Audioshow 2011_ Parte 3 _ Pesos Médios: Delaudio, Imacústica, Soundeclipse, Zenaudio/rb

DELAUDIO

E voltamos à Delaudio, que, aliás, se fez representar em todas as categorias, pelo que ainda vamos ouvir falar dela de novo nos 'meio-médios'.

Melhor, voltamos aqui à Delaudio e à Magnepan. A MG12, acolitada por electrónica Primare, provou que não é preciso perder a cabeça para ouvir música de qualidade. Até porque a cabeça vai ser-lhe muito útil para segurar os ouvidos no sítio e processar o sinal...

Um sistema para todas as estações, e não me refiro apenas ao Inverno, que se ouve no video, com todas as notas de baixo a cima, e dá uma razoável ideia do potencial deste delicioso brinquedo da Magnepan.

O tipo de sistema que se põe a tocar e se deixa a tocar. Dá flores musicais o ano todo – e nem precisa de regar...

IMACÚSTICA

Também se apresentou na categoria de médios, com um par de ProAc, de mão dada com electrónica Micromega.E soou como se vê e ouve. O tweeter de fita é uma mais valia, e a ProAc tem um dom especial para fazer o “voicing” de todas as suas colunas, que primam sempre pela articulação do grave e a claridade dos médios.

Um sistema pouco intrusivo, adaptado aos tempos modernos, onde até os governos já caem via internet.

SOUNDECLIPSE

Sem a dinâmica de outros tempos (refiro-me à dupla Rui e Paulo), pois os tempos convidam à contenção financeira e à ponderação económica, mas com a mesma paixão e simpatia, apresentaram-me o fabuloso conjunto transporte/DAC PS Audio Perfect Wave (que já vos tinha mostrado nas reportagens da CES), que permite reproduzir as extraordinárias gravações HRX da Reference Recordings a 176, 4/24 bit, editadas em DVD; e aceita streaming digital, além de CD convencional, integrado num sistema composto por electrónica Leema e colunas Kudos Cardea C30.

Só gravei o excerto que se segue, pois quando ouvi uma matriz HRX esqueci-me que tinha a câmara comigo...

ZEN AUDIO

A Zen Audio ( e não só), por vezes, esquece-se que o Hificlube existe. Mas o Hificlube nunca se esquece da Zen Audio - nem dos outros. Até porque JVH é sempre recebido, e é um prazer reencontrar o Miguel e o Rui “the turntable man” Borges.

Falar com o Rui é como visitar um guru que ao tocar-nos com a força da sua paixão nos fortalece o entusiasmo audiófilo para o resto do ano. O Rui só teve um azar na vida: foi ter nascido neste país à beira mar plantado, eu diria mesmo mais, como o 2º Dupont, à beira mar pasmado.

O video do Rui Borges que publiquei no Hificlube, embora falado em Português, e sem legendas, já foi visto mais de 5 000 vezes, o que é notável, pois não trata nem de futebol, nem de sexo...apenas de gira-discos. Ainda por cima com origem num país ignoto, à beira da bancarrota.

Agora confidenciou-me que está a construir uma nova chumaceira que faz baixar o já de si diminuto (e inaudível) ruído mecânico dos seus pratos para o zero infinito.

Rui, tu és como os teus gira-discos: a tua cabeça está sempre a girar em busca do infinito...

Ah, e voltei a gostar das Xavian, que têm um “voicing” algures entre as ProAc e os monitores BBC. E acabamentos que me fazem lembrar o chocolate. Gosto.