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2010

Salon Hifi Home Cinema_parte 4: Son Et Image En Couleur





Os organizadores de hifishows, por esse mundo, fora tentam, sem sucesso, diga-se, estabelecer o justo equilíbrio entre a satisfação dos puristas, que buscam no LP e nas válvulas a sublimação das suas angústias audiófilas; e os videófilos mais jovens, que querem ver filmes em HD com som surround. São duas filosofias antagónicas. Mas a segunda traz mais gente aos certames, e as audiências nestas coisas também contam. Há até expositores que exigem um mínimo de visitantes para voltar. Claro que há muitas formas de inflaccionar as visitas...  



Quanto às mulheres são tentadas, como Eva, pelas cores vivas e o design leve. Quase todas as marcas foram banhadas pelo arco-íris.


ScanSonic. Não vos lembra nada?!...  


E a Tivoli parece ter cultores em todas as latitudes: da cópia descarada à parecença envergonhada


.


Genesis Technologies (no estilo da Wisdom Audio)



Em Paris, ambos os grupos tiveram assento mas bem separados (salvo uma outra ou outra excepção de demonstrações contíguas, que se situam no limbo do vídeo e no purgatório do áudio), como as claques de futebol: gritem à vontade mas não se esgatanhem, s’il vous plaît...


As salas de grandes dimensões foram arrematadas pelos distribuidores das grandes marcas. A KEF, por exemplo, tinha uma sala no estilo walk around, com altares para cada série: Q Series, Reference Series, T Series...


A malta entrava, dava a volta e terminava o tour sentado nuns puffs estilizados a ver/ouvir um concerto de Sting.




Curiosa a aposta nas cores Lacoste (laranja, verde alface...) para a Reference Series. Talvez seja a única forma de elas os deixarem levar aqueles monstros lá para casa, em lugar de umas coluninhas “flat”, que cabem muito melhor no “flat”...





Na LG a mostra incidia mais na imagem que no som. Embora o monitor Nano Full LED 3D fosse acolitado pelas estranhas colunas activas (c/ fonte incorporada) HB 994 PK. Não sei se Mark Levinson também foi consultado, neste caso...




Fantástico o projector 3D Full HD (de lente única). Com os óculozinhos da praxe, a imagem era de alto relevo (em especial dos curtos clips de demonstração: um malabarista a brincar com facas...): sensação de 2 a 3 metros em frente do ecrã! Mas ver um filme inteiro com os óculos torna-se demasiado cansativo.





Muito bom também o monitor OLED INFINIA EL 9500. A estabilidade da imagem é notável. As cores são saturadas e repousantes, não nos gritam aos olhos...





B&W para demonstrar o seu som de cinema optou por montar dois projectores da Sim2 em tandem e o resultado ficou aquém as expectativas.


Só com um projector sem 3D (ver video), tanto o som como a imagem estavam óptimos. E por mim dispensei bem o 3D.




Muito badalado foi o processador SVS Smyth Realiser A8. Fui experimentar e não achei que fosse nada de especial. A coisa funciona assim: colocam-se uns minimicrofones nas orelhas de um ouvinte e capta-se o som de um sistema AV Surround de alta qualidade. Registam-se os resultados e introduzem-se no Smyth. Um algoritmo secreto processa os dados e permite recriar as características acústica do binómio sala/sistema através de auscultadores. Por exemplo: vai à sala de audições de um distribuidor ouvir um sistema topo de gama e transfere todas as suas qualidades para um par de auscultadores!...

De facto, julguei ouvir umas explosões atrás de mim. Mas não me parece que o videoclip utilizado fosse o mais indicado. Se resultar é o ovo de Colombo: ouvir um supersistema de milhões num par de auscultadores de tostões...     



Nota: abrir continuação em Artigoss Relacionados


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