No primeiro dia aberto ao público, houve enchentes, o que não é bom para quem tem de reportar, mas óptimo para quem tem de vender.
Lá fora chovia com tímida intermitência, o que não demoveu os fumadores de sairem à rua. Com a chuva, perdeu-se também algum do habitual convívio de cerveja na mão nos bares de exterior, onde se aproveita para trocar impressões, experiências, contactos e fazer negócios quando o sol espreita envergonhado.
Cá dentro, business as usual. Os expositores afadigam-se para receber a imprensa e os visitantes, e mostrar porque são diferentes e melhores que a concorrência. A verdade é que, sobretudo na área digital, quase todos utilizam os mesmos chips e circuitos, limitando-se a mudar o design da caixa. Só que alguns conseguem fazê-lo a preços acessíveis como a Pro-Ject.
Talvez seja por isso que os giradiscos resistem à ameaça de extinção. Dos muitos caros aos muito baratos. E as válvulas acompanham-nos no calvário até ao céu dos audiófilos.
Depois, há os outros, os que são realmente inovadores, de uma maneira geral marcas já bem instaladas no mercado com dinheiro para investir no desenvolvimento de novas tecnologias.
Notável mesmo é ouvirem-se bons sons nestas circunstâncias, com salas de paredes de pladur e vidro e telhado de zinco.
Não é possível tirar conclusões definitivas, claro, mas a desculpa de que as colunas, coitadas, sabem dançar, a sala é que está torta, embora legítima, não desculpa tudo. O bom material toca bem em qualquer lado – ou menos mal...ressonância aqui, ressonância ali, lá se vão safando.
Haverá sempre quem ache que este ou aquele é o ‘Best Sound’, porque sim, mas isso depende de demasiadas variáveis: o gosto pessoal, o interesse comercial, a música que se ouve, a posição na sala, estar sentado ou de pé, o ambiente calmo ou ruidoso, a hora do dia (antes ou depois do almoço...).
Há quem se recuse a dar opinião sobre a qualidade do som. Há quem faça gala nisso. Polémica vai dar de certeza. Eu já passei por várias fases. Também já declarei à Sexta o som de uma determinada sala como o melhor, para depois me arrepender no Domingo. Agora estou na fase de escolher os melhores sons do show, ou antes ‘no show’, porque noutro contexto os resultados poderiam ser outros.
De cada audição, faço um registo breve para os leitores poderem ter a sua própria opinião. Ah, uma gravação feita em condições precárias não é representativa da qualidade real do som! Claro que não. É apenas ilustrativa. Mas é melhor que nada. Pelo menos os leitores não vão ter que acreditar só no que eu escrevo (ou irei escrever, quando chegar a casa, que isto agora é só para aquecer...), ou nas muitas descrições imaginativas publicadas na imprensa internacional.
Nas condições em que são gravados, os vídeos em directo, por exemplo, valem o que valem, por isso devem ser entendidos apenas como mais um elemento de avaliação, cuja decisão final não dispensa uma visita ao distribuidor nacional.
Os leitores (e os distribuidores) são livres de dar a sua opinião e discordar ou concordar, quer tenham lá estado ao vivo, quer se baseiem apenas no que ouvem aqui, ou até no que um ou outro guru resolveu escrever na internet.
Lá mais para a frente publicaremos alguns vídeos com som digital captado a 96/24. Mas é preciso editá-los, e isso leva tempo, algo com que os ‘tempos’ modernos não se compadecem. Assim, foi como se os leitores tivessem lá estado connosco, em cima do acontecimento.
Galeria de fotos
Photo report em 4K - para ver em full screen 4K
Links para os álbuns gerais de todas as fotos e todos os vídeos em directo dos Day One e Day Two, publicados no Facebook da autoria de Pedro Henriques:
FOTOS:
https://business.facebook.com/pg/HIFICLUBE.NET/photos/?tab=album&album_id=2395504803806133
VIDEOS:
https://www.facebook.com/HIFICLUBE.NET/playlist/57287640653737
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