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João Cancela, o decano do highend e do áudio de qualidade acessível, esteve presente no M.O.C., acompanhado por Alberto Silva, um dos jovens audiófilos mais promissores do novo século.
O principal motivo foi participar na conferência de apresentação dos novos modelos NAD Master Series.
Mas havia outros focos de interesse para a Esotérico, agora que é o novo distribuidor da Focal em Portugal. Como o novo DAC/headamp da iFI nano iDSD Quad-Speed, com capacidade de transferência de dados em formato DSD256 (12,4MHz), via Asio 2.2, que o Hificlube anunciou antecipadamente aqui.
Mas comecemos pelo princípio de tudo: a NAD.
No High End 2014, a NAD apresentou os novos duos prévio/amp estéreo e multicanal:
NAD Master Series M12/22 e M17/27
A NAD já tinha na sua linha Masters um integrado com DAC e capacidade Music Streamer. O passo lógico era subir o patamar para um prévio multidisciplinar M12 com o respectivo amplificador estéreo M22.
O M12 é um prévio balanceado Direct Digital de construção modular, com touchscreen (ecrã táctil) que utiliza o circuito interno do M2 (ver teste aqui) e o DAC do M51. Tem ainda a capacidade de conexão BluOS, uma versão mais sofisticada do Bluetooth xPT.
O M17 aplica o conceito do M12 ao multicanal (7.1) com processamento digital de todo o tipo de sinais áudio e video. E pela mesma lógica faz par com o amplificador de 7-canais M27.
Tudo, claro, com base na tecnologia NAD patenteada de amplificação em Classe D, Direct Digital Feedback.
Todos os modelos partilham um novo design, incluindo os pés magnéticos, e primam pela versatilidade e simplicidade operacional.
Wadia
A Wadia apresentou dois novos amplificadores de fonte comutada, respectivamente os modelos 150 e 300, com a potência que o nome indica.
Mas eu estava particularmente interessado no lindíssimo 321 Decoding Computer (e de preço mais acessível de sempre para um DAC Wadia em “tamanho natural”), já desenhado por Livio Cucuzza, o designer residente de todos os produtos da Fine Sounds Group (Audio Research, Sonus Faber, só ainda não “mexeu” na McIntosh, porque em equipa que ganha não se mexe...).
Até porque, quando parti para Munique, tinha acabado de receber um 321 (obrigado, Alberto!), que, confesso, ainda não “pus a uso”, por manifesta falta de tempo.
Focal
Finalmente (the last but not the least...), Focal, a nova aquisição da Esotérico, Consultores de Som, a que eu chamei a transferência do ano, como acontece no futebol, onde as vedetas mudam de camisola a meio do campeonato.
Grande sucesso da exposição junto dos visitantes da Focal Dimension, barra de som de 5 altifalantes planos frontais e dispersão surround de substituição dos sistemas manhosos dos ecrãs planos, ao qual se pode adicionar uma base para TV que funciona como subwoofer.
No High End 2014, apresentaram os novos auscultadores Focal Spirit One S, que já tinham sido referidos no Audioshow 2013, por Françoise Bardot.e as colunas Aria, com altifalantes de cone de linho,
E cuja simpatia pessoal fez muita falta, pois JVH foi obrigado a “tirar” bilhete e a ir para a bicha com a multidão alemã para poder participar na demonstração das Focal Grande Utopia EM alimentadas pelos Naim Statement.
Mas antes de passar o “trailer” do grande final utópico, falemos ainda da Easya, uma coluna de chão activa, que funciona por wireless, por meio de um HUB que permite retransmitir para as colunas o sinal do Ipad, leitor-CD, TV, telemóvel, sendo também compatível com Bluetooth aptX.
É o que está a dar ultimamente: a desmaterialização da música e o seu envio para onde quisermos, tal como o “transportador” de tripulantes da nave Enterprise do StarTrek.
Le grand(e) finale
Tendo cumprido democraticamente o meu dever de esperar a minha vez para votar, perdão, trabalhar, acabei por ficar sentado de lado, na fila da frente, junto a uma das enormes Grande Utopia EM, e pensei: olha, vou gravar o som em mono, pode ser que para a próxima sejam mais simpáticos...
Quando fui ouvir o resultado no Press Room, fiquei agradavelmente surpreendido, ao ponto de ter considerado esta a melhor gravação de som que fiz no M.O.C.
O que parecia uma utopia soava como realidade...
Tanto na faixa de abertura, My Favorite Things, por Youn Sun Nah, como no curto excerto final de Michael Jackson (curto para o You Tube não me chatear muito com o copyright ), o som está muito próximo daquilo que eu desejo oferecer sempre aos leitores.
O mais curioso é que, no Midori Seiler & Concerto Köln-Violin Concerto in A Major, Hob VIIa:3: III. Finale, Allegro, de Haydn (segundo a notificação de copyright do You Tube) consegui reter uma razoável informação estéreo e de ambiência geral.
Eis a razão porque considerei esta a Melhor Gravação de Som, no High End 2014. Aliás, a troika alemã da Focal foi chata comigo (dou-me melhor com o Alberto), mas eu vou ser honesto com eles: o som estava muito bom! Pronto, já disse...