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2008

Ces 2008_ Parte 5_ Grandezas E Misérias



No terreiro da Feira


Tempos houve em que, por dever de ofício, escrevendo para o Público, DN ou CM, tinha a obrigação de andar pelo terreiro da Feira em Las Vegas, aos encontrões e empurrões, com dezenas de milhares de outros jornalistas e profissionais (ver vídeo) para ver as novidades, no meio dos “freaks” dos jogos de computador, de gadgets mirabolantes, robots humanóides, cadeiras eléctricas (não a que os Americanos utilizam para resolver problemas sociais, as outras, as que vibram com as explosões e simulam os movimentos de acção nos filmes), carros e camiões com 10 000 watts de som instalados nos atrelados. Até sobre caixões com música eu reportei de Las Vegas!


Agora, no Hificlube, e enquanto me der na gana, escrevo só sobre o que me apetece. Ou seja: já não troco um bom banho no hotel, uma partida de Black-Jack, um jantar a tempo e horas no Stack ou no Olives (sem marcação, depois das oito da noite vai-se para a bicha), ou a sessão das sete do Le Rêve, pelo Cirque du soleil (adormeço sempre nas segundas sessões por causa do jetlag), por quilómetros percorridos no Convention Center, no meio da confusão de luzes, sons e gentes desvairadas, só para provar que vi o que os outros também viram, e entretanto já colocaram no You Tube.

Panasonic: a big Apple ainda não cabe toda em 150 polegadas de plasma


Assim, no pouco tempo que dediquei à Feira propriamente dita, além do que já escrevi sobre a clara vitória do Blu-ray, observei que o tamanho dos ecrãs continua a ser importante, pois havia um rebanho de gente em frente ao Panasonic de 150 polegadas, o maior plasma do mundo;

Panasonic: plasmas mais finos não há, diz a publicidade


por outro lado, constatei que quanto mais fininho melhor: os plasmas já têm menos de uma polegada de espessura;
Novo Pioneer Kuro Project


e que a imagem do Pioneer Kuro é excepcional (a foto não faz justiça à beleza da dália vemelha).


E que o áudio clássico é o parente pobre da electrónica de consumo...

Sony: os dados estão lançados para o OLED


Contudo, parece que o futuro é o OLED, a tecnologia de luz orgânica. Estes ecrãs são mais fininhos, apenas alguns milímetros de espessura. E só não despertaram tanta atenção porque não é ainda possível entrar com eles na guerra de “a minha é maior que a tua”. E a comercialização em grande escala a preços razoáveis vem longe. A imagem é menos vibrante que a dos modernos plasmas, mas talvez por isso mais natural e repousante, logo ideal para monitor de computador.

Hitachi: o LCD mais fino do mundo c/ 0,75 polegadas de espessura


A Hitachi também apresentou um protótipo de ecrã LCD de 32 polegadas com menos de 2 cm de espessura! E com uma imagem fabulosa a que a foto não faz justiça, pois foi necessário abrir muito o diafragma e baixar a velocidade de obturação para a obter.


Mas não pensem que o título desta crónica breve tem algo a ver com o tamanho dos plasmas ou a espessura dos OLEDs e LCDs. Tem tudo a ver com um homem, Mark Levinson, que, de guru do highend, se dedica agora a “afinar” sistemas AV para a LG, conforme podem constatar pela sequência de fotos que se seguem:

Sala 1 c/ sistema AV “tuned” by Mr. Mark Levinson

Sala 2 c/ sistema AV “tuned” by Mr. Mark Levinson. The men in black just loved it.... A minha alma chorou.

HD-AV Receiver co-developed with Mr. Mark Levinson


Vejam agora em pormenor o cuidado que a LG teve em frisar que se trata de Mr. Mark Levinson, ele próprio, e não a marca que tem o seu nome.

Era a estas grandezas e misérias que eu me referia. Há no mundo do áudio outras manias das grandezas que resultam da miséria moral de quem as tem. Mas essas ficam em carteira para quando certas pessoas ousarem perturbar o meu descanso do guerreiro neste cantinho do mundo online a que me remeti.


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