O vício dinâmico da “deadline” e a necessidade de alargar os horizontes do áudio sobrepuseram-se ao desejo de me dedicar em exclusivo ao Hificlube, onde para ser sincero me sinto muito bem e feliz, porque escrevo o que quero, quando quero e como quero, sem limites de tempo ou espaço, com um sucesso a nível nacional e internacional que ultrapassou todas as minhas expectativas.
Mas esta foi uma proposta irrecusável: publicar todos os Sábados uma coluna de opinião semanal sob o título “Audiofilia Crónica” (what else?...) no novo suplemento “Êxito”, do Correio da Manhã, dedicado à música e aos espectáculos. Posso escrever o que me vier à cabeça, desde que as ideias me tenham entrado pelos ouvidos - ou pelos olhos dentro. E lê-se em 5 minutos, o tempo de beber um café: curto mas forte e com sabor.
Não é fácil condensar, em apenas 1500 caracteres de linguagem simples, acessível e bem humorada, testes com termos técnicos e complexos conceitos audiófilos, pelo que vou optar por um registo de fait-divers temáticos, que podem ir do highend ao iPod e do DVD ao Home Cinema, tendo como pano de fundo a actualidade social e cultural do país. Contudo, posso utilizar a coluna como “link” físico para o Hificlube, onde os mesmos assuntos são tratados em detalhe, por vezes obsessivo, admito, mas com isenção e sem fundamentalismos.
E essa foi de facto a principal razão que me levou a aceitar o novo desafio. Os 100.000 exemplares do “Êxito” são a porta de entrada para um Universo de leitores ainda por explorar, numa época em que os recursos de marketing do mercado do áudio estão esgotados nos media especializados, cujas vendas são já residuais, e as revistas online se preparam para tomar posse.
A outra razão foi de carácter sentimental.
Foi no semanário “Êxito”, cujo conceito está na base do novo suplemento, que comecei a minha carreira de crítico (ver Artigos Relacionados). Voltar ao ponto de partida, vinte anos depois, pode parecer um retrocesso. Mas o suplemento está agora integrado no jornal diário de maior expansão em Portugal (vende mais que o Público e o DN juntos), permitindo-me levar assim a palavra do áudio e do vídeo a um público quase virgem - e ainda sem vícios audiófilos...
Esta realidade editorial reavivou o meu espírito de missão na defesa de um ideal que está hoje mais do que nunca ameaçado pelo espírito mercantilista e de sobrevivência a todo o custo das revistas de áudio e vídeo, que deslizam perigosamente para o abismo do gadget electrónico com textos indigentes em comprimidos de cinco linhas de fácil ingestão.
Vou ter de levar pacientemente a água ao moinho da audiofilia, balde a balde, semana a semana, durante o tempo que achar necessário. Para isso preciso como sempre do apoio incondicional dos meus leitores e da sua participação activa para que o esforço não seja… eh … debalde.
Não me move a fama ou o lucro, apenas o desejo de contribuir para a promoção de uma actividade cultural que é mais do que um simples “hobby” - é uma paixão. E todos podem ganhar com isso.
Se algo não correr bem, “we will always have Hificlube” para parafrasear Bogart, em Casablanca...
Mas esta foi uma proposta irrecusável: publicar todos os Sábados uma coluna de opinião semanal sob o título “Audiofilia Crónica” (what else?...) no novo suplemento “Êxito”, do Correio da Manhã, dedicado à música e aos espectáculos. Posso escrever o que me vier à cabeça, desde que as ideias me tenham entrado pelos ouvidos - ou pelos olhos dentro. E lê-se em 5 minutos, o tempo de beber um café: curto mas forte e com sabor.
Não é fácil condensar, em apenas 1500 caracteres de linguagem simples, acessível e bem humorada, testes com termos técnicos e complexos conceitos audiófilos, pelo que vou optar por um registo de fait-divers temáticos, que podem ir do highend ao iPod e do DVD ao Home Cinema, tendo como pano de fundo a actualidade social e cultural do país. Contudo, posso utilizar a coluna como “link” físico para o Hificlube, onde os mesmos assuntos são tratados em detalhe, por vezes obsessivo, admito, mas com isenção e sem fundamentalismos.
E essa foi de facto a principal razão que me levou a aceitar o novo desafio. Os 100.000 exemplares do “Êxito” são a porta de entrada para um Universo de leitores ainda por explorar, numa época em que os recursos de marketing do mercado do áudio estão esgotados nos media especializados, cujas vendas são já residuais, e as revistas online se preparam para tomar posse.
A outra razão foi de carácter sentimental.
Foi no semanário “Êxito”, cujo conceito está na base do novo suplemento, que comecei a minha carreira de crítico (ver Artigos Relacionados). Voltar ao ponto de partida, vinte anos depois, pode parecer um retrocesso. Mas o suplemento está agora integrado no jornal diário de maior expansão em Portugal (vende mais que o Público e o DN juntos), permitindo-me levar assim a palavra do áudio e do vídeo a um público quase virgem - e ainda sem vícios audiófilos...
Esta realidade editorial reavivou o meu espírito de missão na defesa de um ideal que está hoje mais do que nunca ameaçado pelo espírito mercantilista e de sobrevivência a todo o custo das revistas de áudio e vídeo, que deslizam perigosamente para o abismo do gadget electrónico com textos indigentes em comprimidos de cinco linhas de fácil ingestão.
Vou ter de levar pacientemente a água ao moinho da audiofilia, balde a balde, semana a semana, durante o tempo que achar necessário. Para isso preciso como sempre do apoio incondicional dos meus leitores e da sua participação activa para que o esforço não seja… eh … debalde.
Não me move a fama ou o lucro, apenas o desejo de contribuir para a promoção de uma actividade cultural que é mais do que um simples “hobby” - é uma paixão. E todos podem ganhar com isso.
Se algo não correr bem, “we will always have Hificlube” para parafrasear Bogart, em Casablanca...