Jennifer Hudson (photo Dreamworks/Paramount)
Jennifer Hudson foi banida dos “Ídolos” por ser gorda? Ou o júri limitou-se a decidir que ter boa voz não é o mesmo que saber cantar? O instrumento de Hudson é um diamante em bruto que impressiona pelo poder, cor e dinâmica. Mas até na minha área específica, a neutralidade e a baixa distorção de um amplificador ou coluna de som podem ser mais importantes que a elevada potência.
Jennifer Hudson e Beyoncé, numa cena do filme (photo Dreamworks/Paramount)
Se a histeria interpretativa de Hudson se aceita numa igreja do Harlem, já destoa, é o termo, quando a deixam à solta no filme. Na parte final de “Dreamgirls”, Beyoncé grita igualmente o que lhe vai na alma, numa cena de estúdio de gravação, sem cantar uma única nota fora de tom. É também por isso que a nossa Dulce Pontes nunca será Céline Dion...
A mesma Hudson que antes perdeu por não saber cantar, ganhou agora por não saber representar. Depois de ver o desempenho de Cate Blanchet, em “Diário de um Escândalo”, considero a decisão da Academia, no mínimo, escandalosa. Se a ideia era manter a paridade, podiam ter escolhido Eddie Murphy…
As Dreamgirls em palco (photo Dreamworks/Paramount
E pensar que “Dreamgirls” ganhou também o Óscar para Melhor Som. Compare-se com a transparência da banda sonora de “Apocalypto”. As editoras têm o arquivo discográfico morto a precisar de ser ressuscitado e o revivalismo vende bem. Além de que os judeus nunca perdoaram a Gibson a paixão de Cristo…
Não era preciso ser o diabo para escolher entre Helen Merrill e Judi Dench: a história de uma rainha refém de uma princesa do povo rende sempre mais que a vidinha de uma professora anónima - e ainda por cima lésbica. A própria Judi Dench que o diga.
Agora percebo por que razão o Óscar é dourado, como o apito…
Jennifer Hudson foi banida dos “Ídolos” por ser gorda? Ou o júri limitou-se a decidir que ter boa voz não é o mesmo que saber cantar? O instrumento de Hudson é um diamante em bruto que impressiona pelo poder, cor e dinâmica. Mas até na minha área específica, a neutralidade e a baixa distorção de um amplificador ou coluna de som podem ser mais importantes que a elevada potência.
Jennifer Hudson e Beyoncé, numa cena do filme (photo Dreamworks/Paramount)
Se a histeria interpretativa de Hudson se aceita numa igreja do Harlem, já destoa, é o termo, quando a deixam à solta no filme. Na parte final de “Dreamgirls”, Beyoncé grita igualmente o que lhe vai na alma, numa cena de estúdio de gravação, sem cantar uma única nota fora de tom. É também por isso que a nossa Dulce Pontes nunca será Céline Dion...
A mesma Hudson que antes perdeu por não saber cantar, ganhou agora por não saber representar. Depois de ver o desempenho de Cate Blanchet, em “Diário de um Escândalo”, considero a decisão da Academia, no mínimo, escandalosa. Se a ideia era manter a paridade, podiam ter escolhido Eddie Murphy…
As Dreamgirls em palco (photo Dreamworks/Paramount
E pensar que “Dreamgirls” ganhou também o Óscar para Melhor Som. Compare-se com a transparência da banda sonora de “Apocalypto”. As editoras têm o arquivo discográfico morto a precisar de ser ressuscitado e o revivalismo vende bem. Além de que os judeus nunca perdoaram a Gibson a paixão de Cristo…
Não era preciso ser o diabo para escolher entre Helen Merrill e Judi Dench: a história de uma rainha refém de uma princesa do povo rende sempre mais que a vidinha de uma professora anónima - e ainda por cima lésbica. A própria Judi Dench que o diga.
Agora percebo por que razão o Óscar é dourado, como o apito…