Mark vinha promover os produtos Cello, uma marca lançada em parceria com Tom Collangelo, o criador dos famosos prévios/igualizadores Palette e Encore, que tive o prazer de testar. Como tudo aquilo em que Mark se mete (vide Red Rose) vai à falência ou é vendido em hasta pública, Tom decidiu passar a colaborar com o Viola Laboratories, a sucessora da Cello, tendo projectado o prévio Cadenza. Infelizmente, Tom faleceu recentemente num acidente. Mas Mark continua aí para as curvas e mais tarde ou mais cedo vai meter-se noutra. Casar outra vez, depois da experiência com Kim Catrall é que eu já tenho as minhas dúvidas. Kim ficou-lhe com a maior parte da fortuna que restava dos anteriores divórcios.
A verdade é que Kim também contribuíra para esse “espólio” como co-autora de um livro com o título bem sugestivo de “Satisfaction: the art of female orgasm”, no qual se estabelecia uma relação entre o sexo e a música.
Entre diagramas para bem colocar o “subwoofer” na sala (umas das técnicas é deitarmo-nos no chão em busca de ressonâncias, portanto o leitor pode tirar daí as suas ilações), explica-se, com exemplos práticos, qual a melhor forma de ultrapassar o egoísmo masculino e os receios femininos que interferem com a máxima satisfação sexual e audiófila. No final, o leitor fica apto a distinguir com precisão as diferenças entre equipamentos e colunas de som durante as audições a dois, recorrendo-se simultaneamente à prática de “fellatio”.
Na entrevista que fiz a Mark Levinson, por ocasião da sua visita a Portugal (que podem ler aqui em versão pdf), este contou-me uma anedota negra: “Sabe aquela do míssil cuja ogiva era à base de junk-food? Disse um dos financiadores do projecto: Finalmente temos uma bomba que mata milhões sem prejudicar a margem de lucro...”. “Foram os Americanos que inventaram a junk-food”, lembrei-lhe. “É verdade”, concordou. Para logo acrescentar: “Mas também inventaram o Viagra. E resulta!...”. Afinal parece que o Viagra não chegou para satisfazer a Kim...