Terminada a longa reportagem em 12 partes do Highend 2018, JVH faz uma apreciação geral final. Mas o Hificlube informa que, nos capítulos promocionais complementares que se seguem, toda a informação será ‘arrumada’ selectivamente por ordem dos seguintes distribuidores nacionais: Imacústica, Ajasom, Ultimate Audio, Delaudio e Support View.
Mas, apesar de todos os esforços da organização, que abre novos ‘espaços’ temáticos, como o CanJam (auscultadores) e o ‘New Comers’, destinado aos criadores iniciados, padece já de dores de crescimento, pois é cada vez mais uma ‘feira’ onde se fazem negócios, e menos um show onde se ouve música reproduzida por sistemas inimagináveis em outros certames europeus e americanos (ver Parte 8).
Nem a música ao vivo tem melhor sorte, servindo os artistas apenas de atracção secundária de cartaz para atrair visitantes.
Não por acaso, notei que, ao contrário de anos anteriores, o dia mais concorrido é a Quinta-feira, dedicada exclusivamente a profissionais (jornalistas, distribuidores, vendedores e compradores, etc.), e a Sexta, quando as portas abrem ao público em geral, mas os profissionais ainda não foram embora.
O Sábado à tarde já não é dia de enchente. Ou, então, foram os alemães que resolveram aproveitar o bom tempo para ir dar uma volta com a família.
E, ao Domingo à tarde, então, é um deserto, sobretudo a área de exposição nos átrios inferiores, pois ainda há quem aproveite o ‘dia santo’ para se sentar nas salas de audição, onde não conseguiram lugar nos dias anteriores. É também no Domingo, quando os sistemas estão a tocar melhor que nunca, há pouca gente e os demonstradores estão cansados e falam pouco, que os audiófilos indefectíveis marcam presença e substituem os caçadores de catálogos.
Outro problema é o ‘dejá-vu’, ou ‘entendu’, neste caso. De facto, distribuidores e fabricantes marcam as salas de um ano para o outro para não perderem o lugar, que é muito disputado e a preço de ouro.
Então, o que acontece é que muitas vezes o mesmo sistema está a tocar a mesma música, na mesma sala, com as mesmas pessoas lá dentro. De tal forma, que se eu publicar a fotografias ou videos do ano passado, ninguém daria pela fraude...
Por outro lado, o que temos muitas vezes não é um novo modelo, mas apenas a versão Mk qualquer coisa do modelo anterior. Claro que há sempre dezenas de novidades dos principais fabricantes, sobretudo na área digital, embora aqui a tendência actual seja o streaming e as novas tecnologias e software associadas como o MQA e a Roon.
É verdade que é impossível fazer a cobertura integral de um certame de áudio megalómano em tudo, até na área de exposição, incluindo os preços (e o peso) dos produtos, e por isso temos de ser selectivos.
Apesar de tudo, eu serei talvez o repórter menos selectivo e mais abrangente, pois a maior parte vai lá com uma agenda pessoal (e comercial) própria e muito restrita.
Alguns leitores perguntam-me porque não fiz referência a isto ou aquilo. Em alguns casos, não tive tempo ou oportunidade, pura e simplesmente, embora tenha feito 1000 fotos e 300 vídeos, cuja edição é demorada e complexa.
Pelo menos em imagens a cobertura é bastante alargada. Vejam todas as galerias fotográficas e vídeos publicados ainda durante o decorrer do show, nas Partes 1, 2 e 3.
Mas casos houve em que basta ir à reportagem do ano passado, ou até do ano anterior, e vai encontrar aquilo que eu ‘falhei’ este ano sem tirar nem pôr, porque tudo estava no mesmo sítio, como se não tivesse passado um ano.
Outra questão muito colocada é qual foi o melhor som. Anos houve em que me meti nesse exercício. Mas como cada vez que entro numa sala o som parece estar diferente – para melhor ou pior – dependendo da música que está a tocar, do volume de som seleccionado, do facto de a sala estar meio-cheia ou meio-vazia, do local onde arranjo – ou não – lugar para me sentar, e do sistema estar ‘quente’ ou ‘frio’ acho que dizer peremptoriamente que este é melhor do que aquele tanto pode ser justo como muito injusto.
Até porque, nestas circunstâncias, a maior parte dos sistemas está a tocar mal por causa da sala, com estrutura em metal, vidro e divisórias em tabopan, e não por culpa própria. Também se verifica o caso de o mesmo modelo de colunas estar a tocar em três salas com diferente equipamento complementar: as excelentes Wilson Audio Alexia II, que não são novidade para nós (podem ler o meu este às Alexia II aqui)
Pessoalmente, gostei mais de uns sons do que outros, claro. Os leitores podem ler a minha opinião na Parte 9. E há também aqueles que – sendo ‘repetidos’, como as cornetas da Living Voice e da Cessaro, ou as MBL Extreme, soam sempre bem ‘no matter what’.
Nas partes 5, 6 e 7 da reportagem fiz também uma lista de praticamente todas as novidades. Contudo, se tivesse que escolher as três novidades que mais me impressionaram positivamente, seriam:
E, last but not the least, o amplificador Absolare Hybrid Stereo, cujo andar de saída julgo tratar-se de uma versão sofisticada de Gaincard, com base em Opamps. Seja como for, o som estava fabuloso com um par de Rockport Lyra. Mostro-vos de novo o vídeo abaixo para ficarem com uma ideia do que estamos a falar:
Nota importante: entretanto, mantenham-se sintonizados no Hificlube, pois vamos publicar ‘álbuns’ personalizados de novidades e sistemas, com fotos, vídeos e notas de audição, por distribuidor nacional para facilitar a busca e partilha, começando com a Imacústica.