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2007

Blu-ray À Frente




A Sony lançou-se na refrega sem pensar nas más experiências anteriores do Betamax e MiniDisc. E a vitória de Pirro do Super Audio CD, que venceu por KO técnico o DVD Audio, não foi suficientemente clara para se embandeirar em arco, pois o CD, apesar de acossado pela moda dos downloads, lícitos ou ilícitos, continua a ser o campeão em título. Aliás, o mesmo se pode dizer do DVD noutra categoria.


Em Janeiro, na CES de Las Vegas, já se notava uma ligeira supremacia promocional do Blu-Ray. Contudo, não se adivinhava ainda que a Blockbuster, que já antes tinha traçado o destino fatídico do DVD-Audio, tomasse tão cedo o partido do Blu-Ray, que passa a ser o único formato de alta definição disponível nas 1 600 lojas da famosa cadeia de aluguer e distribuição de filmes nos EUA. Parto do princípio que a decisão é válida para todos os países onde a Blockbuster está presente, incluindo Portugal.

A verdade é que a maior parte dos estúdios de referência já tinha optado pelo Blu-Ray, talvez porque lhes dá mais garantias de protecção anticópia. Da produção à distribuição, o Blu-Ray, que deu quase um ano de avanço ao HD-DVD, já recuperou a dianteira com 160 novos títulos editados este ano, entre eles duas obras-primas da edição de vídeo em alta definição: Apocalypto e Piratas das Caraíbas. Isto apesar da trilogia Matrix em HD-DVD ser um adversário de respeito.


O relativo sucesso da Playstation 3 (em Portugal já vendeu mais de 20 000 exemplares, portanto já existe mercado para o Blu-Ray) e o preço mais elevado dos leitores de Blu-ray em relação à oferta de leitores HD-DVD não parece ter afectado a decisão da Blockbuster. Pode concluir-se que o ovo foi mais importante que a galinha. E, neste caso, os ovos são de ouro...

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