Reza um ditado chinês que não se deve voltar a um sítio onde se foi feliz. Eu fui feliz no DNA, enquanto durou. E durou seis anos. Não porque a minha relação com o editor fosse boa (deixou bem claro na primeira entrevista que considerava a 'alta fidelidade' uma excrescência imposta no ambiente cultural sofisticado de esquerda caviar do suplemento) mas porque eu tinha o apoio dos leitores - e dos anunciantes! - e cheguei a editar 34 das 68 páginas do DNA!, com reportagens de Las Vegas, para espanto do mundo ocidental. Ninguém acreditava nos EUA e na Europa que o DN, um jornal de referência de âmbito nacional, me facultava semanalmente espaço em quadricromia para publicar reportagens e fotos sobre highend, quando revistas especializadas como a Hifi News dispensavam três ou quatro páginas ao assunto.
Tenho orgulho no meu trabalho de divulgação do highend, que desenvolvi na imprensa nacional durante quase 20 anos, contra tudo e contra todos. Agora que tenho a minha própria página onde escrevo o que quero, quando quero e como quero, achei interessante ir ao sotão das memórias e repescar alguns artigos publicados no DNA, que guardei no formato original (pdf) para mais tarde recordar, republicando-os regularmente à medida que a sua leitura (res)suscitar as emoções que eu então vivi, desde reportagens a crónicas e testes, sem preocupação cronológica.
Vai ser interessante alguns leitores verificarem que foi no DNA que pela primeira vez no mundo se falou nisto ou naquilo, e não na Stereophile, por exemplo...
Para começar nada melhor que um texto com o título apropriado de 'Brinquedos no Sotão', inspirado numa visita à casa de férias de um grande audiófilo e amigo, o Dr. Jorge Cabral.
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