Ninguém surfa no HIFICLUBE à procura de “coisas” baratinhas para oferecer ao filho, que até é bom aluno e não aponta pistolas – mesmo de plástico – à cabeça da professora.
Ninguém espera encontrar no HIFICLUBE um teste comparativo no estilo da DECO, entre 20 sistemas até 500 euros, diligentemente classificados por ordem de qualidade, que se podem depois comprar na Worten e pagar em 48 meses sem juros.
Ninguém espera ver no HIFICLUBE uma montra de produtos que vão do highend aos telemóveis como na revista AUDIO.
Ao HIFICLUBE vai-se em busca do sonho – e sonhar é fácil e barato. E antes que me acusem de elitismo, declaro já que não há nada mais democrático que o sonho. Ou como canta Jorge Palma:
Eu sou quem posso ser, sempre fui assim, embora no meu caso haja quem me leve a mal. Em 1988, publiquei na revista IMASOM um artigo intitulado “A alta fidelidade no país real”, que aborda esta problemática (abrir pdf in Media). Em 2001, publiquei um artigo “provocatório”, a propósito dos cabos Nordost Valhalla, no qual disserto de novo sobre a minha concepção filosófica de áudio; e em 2004 voltei ao tema na introdução de um teste ao Theta Gen VIII – isto no DNA/Sons, o suplemento de um jornal diário onde todos os dias durante 15 anos me sugeriam simpaticamente que talvez fosse melhor dedicar-me aos gadgets ou à pesca!... (ver pdf in Media).
No HIFICLUBE os equipamentos não são apenas objecto da crítica, são também sujeito da crítica, um pretexto intelectual para manter viva a paixão pelo áudio, uma forma de fornecer aos leitores um conjunto semântico complexo de termos e conceitos que os vão ajudar a verbalizar as experiências pessoais e a construir o seu próprio edifício conceptual, ou para simplificar: a ideia que cada um tem do que distingue um bom som de um mau som.
Para compreender é preciso primeiro nomear, saber dizer, descrever, entender. Em não sendo considerados objectos – a não ser de desejo -, o preço é secundário (estamos no plano do abstracto, claro), porque o que interessa realmente são os ensinamentos que colhemos deles e não quanto nos podem custar, já que ninguém tem obrigação de os comprar. A apreciação e a decisão de compra são processos complementares mas independentes, logo o primeiro não implica obrigatoriamente o segundo.
O HIFICLUBE não é um Guia do Comprador, é um Guia da Arte de Ouvir em toda a Sala. Se todos lessem só sobre aquilo que pretendem comprar, as revistas sobre viagens, barcos, automóveis, relógios e...mulheres não se vendiam. Ao menos deixem-nos sonhar: é fácil e barato, não custa milhões...
Las Vegas é terra de sonhos (e de alguns pesadelos, também). Lá tudo pode acontecer: ver a Torre Eiffel transplantada para o deserto; dar de caras (literalmente) com Marilyn Monroe (CES2004), ou irem-nos buscar ao hotel numa limusine branca e looonga, de vidros fumados, para assistir à apresentação, no palco de um teatro da cidade, porque não cabia num quarto de hotel, do 'Million Dollar System', composto por colunas Infinite Wisdom Grande e amplificação Jeff Rowland (CES2005).
Há 20 anos que vou lá para contar como foi. Vamos ver o que 2009 tem reservado para os leitores do HIFICLUBE.
BOAS AUDIÇÕES. BOAS COMPRAS. BOM ANO 2009. E, SOBRETUDO, FAÇAM O FAVOR DE SER FELIZES.
Ninguém espera encontrar no HIFICLUBE um teste comparativo no estilo da DECO, entre 20 sistemas até 500 euros, diligentemente classificados por ordem de qualidade, que se podem depois comprar na Worten e pagar em 48 meses sem juros.
Ninguém espera ver no HIFICLUBE uma montra de produtos que vão do highend aos telemóveis como na revista AUDIO.
Ao HIFICLUBE vai-se em busca do sonho – e sonhar é fácil e barato. E antes que me acusem de elitismo, declaro já que não há nada mais democrático que o sonho. Ou como canta Jorge Palma:
Na terra dos sonhos
Podes ser quem tu és
Ninguém te leva a mal
Na terra dos sonhos
Toda a gente trata a gente
Toda por igual
Eu sou quem posso ser, sempre fui assim, embora no meu caso haja quem me leve a mal. Em 1988, publiquei na revista IMASOM um artigo intitulado “A alta fidelidade no país real”, que aborda esta problemática (abrir pdf in Media). Em 2001, publiquei um artigo “provocatório”, a propósito dos cabos Nordost Valhalla, no qual disserto de novo sobre a minha concepção filosófica de áudio; e em 2004 voltei ao tema na introdução de um teste ao Theta Gen VIII – isto no DNA/Sons, o suplemento de um jornal diário onde todos os dias durante 15 anos me sugeriam simpaticamente que talvez fosse melhor dedicar-me aos gadgets ou à pesca!... (ver pdf in Media).
Não era agora, que finalmente sou dono e senhor da minha escrita, que ia mudar. Eu não vendo equipamentos de som, vendo escrita, ou melhor, dou-a de barato. Espero que não me levem a mal por isso...
No HIFICLUBE os equipamentos não são apenas objecto da crítica, são também sujeito da crítica, um pretexto intelectual para manter viva a paixão pelo áudio, uma forma de fornecer aos leitores um conjunto semântico complexo de termos e conceitos que os vão ajudar a verbalizar as experiências pessoais e a construir o seu próprio edifício conceptual, ou para simplificar: a ideia que cada um tem do que distingue um bom som de um mau som.
Para compreender é preciso primeiro nomear, saber dizer, descrever, entender. Em não sendo considerados objectos – a não ser de desejo -, o preço é secundário (estamos no plano do abstracto, claro), porque o que interessa realmente são os ensinamentos que colhemos deles e não quanto nos podem custar, já que ninguém tem obrigação de os comprar. A apreciação e a decisão de compra são processos complementares mas independentes, logo o primeiro não implica obrigatoriamente o segundo.
O HIFICLUBE não é um Guia do Comprador, é um Guia da Arte de Ouvir em toda a Sala. Se todos lessem só sobre aquilo que pretendem comprar, as revistas sobre viagens, barcos, automóveis, relógios e...mulheres não se vendiam. Ao menos deixem-nos sonhar: é fácil e barato, não custa milhões...
Las Vegas é terra de sonhos (e de alguns pesadelos, também). Lá tudo pode acontecer: ver a Torre Eiffel transplantada para o deserto; dar de caras (literalmente) com Marilyn Monroe (CES2004), ou irem-nos buscar ao hotel numa limusine branca e looonga, de vidros fumados, para assistir à apresentação, no palco de um teatro da cidade, porque não cabia num quarto de hotel, do 'Million Dollar System', composto por colunas Infinite Wisdom Grande e amplificação Jeff Rowland (CES2005).
Há 20 anos que vou lá para contar como foi. Vamos ver o que 2009 tem reservado para os leitores do HIFICLUBE.
BOAS AUDIÇÕES. BOAS COMPRAS. BOM ANO 2009. E, SOBRETUDO, FAÇAM O FAVOR DE SER FELIZES.