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2007

“as Crianças São Uma Praga” Ou O Caso Maddie



Mas e qual é a diferença, já agora?, pergunta o leitor. Mil nuances sónicas não cabem, hélas, em mil caracteres. Resumindo: os tríodos soam mais doces e naturais; e os tetrôdos em modo ultralinear soam mais dinâmicos e vivos. Eu dou comigo a preferir invariavelmente os primeiros, mesmo à custa de menor potência. A propósito: as válvulas aquecem, cuidado com os dedinhos curiosos das crianças.


Quanto ao televisor, optei por um LCD da Hitachi, porque o tom de pele é também mais orgânico e natural. No som como na imagem, eu prefiro sempre o elemento humano. Pode alegar-se que é uma questão de afinação. Sim, também, mas não só. Antes tive um Samsung com default de fábrica mesmo a pedir a intervenção de um calibrador profissional como a HDMC: o tom de pele variava entre o pálido e o rosado.


Foi pois com cores naturais que vi e ouvi, na TVI, Miguel Sousa Tavares, cuja frontalidade admiro, declarar que, pior que fumar num restaurante, é a praga que hoje os infesta: as crianças! As palavras são dele, não minhas: ipsis verbis! Segundo MST, a primeira vez que os pais o levaram a um restaurante já teria 13 anos...


Sabendo-se da influência política das opiniões polémicas de MST junto dos governantes, compreendo agora por que motivo o Estado, em vez de promover a natalidade neste país velho e de velhos, prefere importar, de África, do Brasil e de países de Leste, jovens adultos já prontos para usar faca e garfo...


Ora, não levar as crianças para os restaurantes, pode, por vezes, dar mau resultado, com as consequências trágicas que, infelizmente, todos conhecemos: pais negligentes, demasiado confiantes, ou apenas com azar na vida, que numa primeira fase mentiram à polícia (ninguém arrombou a porta porque tinha sido simplesmente deixada aberta...), sofrem agora uma dor que se tornou extensiva a todos os pais do mundo - e eu sou pai e em breve serei avô, e sofro com eles a dor sem nome desta perda irreparável, e a angústia da ausência sem fim à vista, pelo que peço a Deus que encontrem a menina sã e salva -, causando involuntariamente a Portugal prejuízos económicos incalculáveis e a vergonha e o opróbio de ser apontado como um país de pedófilos e criminosos, quando tudo se passou alegadamente entre cidadãos britânicos, numa zona do país que já é mais inglesa que portuguesa, num empreendimento estrangeiro, dirigido por estrangeiros.


Um crime de cidadãos estrangeiros sobre outros cidadãos estrangeiros que, por acaso, apenas por acaso, são da minoria católica de uma nação, a escocesa, que se quer tornar independente do Reino Unido.


Até Ricardo Franassovici, pai de uma menina da mesma idade, me telefonou de Londres preocupado com a situação em Portugal, tal a campanha de exploração emocional nos média britânicos.


A polícia portuguesa, que montou a maior operação de busca de que há memória em Portugal - nunca o fez em relação a crianças nacionais desaparecidas -, é acusada de incompetência pela imprensa tablóide inglesa, que ainda não nos perdoou por ter sido afastada do Europeu e do Mundial (não foi por acaso que já meteram o futebol nisto...). Ronaldo foi o primeiro, como se tivesse que expiar os pecados do mundo apenas por ser português.


Isto, na Grã-Bretanha, onde desaparecem 70 000 crianças por ano, e a Scotland Yard demorou 4 meses e meio para descobrir que duas crianças tinham sido raptadas, violadas e mortas pelo porteiro da sua própria escola!...


Fizeram mesmo uma reportagem na Sky News onde se referia o caso Casa Pia e se mostravam imagens do Embaixador Ritto - atenção, frisaram bem embaixador de Portugal! - que foi acusado mas ainda não foi condenado - e espero que o seja, se for culpado -, esquecendo-se de incluir a condenação efectiva por pedofilia em Portugal de um cidadão britânico, o famoso Mike...


E assim os jornalistas portugueses colocam-se todos os dias de cócoras perante a arrogância dos colegas britânicos e ajudam-nos a enxovalhar-nos ainda mais, dizendo mal de nós próprios em inglês de Xabregas. No fundo, esta atitude não anda muito longe da que temos em relação aos críticos de áudio britânicos. Mesmo quando o crime de lesa áudio foi cometido por fabricantes de Sua Majestade...

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