Devem os audiófilos ser integrados em grupos AA, de audiófilos anónimos, e submeter-se ao tratamento dos 12 passos, para se curarem do vício de viver em paraísos sonoros artificiais, que dão prazer aos ouvidos e custam os olhos da cara?...
Há quem considere que a audiofilia não é um hobby saudável mas antes uma patologia que, nos casos mais graves, pode levar mesmo o paciente a ouvir coisas que aparentemente não existem: diferenças entre cabos, por exemplo. De cobre, prata ou ouro, e que chegam a custar milhares de euros o metro; e até ficheiros digitais de alta resolução com sons de frequências que cientificamente só são audíveis por cães e morcegos.
O que para uns não passa de uma obsessão, para outros são pequenos nadas pelos quais estão dispostos a pagar tudo - só porque o diabo está nos detalhes. Não é por acaso que a Gryphon tem um amplificador chamado Mephisto...
Como crítico de áudio, há 30 anos que oiço os melhores equipamentos de som do mundo. Mesmo assim, considero que tenho uma mente saudável, embora admita que ouvir música sentado num sofá não é o exercício ideal para se ter uma boa forma física.
De facto, há hobbies bem mais saudáveis, como andar de bicicleta ao ar livre, em contacto com a natureza, por exemplo.
Contudo, do mesmo modo que se pode ouvir a mesma música num iPod, ou num sistema de som de meio milhão de euros; também se pode pedalar montanha acima numa pasteleira de quinze quilos comprada em saldos no Continente por 50 euros, ou numa Cannondale Super Six Evo Black, com quadro em fibra de carbono, que pesa menos de 5 quilos - e custa 11 000 euros!
Para um audiófilo, a pasteleira serve perfeitamente, o iPod é que não. Para um apaixonado do pedal, o iPod é a realidade diária, nem que seja na bicicleta estática do ginásio, e a Cannondale Evo Black de carbono o sonho de uma vida.Em todas as sociedades, há sempre uma maioria que tem sonhos e uma minoria que os concretiza.
Será a paixão pelo áudio highend diferente da paixão por bicicletas topo de gama?
Audiófilos com dinheiro e bom gosto compram sem pestanejar colunas Rockport Technologies de 100 000 euros com altifalantes de carbono, ligadas ao amplificador por cabos Stealth Royal Dream de 50 000; utilizam DACs Trinity de 40 000 e coleccionam células de leitura (vulgo agulha) de 5 000 (que as há ainda mais caras!...) para montar no braço de um gira-discos de 50 000. E depois ainda são precisos mais uns largos milhares para um prévio Pandora e um amplificador Collosseum da Gryphon...
O audiófilo não é muito diferente do coleccionador de relógios Rolex ou Gruebel Forsey, que lhe dão as mesmas horas certas de um Swatch; ou de canetas Montegrappa ou Mont-Blanc de aparo de ouro, quando a única coisa que escreve diariamente são sms no smartphone e emails no iPad.
Assim também sucede com os apaixonados por carros antigos, que ficam guardados na garagem a apanhar pó; Porsches, Lamborghinis e Ferraris, que dão 300 km/h, quando não podem circular a mais de 120; tacos de golfe especiais Ping feitos por medida para dar “caroques”na bola; ou raquetas de ténis xpto para bater bolas contra a parede.
Aquilo que para uns é um gasto sumptuário para outros é um gosto sumptuoso, um investimento cultural lógico, porque satisfaz uma necessidade e um desejo (de posse) ditado pelo coração e não pela razão, logo perfeitamente justificado perante os fiéis que partilham o mesmo hobby e compreendem esse impulso consumista, pois também o sentem mesmo quando não o podem concretizar.
Quem acha que um audiófilo fica definitivamente satisfeito com um sistema que custa 500 000 euros desengane-se, pois há sempre um upgrade para melhorar o que já era perfeito.
E também numa Cannondale Evo Black de 11 000 euros, ainda é possível, por exemplo, trocar as rodas de origem por outras especiais que custam mais 5 000, como se as outras não rolassem já suficientemente bem...
Cada um destes hobbies é um microcosmos, um mundo à parte, e os seus praticantes pertencem a tribos que falam dialectos que as outras tribos não entendem, mesmo quando as palavras são as mesmas: tempo, ritmo, ataque, velocidade significam coisas diferentes para um amante de ciclismo e um audiófilo.
Há apenas uma palavra que todos entendem bem seja qual for o hobby de eleição: qualidade (a qualquer custo...).
Com a amável colaboração da Bikezone que importa as bicicletas Cannondale realizámos uma sessão fotográfica no auditório principal da UAE, em Benfica, numa tentativa de aproximar duas tribos que têm andado de costas voltadas mas têm no fundo o mesmo objectivo: chegar mais alto, mais longe e mais depressa na sinuosa estrada da música.
A Ultimate Audio Elite, que importa e comercializa alguns dos mais sofisticados (e caros) equipamentos de som do mundo, que foram recentemente apresentados no High End Show 2014, de Munique, tem nos seus quadros um audiófilo cujo coração balança entre equipamentos de som e video e desporto: Rui Calado, a quem a Evo Black deixou um brilhozinho nos olhos. Se ele pudesse, saía dali para casa montado nela...
Rui Calado, da Ultimate Audio Elite, ficou apaixonado pela Cannondale Evo Black; e Hugo Jacinto, da Bikezone, ficou deslumbrado com o que ouviu no estúdio.
Afinal, talvez seja mais fácil estabelecer consensos entre hobbistas de tribos diferentes que entre partidos políticos.
Mighty Sam McClain, uma das 4 vozes negras que pode ouvir, clicando no link 'Vozes Negras' abaixo.
Pedalar por estradas sinuosas e ouvir a música das ondas sinusoidais, são hoje apenas duas das muitas aplicações do carbono. Monte na sua bicicleta Evo-Black Super Six e vá à Ultimate Audio Elite ouvir quatro super “Vozes Negras” num sistema de som highend.
Aviso: a qualidade vicia sem retorno possível.
Para saber mais informações sobre a Cannondale Supersix Black Evo clique no banner da abaixo.