Caro José Vítor,
Na sequência do nosso encontro cara a cara com as Jamo - é sempre um prazer revê-lo! - das breves impressões que sobre elas então trocámos e das primeiras impressões que lhes dedicou na sua abordagem ao Forum Hihi do passado fim de semana, apercebi-me que a 6moons está para lhes dedicar um teste - deve ser dos próximos a sair. FWIW...
Comentários ao Forum Hifi:
Que grande iniciativa tiveram os organizadores do Forum Hifi. Bem hajam, e continuem... só me pergunto: com entradas à borla, e com (ouvi dizer) baixos preços para os expositores, como financiaram eles aquilo? Seja como for, espero que tenha correspondido, ou mesmo superado, aos seus (deles) objectivos. Tiraram ali um belo coelho da cartola... e estão a roubar espaço ao 'seu' (ex-futuro?) show...
Partilho também da sua análise sobre o espaço onde o evento decorreu. A acústica das salas do Hotel Villa Rica estava uns bons furos acima do vidro&pladur do Audioshow, e que beleza estavam as salas da Esotérico e também do Audio Team. Não me cansei de dar parabéns ao Francisco e ao Jorge. Por culpa destas duas salas, a sala da Ajasom estava 'apenas', e uma vez mais, muito bem decorada e acolhedora. Acho que o design, as cores e as suas aplicações - na sala, p.ex. - do novo logo da Ajasom são de altíssimo nível, penso que é o que há de melhor entre nós.
Tive finalmente a oprtunidade de tomar o primeiro contacto com duas peças que há muito desejava ouvir: as Gallo Reference, que há mais de um ano não conseguem aquecer o lugar na Interlux, e as Von Schweikert VR4, que não consegui ouvir no Audioshow. No entanto fiquei algo desiludido. Se, por um lado, estava com pressa, o que não me deu nem o tempo nem a disponibilidade mental para fazer uma análise mais tranquila, por outro lado havia ali, em ambos os casos, qualquer coisa que não jogava. No caso das Gallo, é fácil atribuír responsabilidades ao espaço - literalmente - onde se encontravam posicionadas. O Carlos Henriques acha que assim consegue dialogar com os Clientes... ele lá sabe. No caso das VR4, havia um grave algo descontrolado que, além desse malefício em si mesmo, ainda abafava a gama média. A sala era enorme, e como tal, muito dificíl de gerir. Seria também do casamento com os Lyngdorf? Já os seus antecessores TaCT sempre me deixaram como acho que são: frio(s). Terá que ver com a Classe D (as in 'real Digital') ou com o clima nórdico?
As coisas que mais me agradaram foram:
B&W CM1/Rotel (Esotérico) - O meu comentário ao Francisco Ribeiro foi: isto não tem o direito de tocar tão bem, sobretudo considerando o que o sistema custa. Além do grande equilíbrio que o som ostentava, era notório um grave (médio grave, também não exageremos) poderoso - mas controlado - que um volume de caixa daqueles não devia poder reproduzir. Notável! Corroborei também a minha tese: não sou apreciador dos topos de gama da B&W, mas nas gamas média-baixa e média, a marca tem - e cada vez mais - soluções extraordinárias. E, para o cozinhado sair àquele nível, não basta a mãozinha das B&W, a Rotel também só pode andar a portar-se muito bem.
Monitor Audio / Advance (Delaudio)- O Delfim já tinha sido 'perdoado' pela sua deriva videófila dos últimos anos aquando do último Audioshow. Agora, felizmente voltou a dar-nos mais do mesmo, só que com as MA GS60, o topo de gama da marca. Tal como acontece com as B&W, também nunca fui apreciador de Monitor Audio, mas lá que aqueles senhores andam a fazer coisas muito engraçadas, lá isso andam. E os Avance continuam um espanto. 'Som high-end por preço low-end' (pelo menos com as Silver RS1, que as GS60 já fiam mais fino).
JM Lab / YBA (Infidelidades) - Como não há duas sem três, mais uma marca de colunas que geralmente não mexe comigo mas que desta vez me impressionou:
Focal JM Lab. Mesmo com as Grande Utopia, ou com as Utopia (com ou sem Be), sempre achei o som muito magro de carnes. Desta vez, com as novas Electa Be, continuava lá estava alguma magreza, mas com um equilíbrio tonal e dinâmico muito conseguido, muito ar e muita transaparência, pelo mesmos nas duas faixas dos Dire Straits que lá tocavam quando por lá passei.
Não tive tempo de apreciar devidamente a sala da Ajasom, onde estavam as manas mais novas das grandes Vivid que tanto e tantos impresionaram no Audioshow. Com acompanhamento do notável CD da Reymio, o novo pré da conrad-johnson, e o sempre eterno giradiscos Circle da Wilson Benesch. Dois minutos depois de ter entrado, o telemóvel tocou e tiver que me ir embora.
Ficou-me atravessada...
Finalmente, destaco ainda:
O lindíssimo gira-discos Aries da VPI (Interlux). Faltou-lhe uma acústica envolvente decente para que pudesse fazer uma apreciação mais concreta. E tocava com uma célula MC de entrada, a Dynavector DV10X5.
As inovadoras e estranhas colunas Jamo R909 (Esotérico). O som era tão diferente de tudo o que já ouvi, que só deu tempo para estranhar, não deu tempo para entranhar...
Aguardo também com curiosidade a sua análise aos NuForce. Apesar da grande diferença, sobretudo na gama média, face à minha actual sonoridade (válvulas-cj), fiquei espantado com aquilo, como há muito não me acontecia.
Bem, pelo menos se exceptuar o que me aconteceu no Audioshow com o conjunto capitaneado pelas ML Summit. Ainda por cima, dado o casamento NuForce/Summit, em perspectiva, que ainda me deixa mais expectante.
Um abraço
João Carlos Anselmo
Não queríamos deixar passar a oportunidade de responder a algumas questões (pertinentes) levantadas pelo Leitor do Hificlube João Anselmo.
1- Como se financiou o II ForumHifi EVENT? Como é do conhecimento público, através dos expositores presentes e (principalmente) garantindo uma gestão cuidada. O facto de suscitar curiosidade quanto à forma de Organizar e Gerir um evento deste tipo, não cobrar entradas, manter valores cobrados aos expositores dentro de alguma dignidade e ainda se conseguir oferecer algo em troca (Hospedeiras/Recepcionistas, cocktail, trípticos, etc etc), deixa-nos a nós HDMC completamente satisfeitos. Assim e sem falsas modéstias, é com grande prazer que vemos a nossa capacidade organizadora e gestora reconhecida. Não esquecendo que a HDMC é uma entidade com fins lucrativos .
2- A HDMC entrou no mercado para o dinamizar e não para o monopolizar. Em nosso entender, não existe nenhuma razão para que não surjam mais eventos deste tipo. O mercado agradece.
Resta-nos agradecer os comentários dirigidos ao evento.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Patuleia
HDMC, Lda.
Na sequência do nosso encontro cara a cara com as Jamo - é sempre um prazer revê-lo! - das breves impressões que sobre elas então trocámos e das primeiras impressões que lhes dedicou na sua abordagem ao Forum Hihi do passado fim de semana, apercebi-me que a 6moons está para lhes dedicar um teste - deve ser dos próximos a sair. FWIW...
Comentários ao Forum Hifi:
Que grande iniciativa tiveram os organizadores do Forum Hifi. Bem hajam, e continuem... só me pergunto: com entradas à borla, e com (ouvi dizer) baixos preços para os expositores, como financiaram eles aquilo? Seja como for, espero que tenha correspondido, ou mesmo superado, aos seus (deles) objectivos. Tiraram ali um belo coelho da cartola... e estão a roubar espaço ao 'seu' (ex-futuro?) show...
Partilho também da sua análise sobre o espaço onde o evento decorreu. A acústica das salas do Hotel Villa Rica estava uns bons furos acima do vidro&pladur do Audioshow, e que beleza estavam as salas da Esotérico e também do Audio Team. Não me cansei de dar parabéns ao Francisco e ao Jorge. Por culpa destas duas salas, a sala da Ajasom estava 'apenas', e uma vez mais, muito bem decorada e acolhedora. Acho que o design, as cores e as suas aplicações - na sala, p.ex. - do novo logo da Ajasom são de altíssimo nível, penso que é o que há de melhor entre nós.
Tive finalmente a oprtunidade de tomar o primeiro contacto com duas peças que há muito desejava ouvir: as Gallo Reference, que há mais de um ano não conseguem aquecer o lugar na Interlux, e as Von Schweikert VR4, que não consegui ouvir no Audioshow. No entanto fiquei algo desiludido. Se, por um lado, estava com pressa, o que não me deu nem o tempo nem a disponibilidade mental para fazer uma análise mais tranquila, por outro lado havia ali, em ambos os casos, qualquer coisa que não jogava. No caso das Gallo, é fácil atribuír responsabilidades ao espaço - literalmente - onde se encontravam posicionadas. O Carlos Henriques acha que assim consegue dialogar com os Clientes... ele lá sabe. No caso das VR4, havia um grave algo descontrolado que, além desse malefício em si mesmo, ainda abafava a gama média. A sala era enorme, e como tal, muito dificíl de gerir. Seria também do casamento com os Lyngdorf? Já os seus antecessores TaCT sempre me deixaram como acho que são: frio(s). Terá que ver com a Classe D (as in 'real Digital') ou com o clima nórdico?
As coisas que mais me agradaram foram:
B&W CM1/Rotel (Esotérico) - O meu comentário ao Francisco Ribeiro foi: isto não tem o direito de tocar tão bem, sobretudo considerando o que o sistema custa. Além do grande equilíbrio que o som ostentava, era notório um grave (médio grave, também não exageremos) poderoso - mas controlado - que um volume de caixa daqueles não devia poder reproduzir. Notável! Corroborei também a minha tese: não sou apreciador dos topos de gama da B&W, mas nas gamas média-baixa e média, a marca tem - e cada vez mais - soluções extraordinárias. E, para o cozinhado sair àquele nível, não basta a mãozinha das B&W, a Rotel também só pode andar a portar-se muito bem.
Monitor Audio / Advance (Delaudio)- O Delfim já tinha sido 'perdoado' pela sua deriva videófila dos últimos anos aquando do último Audioshow. Agora, felizmente voltou a dar-nos mais do mesmo, só que com as MA GS60, o topo de gama da marca. Tal como acontece com as B&W, também nunca fui apreciador de Monitor Audio, mas lá que aqueles senhores andam a fazer coisas muito engraçadas, lá isso andam. E os Avance continuam um espanto. 'Som high-end por preço low-end' (pelo menos com as Silver RS1, que as GS60 já fiam mais fino).
JM Lab / YBA (Infidelidades) - Como não há duas sem três, mais uma marca de colunas que geralmente não mexe comigo mas que desta vez me impressionou:
Focal JM Lab. Mesmo com as Grande Utopia, ou com as Utopia (com ou sem Be), sempre achei o som muito magro de carnes. Desta vez, com as novas Electa Be, continuava lá estava alguma magreza, mas com um equilíbrio tonal e dinâmico muito conseguido, muito ar e muita transaparência, pelo mesmos nas duas faixas dos Dire Straits que lá tocavam quando por lá passei.
Não tive tempo de apreciar devidamente a sala da Ajasom, onde estavam as manas mais novas das grandes Vivid que tanto e tantos impresionaram no Audioshow. Com acompanhamento do notável CD da Reymio, o novo pré da conrad-johnson, e o sempre eterno giradiscos Circle da Wilson Benesch. Dois minutos depois de ter entrado, o telemóvel tocou e tiver que me ir embora.
Ficou-me atravessada...
Finalmente, destaco ainda:
O lindíssimo gira-discos Aries da VPI (Interlux). Faltou-lhe uma acústica envolvente decente para que pudesse fazer uma apreciação mais concreta. E tocava com uma célula MC de entrada, a Dynavector DV10X5.
As inovadoras e estranhas colunas Jamo R909 (Esotérico). O som era tão diferente de tudo o que já ouvi, que só deu tempo para estranhar, não deu tempo para entranhar...
Aguardo também com curiosidade a sua análise aos NuForce. Apesar da grande diferença, sobretudo na gama média, face à minha actual sonoridade (válvulas-cj), fiquei espantado com aquilo, como há muito não me acontecia.
Bem, pelo menos se exceptuar o que me aconteceu no Audioshow com o conjunto capitaneado pelas ML Summit. Ainda por cima, dado o casamento NuForce/Summit, em perspectiva, que ainda me deixa mais expectante.
Um abraço
João Carlos Anselmo
Caro JVH,
Não queríamos deixar passar a oportunidade de responder a algumas questões (pertinentes) levantadas pelo Leitor do Hificlube João Anselmo.
1- Como se financiou o II ForumHifi EVENT? Como é do conhecimento público, através dos expositores presentes e (principalmente) garantindo uma gestão cuidada. O facto de suscitar curiosidade quanto à forma de Organizar e Gerir um evento deste tipo, não cobrar entradas, manter valores cobrados aos expositores dentro de alguma dignidade e ainda se conseguir oferecer algo em troca (Hospedeiras/Recepcionistas, cocktail, trípticos, etc etc), deixa-nos a nós HDMC completamente satisfeitos. Assim e sem falsas modéstias, é com grande prazer que vemos a nossa capacidade organizadora e gestora reconhecida. Não esquecendo que a HDMC é uma entidade com fins lucrativos .
2- A HDMC entrou no mercado para o dinamizar e não para o monopolizar. Em nosso entender, não existe nenhuma razão para que não surjam mais eventos deste tipo. O mercado agradece.
Resta-nos agradecer os comentários dirigidos ao evento.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Patuleia
HDMC, Lda.