A Imacustica optou este ano por uma estratégia diferente. No lugar do porta-aviões, enviou um fragata. As XLF ficaram ancoradas em bom porto, na nova loja da Av. do Brasil, e as Magico S5, que tão boa conta deram de si em 2012, defenderam com galhardia o prestígio da casa, bem acolitadas por electrónica Constellation. Dois monos Centaur aumentaram o poder de fogo em relação ao modelo estéreo do ano passado.

À reconhecida neutralidade, ausência de colorações e overhang, adicionou-se assim mais potência às capacidades macrodinâmicas das Magico S5, já que a microdinâmica é sempre superlativa e resulta do férreo, é o termo (a estrutura interna parece um jogo de Meccano), controlo de ressonâncias e vibrações da caixa integralmente metálica (alumínio aeronáutico)

As XLF não são propriamente portáteis (pesam umas largas centenas de quilos) e exigem condições de audição que a Sala Campolina não tem. Por outro lado, as Alexia já lá tinham estado em 2012. Nota: a Wilson Audio anunciou recentemente as Sasha Series 2.

Assim, depois de Peter Mc Grath e Ricardo Franassovici terem passado horas a afinar a colocação das Wilson Alexandria XLF e Alexia, com o imprescindível apoio da equipa da Imacustica, nos excelentes auditórios das novas instalações, era natural que a política comercial consistisse em “não-mexer-em-equipa-que-ganha” e convidar antes todos os presentes a visitarem a Imacustica-Lisboa para ouvir os assombrosos resultados obtidos.

Que ao convite verbal e em folheto tenha sido amavelmente associada a reportagem do Hificlube, que podem ler aqui, é para nós mais um motivo de orgulho e satisfação.

Guilhermino Pereira em plena liturgia musical, na Sala Campolina

Luís Campos e Guilhermino Pereira revezaram-se a dar música às centenas de pessoas que, ao longo dos 3 dias, fizerem permanentemente fila à porta da Campolina para poder entrar, utilizando armas diferentes e processos diferentes (eles não as pessoas): respectivamente o Metronome para o digital e o EAT para o analógico.

Por vicissitudes várias, às quais não foi alheia a difícil gestão do fluxo de visitantes, apesar do carinho e tratamento privilegiado que sempre me foi dispensado, com o natural desagrado de quem tem de esperar, não foi possível usufruir das mesmas condições de trabalho que tive, por exemplo, na Sala Correio-Mor, nomeadamente conseguir sentar-me na sweet spot. E aqui para nós, que ninguem nos ouve, o Guilhermino fala baixinho, a voz do Ricardo tem mais...eh...dBs!

Público atento, reverente e conhecedor para ouvir a magia das Magico S5

Eu sei que bastaria pedir para ser atendido “fora de horas”, mas entendi que a reportagem devia reflectir o ambiente vivido por qualquer visitante anónimo, mas ainda assim não menos importante para a Imacustica.

Por outro lado, a minha má gestão do tempo e o constante vai e vem entre o hotel e as cavalariças teve como consequência que, sempre que por lá passava, era Mestre Guilhermino Pereira que estava de serviço, pelo que não há nenhum registo com música da “autoria” de Mestre Luís Campos. Felizmente, os leitores têm vários exemplos aqui.

Ambos os registos são da “actuação” de Guilhermino Pereira (LP, portanto) e a captação do som foi obtida em simultâneo com as imagens a 16/48 (ligeiro sopro do prévio da camcorder), um pouco sobre o canal esquerdo, tal como a perspectiva indica.

Notável é o facto de a posição lateral extrema não ter afectado demasiado a imagem estereofónica da gravação, o que só prova a boa dispersão polar das Magico S5.

Apesar de tudo, os resultados sonoros falam por si, creio, embora a qualidade da imagem video deixe um pouco a desejar devido à fraca luminosidade.