Sei pessoalmente que estas ausências se deveram a questões de estratégias comercial, mas, depois deste sucesso, já ambas as empresas terão marcado as datas dos próximos eventos nas suas agendas, assim como a Audio Team, Esotérico, Interlux, etc…
Havia de tudo para todos: criança vê televisão no simpático 'lounge' da Digimagem/Loewe


No Sheraton terão estado cerca de 2 000 pessoas, segundo a HDMC, mais no Sábado (mesmo com o FCP a jogar ao fim da tarde) que no Domingo e a opinião geral de visitantes e expositores é a de que valeu a pena participar. Nem tão poucas pessoas, como a chuva chegou a fazer temer, que pusessem em causa a dinâmica do certame, nem tantas que impedissem a livre circulação e o acesso às salas: o trânsito fluía, o ambiente geral era excelente e calmo, tendo para isso contribuído o número restrito e racional de expositores, a sua boa distribuição, e a boa qualidade das instalações de um hotel moderno, luminoso e de grande leveza arquitectónica que dignificou o áudio e o vídeo highend. Acima de tudo, respirava-se uma atmosfera cultural e não comercial e agressiva.
Nem os bebés faltaram à chamada...


Tal como eu desejei no artigo intitulado “A tribo”, que publiquei no CM, o público presente era heterogéneo, conhecedor e obviamente interessado nos equipamentos expostos. Vi também muitos jovens, casais e famílias inteiras, incluindo bebés.
Foi um prazer conhecer os dois jovens audiófilos (à esquerda na foto) na sala da Sound Eclipse onde as Usher cantavam e encantavam
Um casal ouve atentamente as CM7: será que ele a convenceu que ficavam mesmo bem lá em casa?...



E, claro, foi um prazer reencontrar velhos amigos e conhecidos, trocar impressões com João Jarego e Mestre Tube Dude, e conhecer finalmente muitos dos leitores de longa data e outros mais recentes que se apresentaram de forma simpática, elogiando o meu trabalho no Hificlube.


Uma instalação Vivid Nagra recebia os visitantes com um sorriso musical ao cimo das escadas


Até as instalações “artísticas”, quase decorativas, de sistemas de grande qualidade a tocar música ambiente em espaços abertos contribuíram para reforçar o espírito de que se estava num verdadeiro highend show, fazendo-me lembrar o Kempinski, de Frankfurt.
Instalação TopAudio com colunas JMLab e amplificador a válvulas Hovland, junto aos elevadores



Há muito tempo que não me sentia tão bem num acontecimento cultural. Depois de ter visto, expostos num ambiente de feira, objectos que fazem há muito parte da minha vida e do meu imaginário audiófilo, fico feliz por verificar que recuperaram a sua dignidade - e a minha!



Os meus parabéns à HDMC.


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