Para não vos manter na expectativa, direi já que as Platinum PL300 são, em todos os aspectos: design, construção, acabamentos, componentes, unidades activas e, claro, som, as melhores colunas de sempre da escuderia Monitor Audio.
Monitor Audio Platinum PL 300
É óbvio que foram beber influências às melhores fontes: Sonus Faber (formato da caixa, acabamentos e marketing) , B&W e KEF (matriz interna, travejamento, formato das câmaras interiores), JM Lab (cones de “sanduíche” de metal e polímero) Piega (tweeter de fita), mas o resultado final é personalizado e, apesar do preço, algo elevado para o rendimento médio nacional, a relação qualidade/preço é ainda assim excelente, se não mesmo excepcional.
No Auditório da Delaudio (ver vídeo no topo da página)
No auditório da Delaudio, está em demonstração activa (passem por lá, que vale a pena!...) uma amostra promocional do modelo PL300, o topo de gama de 3-vias (4-altifalantes), acolitada pelo fabuloso conjunto Esoteric P03/D03, que faz parte do grupo restrito da minha lista pessoal das melhores fontes digitais do mundo, nas quais incluo também o Esoteric X-01D2.
Esoteric D03/P03
Advance Acoustics MAP 470
Na amplificação, um “modesto” Advance Acoustics MAP470, cuja conhecida bonomia e serena autoridade o mantiveram nos bastidores do palco, amplo, focado e luminoso, onde actuavam as Platinum.
Delfim Yanez, da Delaudio, um homem feliz
Delfim Yanez pode considerar-se um homem feliz, porque tem finalmente no vasto portfolio de representações, que a Delaudio coleccionou ao longo dos últimos 30 anos, uma coluna highend , que parece ter “ressuscitado” nele os anseios audiófilos latentes do fundo de pragmatismo comercial que o caracteriza. O entusiasmo ressaltava das suas palavras, enquanto se ouvia música: falou-se da Pass, da Pathos e de outras vedetas muito cortejadas do jet set da amplificação mundial, umas já comprometidas, outras nem por isso (...), que seriam o casamento ideal para as Platinum.
A fabulosa 'central' Platinum PL350C
Eu, por mim, atendendo à elevada sensibilidade da PL300 (90 db/1w/1m), apesar da impedância nominal de 4 ohms, olho para elas, e parece que as estou a ver no altar de braço dado com um amplificador a válvulas: um de cada lado, de preferência.
Aliás, fiquei tão bem impressionado com o que ouvi (o MAP470, não sendo uma vedeta audiófila, é competente e sério), que tentei convencer o Delfim a partilhar as PL300 com as gentes do Norte, já no próximo Highend Show - Porto 2007, em parceria com um dos seus revendedores. “Talvez as PL100, talvez as PL100...”, deixou no ar a hipótese. Acontece que o primeiro par de PL100 a desembarcar na ocidental praia vai direitinho para a minha ilha dos amores audiófilos.
Platinum PL100
Já li milhares de catálogos, e sei, por experiência própria, que os publicitários são uns exagerados. A acreditar no que escrevem e, sobretudo, na forma como expõem e ilustram o que escrevem, dá vontade de ir à loja e comprar logo no escuro, porque o produto deve ser o melhor do mundo. O catálogo da série Platinum não é excepção. É óbvio que a Monitor Audio já não é o projecto pessoal, quase familiar e artesanal, do meu velho amigo Mo Iqbal. As Platinum são uma aposta séria da Monitor Audio para entrar definitivamente em território highend, e o esforço financeiro na investigação e desenvolvimento deve ter sido enorme. Nada, absolutamente nada, foi deixado ao acaso.
SPREZZATURA
As Platinum PL300 sem grelha
Ao melhor estilo da Sonus Faber, as Platinum foram concebidas tendo como inspiração o conceito filosófico humanista de “sprezzatura”, a partir do livro “Il Libro Del Cortegiano” (1528), de Baldesar Castiglione, onde se descreviam as normas ideais de comportamento na Corte, sendo a “sprezzatura” a arte de ser virtuoso com discrição e dignidade, ou seja: estruturalmente complexo e formalmente simples. E, de facto, as Platinum escondem na sua beleza simples soluções técnicas complexas:
Tweeter de fita das Platinum
O que se vê por fora é uma coluna com 108x28,8x36,8, acabamentos sumptuosos (ébano e pau-santo), painel frontal forrado a pele suave onde pontificam, por ordem decrescente, um tweeter de fita de metal, com apenas 18 mg de massa (que matou as saudades que eu tinha do meu Kelly Ribbon Tweeter de corneta); uma excelente unidade de médios, que cobre toda a gama entre os 550Hz e os 4kHz, e dois altifalantes de graves, todos em liga de alumínio/magnésio, côncavos, sem tapa-poeira ou faseadores pontiagudos, obtidos a partir de uma “saunduíche” de uma estrutura em favo de abelha de Neomex e uma camada extra fina de metal, que os torna rígidos e leves.
No painel traseiro, bornes para bi-cablagem de excelente qualidade e as respectivas “saídas” reflex dos altifalantes de graves (tubo frisado para eliminar a turbulência), sintonizados para diferentes frequências. (Nota: não tinha comigo equipamento de medida ou discos teste mas creio que o pórtico superior está sintonizado para os 70Hz e o inferior para os 40Hz). A base da coluna é fabricada a partir de um polímero rígido e está solidamente implantada sobre bicos de aço ajustáveis.
Por dentro, a ilustração do catálogo mostra o cuidado extremo colocado pela Monitor Audio no travejamento interno, com uma matriz central, a lembrar a Matrix, da B&W, e varões com ajuste que fixam longitudinalmente as paredes frontal e traseira. O altifalante de médios tem a sua própria câmara, em forma de melão, com orifício de descompressão, este também vagamente inspirado na tecnologia Nautilus.
A resposta em frequência declarada é de uns espantosos 28Hz-100kHz (não conheço nenhum tweeter de fita capaz de uma tal extensão); a sensibilidade de 90dB; a impedância nominal de 4 ómios; e o SPL máximo de 118, 6 dB.
AUDIÇÃO
O que eu ouvi, nos cerca de 20 minutos de audição, com excertos variados de música, foi uma coluna que respira música por todos os poros, sem coloração ou compressão aparente, ou outros constrangimentos físicos, que nos diz imediatamente se o engenheiro de som/produção vai nu ou vestido de brocado fino.
Numa audição tão breve não me posso pronunciar em definitivo sobre o equilíbrio tonal: por deformação audiófila comprazo-me, também na música, no claro-escuro da pintura de Rembrandt. Cada disco revelou ter a sua própria assinatura acústica, o que é muito bom sinal: do brilhozinho nos olhos e da claridade ofuscante e reveladora, à doçura orgânica da informação implícita e à perfeita definição das camadas geológicas da mistura de estúdio; do perturbante sentimento de que é possível ouvir as partículas de ar em movimento poluídas pelo bafo quente dos espectadores na sala de concertos durante as pausas na música, ao mergulho retemperador na luxuriante riqueza harmónica do agudo, tudo desenhado num dos palcos sonoros mais estáveis que estes ouvidos já...eh... viram.
Mal posso esperar para testar as pequenas PL100.
Preços:
PL 100: €3 675
PL 300: € 7 875
PL350C: € 3675
Para mais informações e marcações:
DELAUDIO, TELEF. 843 64 10
Monitor Audio Platinum PL 300
É óbvio que foram beber influências às melhores fontes: Sonus Faber (formato da caixa, acabamentos e marketing) , B&W e KEF (matriz interna, travejamento, formato das câmaras interiores), JM Lab (cones de “sanduíche” de metal e polímero) Piega (tweeter de fita), mas o resultado final é personalizado e, apesar do preço, algo elevado para o rendimento médio nacional, a relação qualidade/preço é ainda assim excelente, se não mesmo excepcional.
No Auditório da Delaudio (ver vídeo no topo da página)
No auditório da Delaudio, está em demonstração activa (passem por lá, que vale a pena!...) uma amostra promocional do modelo PL300, o topo de gama de 3-vias (4-altifalantes), acolitada pelo fabuloso conjunto Esoteric P03/D03, que faz parte do grupo restrito da minha lista pessoal das melhores fontes digitais do mundo, nas quais incluo também o Esoteric X-01D2.
Esoteric D03/P03
Advance Acoustics MAP 470
Na amplificação, um “modesto” Advance Acoustics MAP470, cuja conhecida bonomia e serena autoridade o mantiveram nos bastidores do palco, amplo, focado e luminoso, onde actuavam as Platinum.
Delfim Yanez, da Delaudio, um homem feliz
Delfim Yanez pode considerar-se um homem feliz, porque tem finalmente no vasto portfolio de representações, que a Delaudio coleccionou ao longo dos últimos 30 anos, uma coluna highend , que parece ter “ressuscitado” nele os anseios audiófilos latentes do fundo de pragmatismo comercial que o caracteriza. O entusiasmo ressaltava das suas palavras, enquanto se ouvia música: falou-se da Pass, da Pathos e de outras vedetas muito cortejadas do jet set da amplificação mundial, umas já comprometidas, outras nem por isso (...), que seriam o casamento ideal para as Platinum.
A fabulosa 'central' Platinum PL350C
Eu, por mim, atendendo à elevada sensibilidade da PL300 (90 db/1w/1m), apesar da impedância nominal de 4 ohms, olho para elas, e parece que as estou a ver no altar de braço dado com um amplificador a válvulas: um de cada lado, de preferência.
Aliás, fiquei tão bem impressionado com o que ouvi (o MAP470, não sendo uma vedeta audiófila, é competente e sério), que tentei convencer o Delfim a partilhar as PL300 com as gentes do Norte, já no próximo Highend Show - Porto 2007, em parceria com um dos seus revendedores. “Talvez as PL100, talvez as PL100...”, deixou no ar a hipótese. Acontece que o primeiro par de PL100 a desembarcar na ocidental praia vai direitinho para a minha ilha dos amores audiófilos.
Platinum PL100
Já li milhares de catálogos, e sei, por experiência própria, que os publicitários são uns exagerados. A acreditar no que escrevem e, sobretudo, na forma como expõem e ilustram o que escrevem, dá vontade de ir à loja e comprar logo no escuro, porque o produto deve ser o melhor do mundo. O catálogo da série Platinum não é excepção. É óbvio que a Monitor Audio já não é o projecto pessoal, quase familiar e artesanal, do meu velho amigo Mo Iqbal. As Platinum são uma aposta séria da Monitor Audio para entrar definitivamente em território highend, e o esforço financeiro na investigação e desenvolvimento deve ter sido enorme. Nada, absolutamente nada, foi deixado ao acaso.
SPREZZATURA
As Platinum PL300 sem grelha
Ao melhor estilo da Sonus Faber, as Platinum foram concebidas tendo como inspiração o conceito filosófico humanista de “sprezzatura”, a partir do livro “Il Libro Del Cortegiano” (1528), de Baldesar Castiglione, onde se descreviam as normas ideais de comportamento na Corte, sendo a “sprezzatura” a arte de ser virtuoso com discrição e dignidade, ou seja: estruturalmente complexo e formalmente simples. E, de facto, as Platinum escondem na sua beleza simples soluções técnicas complexas:
Tweeter de fita das Platinum
O que se vê por fora é uma coluna com 108x28,8x36,8, acabamentos sumptuosos (ébano e pau-santo), painel frontal forrado a pele suave onde pontificam, por ordem decrescente, um tweeter de fita de metal, com apenas 18 mg de massa (que matou as saudades que eu tinha do meu Kelly Ribbon Tweeter de corneta); uma excelente unidade de médios, que cobre toda a gama entre os 550Hz e os 4kHz, e dois altifalantes de graves, todos em liga de alumínio/magnésio, côncavos, sem tapa-poeira ou faseadores pontiagudos, obtidos a partir de uma “saunduíche” de uma estrutura em favo de abelha de Neomex e uma camada extra fina de metal, que os torna rígidos e leves.
No painel traseiro, bornes para bi-cablagem de excelente qualidade e as respectivas “saídas” reflex dos altifalantes de graves (tubo frisado para eliminar a turbulência), sintonizados para diferentes frequências. (Nota: não tinha comigo equipamento de medida ou discos teste mas creio que o pórtico superior está sintonizado para os 70Hz e o inferior para os 40Hz). A base da coluna é fabricada a partir de um polímero rígido e está solidamente implantada sobre bicos de aço ajustáveis.
Por dentro, a ilustração do catálogo mostra o cuidado extremo colocado pela Monitor Audio no travejamento interno, com uma matriz central, a lembrar a Matrix, da B&W, e varões com ajuste que fixam longitudinalmente as paredes frontal e traseira. O altifalante de médios tem a sua própria câmara, em forma de melão, com orifício de descompressão, este também vagamente inspirado na tecnologia Nautilus.
A resposta em frequência declarada é de uns espantosos 28Hz-100kHz (não conheço nenhum tweeter de fita capaz de uma tal extensão); a sensibilidade de 90dB; a impedância nominal de 4 ómios; e o SPL máximo de 118, 6 dB.
AUDIÇÃO
O que eu ouvi, nos cerca de 20 minutos de audição, com excertos variados de música, foi uma coluna que respira música por todos os poros, sem coloração ou compressão aparente, ou outros constrangimentos físicos, que nos diz imediatamente se o engenheiro de som/produção vai nu ou vestido de brocado fino.
Numa audição tão breve não me posso pronunciar em definitivo sobre o equilíbrio tonal: por deformação audiófila comprazo-me, também na música, no claro-escuro da pintura de Rembrandt. Cada disco revelou ter a sua própria assinatura acústica, o que é muito bom sinal: do brilhozinho nos olhos e da claridade ofuscante e reveladora, à doçura orgânica da informação implícita e à perfeita definição das camadas geológicas da mistura de estúdio; do perturbante sentimento de que é possível ouvir as partículas de ar em movimento poluídas pelo bafo quente dos espectadores na sala de concertos durante as pausas na música, ao mergulho retemperador na luxuriante riqueza harmónica do agudo, tudo desenhado num dos palcos sonoros mais estáveis que estes ouvidos já...eh... viram.
Mal posso esperar para testar as pequenas PL100.
Preços:
PL 100: €3 675
PL 300: € 7 875
PL350C: € 3675
Para mais informações e marcações:
DELAUDIO, TELEF. 843 64 10