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2007

Ces 2007: Soundlab, Quad, Verity, Krell E Wilson



Mas, enfim, cada maluco tem a sua mania, e como eu pago a viagem do meu bolso, gosto de andar de capelinha em capelinha, não a beber copos mas a ouvir sons, embora muitos fabricantes tenham as garrafas escondidas na casa de banho das suites onde demonstram os seus produtos. E alguns dos sons que ouvi, só por si, merecem uma viagem de 10 000 quilómetros.



Soundlab ProStat 922, a imperatirz do som electrostástico)


Até porque não acredito que algum dia possa voltar a ouvir as Soundlab em Portugal. E muito menos na minha sala, onde elas não entravam nem de lado. Costuma dizer-se que as colunas de painel são domésticas porque parecem portas, ora estas são autênticas portas de convento. Nunca vi, nem ouvi, colunas tão grandes. E na sala estavam montadas não duas mas quatro (som surround em 4-canais), duas atrás e duas à frente, ou melhor talvez fossem até oito, porque cada uma daquelas colunas parece ser composta de duas partes. Este, sim, é o melhor som electrostático do planeta.



Quad ESL 2905


Quem afirma que as Quad são as melhores colunas do mundo devia ouvir isto para ficar um pouco mais humilde. Ouvi repetidamente as ESL 2905 alimentadas a transístores e válvulas Quad 22 (soaram bem melhor, neste último caso) e, sinceramente, continuo a não perceber tanta excitação da crítica internacional. Têm mais graves que as originais? Sem dúvida, mas é um grave de papelão. E os agudos têm mais extensão? Sim, mas com o brilho de uma candeia de azeite. Claro que estou a exagerar, e admito até que os registos médios são extremamente naturais, mas as limitações continuam lá, apenas foram bem disfarçadas. Também posso ser eu que sou limitado na minha capacidade para as entender (ou para entender os meandros do áudo...)



Soundlab ProStat 922, um marco na minha carreira audiófila


Já quanto às SoundLab ProStat 922, quando olhamos para aqueles monstros negros à nossa frente (e também atrás de nós, neste caso), a sensação que temos, além de nos sentirmos intimidados, é a de que há músicos verdadeiros lá escondidos dentro, e que estão a gozar connosco, pois eles vão aparecer na sala no momento seguinte. Muito do que se ouviu será também responsabilidade dos conversores DAC8 MkIV, da EMM Labs, da amplificação Pass Labs X350.5 e da cablagem Kimber, mas sobretudo da técnica de gravação Kimber IsoMike de microfones suspensos e separados por um espaçador em forma de… coração!



O luxo e o requinte ao serviço do áudio de qualidade


Agora que foi devolvida a dignidade ao highend, (no 40º aniversário da CES, o áudio oi tratado - e eu também - como um hóspede VIP no Venetian, um dos melhores hotéis de Las Vegas, já era tempo de marcas como a Krell e a Wilson se juntarem aos outros para não me obrigarem a fazer de globtrottercorrendo como um louco de um hotel para outro, a tentar não deixar nada nem ninguém para trás: uma façanha, diga-se, que nem Hércules tem no seu curriculum. Chego ao fim do dia tão cansado que me pergunto se já não era tempo de parar para reflectir e deixar-me disto. Mas há uma força maior que me impele a prosseguir: vocês, caros leitores. E olhem que a brincadeira me fica bem cara...



Hotel Mirage, a simbiose do fogo e da água


Felizmente, tanto a Krell como a Wilson, estavam hospedadas no Mirage, que fica a curta distância do meu hotel. Aproveitei para jantar no Kokomos, sob a cúpula que protege a floresta tropical. Pessoal simpático, mexicano na sua maioria (a história do muro é uma hipocrisia, se não fossem os emigrantes Las Vegas parava). Melhor ainda é o Stack e o Onda (menos bom e mais caro ainda), onde se pode comer uma bela posta de cherne do Chile regada com azeite italiano. De Portugal nada, nem água, nem vinho, muito menos azeite. Highend ainda menos. É tudo caro, claro, mas não tão caro como perder ao jogo, que é o que me acontece sempre. Não acerto uma - é sempre ao lado. Espero que acerte na minha avaliação dos melhores sons de Las Vegas. O das Soundlab ProStat fica já como um marco na minha carreira audiófila. Mas há mais, muito mais…


A Krell tinha uma suite fabulosa com vista sobre a cidade e recebia os visitantes profissionais com acepipes e bebidas (sem alcóol…). Expostos como bibelots estavam o já esperado Processador AV 707, S-1000 e os novos modelos de amplificador da Série Evolution 1500 e 302.



A suite da Verity no Mirage Hotel


Melhor ainda foi o facto de, no mesmo corredor da Krell, ter encontrado a Verity Audio, que fez parceria com a Nagra, incluindo o novo Nagra CD. As Verity Lohengrin II foram alimentadas (e de que maneira!) pelos VPA, tendo na linha da frente o PL-1



O Nagra-CD é uma preciosidade audiófila com um som precioso de dinâmico


Mas vamos por partes:


KRELL

Krell Evolution 707, no zénite do processamento AV


O Krell Evo 707 Surround Preamp/processor é o estado da arte em AV. Tem saídas para 8.4 canais, incluindo 2 centrais e 4 subwoofers. Tem capacidade para upsampling até 1080p e Dolby TrueHD e DTS HD Master Audio. E tudo o resto que lhe passar pela cabeça.



Evolution 1000/1500, a evolução da espécie tornada acessível


Novidade até para mim foram os mais acessíveis Krell Evo S-1000 Preamp/Processor e amplificador multicanal S-1500.



O amplificador Evolution que faltava: Evo 302 estéreo


Last but not least, o amplificador stereo Evo 302 e o leitor multicanal DVD/SACD/CD 1080p Evo 525.


WILSON


O novo subwoofer WatchDog é a versão passiva do anterior: sem amplificador e sem igualizador. Claro que um e outro terão de ser comprados à parte. É assim como um bife do lombo sem acompanhamento. Até nem é má ideia, pois a Wilson não é especialista em amplificação. O “cão passivo” é um terço mais pequeno que o irmão activo, outra boa ideia, quando o espaço (e o dinheiro) não abundam. O “cão” fazia guarda de honra às Duette, uma espécie de guarda-costas da princesa.




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