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“Nos anos anteriores, a Esoteric apostou em colunas AvantGarde mais consentâneas com o preço estratosférico da bateria electrónica de fontes/amplificação topo de gama da marca. Este ano apostou em colunas próprias, as MG 20, com altifalantes metálicos. Só perdeu na cenografia...”JVH in HIFICLUBE, Reportagem HighEnd, Munique 2007
Foi assim o nosso primeiro encontro em Munique. E deixou marcas no meu coração audiófilo. Delfim Yanez telefonou-me um dia destes: “Já cá estão a tocar no estúdio da Delaudio. Passe por cá, JVH. Você tinha razão: a Série MG da Esoteric é uma coluna muito equilibrada, com excelentes acabamentos e as dimensões ideais para as nossas condições domésticas e... conjugais...”.
A moda de fabricantes de “fontes” e amplificadores produzirem também colunas só tem paralelo na moda nacional dos revendedores se tornarem todos distribuidores. Quando era miúdo, eu fazia parte de um exército no qual não havia soldados: todos os militares tinham patentes elevadas, pois ninguém queria ser menos que Coronel. Assim, só dois militares é que marchavam na parada - e mesmo assim era sargentos!...
A Esoteric foi inteligente e procurou no mercado parceiros com experiência para se lançar no mercado das colunas de som. Fiel à sua imagem de “esoterismo” não se virou para Leste mas para Oeste e apostou na Tannoy, um nome sólido nesta complexa área, para montar as caixas e afinar as colunas, em detrimento da mão-de-obra barata asiática. Não espere, portanto, ir encontrar uma pechincha. O nome (e a qualidade) Esoteric paga-se.
Faltava um fabricante com competência técnica para produzir os sofisticados altifalantes a partir de diafragmas de magnésio puro patenteados pela Esoteric. A escolha recaiu sobre a Nippon Kinzoku. O voicing foi feito por Alex Garner, que tiver o prazer de conhecer pessoalmente, quando visitei a fábrica da Tannoy, já lá vão uns bons anos. Lembro-me que nunca tinha visto tanta riqueza tonal: refiro-me aos campos de mil tons de verde da Escócia...
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As caixas são de secção trapezoidal, na linha de outros modelos da Tannoy e, para poder manter um baffle estreito, com vantagens para a solidez da imagem, “contornam” sensualmente os altifalantes de médio-graves a la Sonus Faber.
Tanto as MG10 (monitoras) como as MG20 (de-chão) são de duas-vias. Embora a MG20 tenha um duplo médio-grave, de facto estes funcionam em paralelo com a mesma frequência única de corte: 1,9kHz com pendentes de 2ª e 3ª ordem.
São ambas do tipo reflex e soam melhor bem apontadas para dentro, algo que num show é difícil de cumprir, mas que se aconselha nas audições solitárias típicas dos audiófilos. Se a “sweet spot” ficar muito apertada, sente a sua mulher no colo, e pode ser que a convença a deixá-lo comprá-las, até porque o WAF é elevado - e não consta que as colunas da vizinha tenham altifalantes de magnésio...
Enquanto não chegam as Monitor Audio Platinum, a Delaudio serve-nos iguarias esotéricas de “Magnesium”...
Para mais informações: DELAUDIO - 21 843 64 10 ou abrir pdf no topo da página