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Highend 2018 Munique - a reportagem de JVH

Highend 2018 Munique – Parte 9 – salas com vista para os sistemas de som

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Hoje escrevemos apenas sobre sistemas de som: como se apresentaram e como tocaram. E de expectativas que se cumpriram e ficaram por cumprir, com a ética e isenção audiófila de JVH como pano de fundo. Além das fotos individuais para cada sala, abrimos com um vídeo geral em 4K.

Absolare com colunas Rockport Lyra. Gosto sempre do som Absolare. Talvez também por que sou recebido com inexcedível cortesia. Estas coisas contam, por muito que tentemos ser isentos e imparciais… Mas nunca como este ano fiquei tão rendido à qualidade do som. O novo amplificador híbrido com base em OpAmps (Gaincard?) é ‘and mark my words’ absolutamente fabuloso. De tal modo, que não tenho nada a apontar ao que ouvi, a não ser Uau!...

Absolare com colunas Rockport Lyra. Gosto sempre do som Absolare. Talvez também por que sou recebido com inexcedível cortesia. Estas coisas contam, por muito que tentemos ser isentos e imparciais… Mas nunca como este ano fiquei tão rendido à qualidade do som. O novo amplificador híbrido com base em OpAmps (Gaincard?) é ‘and mark my words’ absolutamente fabuloso. De tal modo, que não tenho nada a apontar ao que ouvi, a não ser Uau!...

Audio Physics Structure, com amplificação a válvulas Octave. Um som bem... estruturado, talvez o melhor que já ouvi de umas Audio Physics. Sem colorações ou desfasamentos, coerente e bem focada.

Audio Physics Structure, com amplificação a válvulas Octave. Um som bem... estruturado, talvez o melhor que já ouvi de umas Audio Physics. Sem colorações ou desfasamentos, coerente e bem focada.

Avantgarde ou o espectáculo das ‘trombetas do paraíso’, numa edição Deluxe limitada do modelo Trio em amarelo torrado com 6 x basshorn cromados. O efeito visual era espantoso. Com amplificação Avantgarde e Wadax/Atlantis, na linha da frente, fui ouvi-las logo no primeiro dia e estavam ainda um pouco frias. No Sábado, já mostraram o que realmente valem. Mas nunca soaram como no audioshow 2017 ou no auditório da Ultimate Audio.

Avantgarde ou o espectáculo das ‘trombetas do paraíso’, numa edição Deluxe limitada do modelo Trio em amarelo torrado com 6 x basshorn cromados. O efeito visual era espantoso. Com amplificação Avantgarde e Wadax/Atlantis, na linha da frente, fui ouvi-las logo no primeiro dia e estavam ainda um pouco frias. No Sábado, já mostraram o que realmente valem. Mas nunca soaram como no audioshow 2017 ou no auditório da Ultimate Audio.

Boenicke W13 têm graves activos e processamento DSP, pelo que estavam bem afinadas para a enorme sala. Toda a electrónica era CAD (Computer Audio Design). O som Boenicke é sempre maior-do-que-as-colunas. Não sei como Sven consegue isso, mas se fechasse os olhos, teria  pensado estar a ouvir um par de colunas com o dobro do tamanho. E nunca soam artificiais. Bom, a selecção musical é que é, no mínimo, ‘esquisita’, pelo que tive de passar por lá várias vezes até ‘captar’ algo interessante. Nota: os registos áudio digitais com som directo serão publicados na Parte 10: ‘Audições’

Boenicke W13 têm graves activos e processamento DSP, pelo que estavam bem afinadas para a enorme sala. Toda a electrónica era CAD (Computer Audio Design). O som Boenicke é sempre maior-do-que-as-colunas. Não sei como Sven consegue isso, mas se fechasse os olhos, teria pensado estar a ouvir um par de colunas com o dobro do tamanho. E nunca soam artificiais. Bom, a selecção musical é que é, no mínimo, ‘esquisita’, pelo que tive de passar por lá várias vezes até ‘captar’ algo interessante. Nota: os registos áudio digitais com som directo serão publicados na Parte 10: ‘Audições’

Constellation Audio/Wilson Alexia II, talvez o menos conseguido dos espectáculos que a Alexia II deu no M.O.C. Talvez porque Irv caiu na asneira de aceitar discos pedidos, e há alemães que andam com os Dire Straits no bolso, porque com um par de Centaur II 500 a apoiá-las nunca podiam tocar mal…

Constellation Audio/Wilson Alexia II, talvez o menos conseguido dos espectáculos que a Alexia II deu no M.O.C. Talvez porque Irv caiu na asneira de aceitar discos pedidos, e há alemães que andam com os Dire Straits no bolso, porque com um par de Centaur II 500 a apoiá-las nunca podiam tocar mal…

dCS Rossini SACD/CD transporte/DAC e ‘Clock’, com amplificação D’Agostino Momentum stereo e colunas Wilson Audio Alexia II. O melhor som que ouvi no M.O.C. – se não mesmo o melhor que já ouvi das Alexia II, o que prova a importância da música que se toca. Quando entrei, o som já era muito bom. Mas quando disse que vinha a convite de Peter McGrath para ouvir um comparativo non-MQA/MQA de uma matriz digital gravada pelo próprio McGrath e codificada em MQA por Bob Stuart, ouvi um dos melhores sons de piano no Highend Show. E se dúvidas houvesse de que o MQA, em condições ideais, melhora o som, basta ouvir o registo ao vivo que fiz na altura. Nota: os registos áudio digitais com som directo serão publicados na Parte 10: ‘Audições’

dCS Rossini SACD/CD transporte/DAC e ‘Clock’, com amplificação D’Agostino Momentum stereo e colunas Wilson Audio Alexia II. O melhor som que ouvi no M.O.C. – se não mesmo o melhor que já ouvi das Alexia II, o que prova a importância da música que se toca. Quando entrei, o som já era muito bom. Mas quando disse que vinha a convite de Peter McGrath para ouvir um comparativo non-MQA/MQA de uma matriz digital gravada pelo próprio McGrath e codificada em MQA por Bob Stuart, ouvi um dos melhores sons de piano no Highend Show. E se dúvidas houvesse de que o MQA, em condições ideais, melhora o som, basta ouvir o registo ao vivo que fiz na altura. Nota: os registos áudio digitais com som directo serão publicados na Parte 10: ‘Audições’

A Elac lançou a Concentro M para poder levar a excelência das Concentro a um público mais vasto. A intenção foi boa, porque, de facto, as M se aproximam das Concentro por metade do preço. Mas não chegam lá, ou eu não tenha considerado as Concentro o melhor som de 2017...

A Elac lançou a Concentro M para poder levar a excelência das Concentro a um público mais vasto. A intenção foi boa, porque, de facto, as M se aproximam das Concentro por metade do preço. Mas não chegam lá, ou eu não tenha considerado as Concentro o melhor som de 2017...

Estelon Extreme Limited Edition, com cablagem integral Kubala-Sosna, na versão Rolls Royce Dark Silver. Imponentes e grandiosas, sem dúvida. Esteticamente misteriosas e mecanicamente engenhosas. Mas não está entre os 5 melhores sons que ouvi no M.O.C. e devia…

Estelon Extreme Limited Edition, com cablagem integral Kubala-Sosna, na versão Rolls Royce Dark Silver. Imponentes e grandiosas, sem dúvida. Esteticamente misteriosas e mecanicamente engenhosas. Mas não está entre os 5 melhores sons que ouvi no M.O.C. e devia…

Living Voice Vox Olympian só as ouvi de passagem no primeiro dia e, no Sábado, de manhã, tinham sido substituídas por um modelo mais modesto da linha básica. Mas ouvi as Vox Palladian, com amplificação Engstrom, e em verdade vos digo: as Living Voice têm o sortilégio da sereia, pois ficamos presos à cadeira, e apetece não sair de lá mais, sobretudo com música clássica e vozes operáticas femininas. É como se nos cantassem ao ouvido, sentimos mesmo a sensualidade da respiração, soprando-nos ao de leve no ouvido. Ouvi-las é uma experiência religiosa. Nota: os registos áudio digitais com som directo serão publicados na Parte 10: ‘Audições’

Living Voice Vox Olympian só as ouvi de passagem no primeiro dia e, no Sábado, de manhã, tinham sido substituídas por um modelo mais modesto da linha básica. Mas ouvi as Vox Palladian, com amplificação Engstrom, e em verdade vos digo: as Living Voice têm o sortilégio da sereia, pois ficamos presos à cadeira, e apetece não sair de lá mais, sobretudo com música clássica e vozes operáticas femininas. É como se nos cantassem ao ouvido, sentimos mesmo a sensualidade da respiração, soprando-nos ao de leve no ouvido. Ouvi-las é uma experiência religiosa. Nota: os registos áudio digitais com som directo serão publicados na Parte 10: ‘Audições’

Magico M6 com amplificação Soulution. Demasiado poder de fogo (no grave) para uma sala que vibrava e tinha um som próprio. É o problema das 'avaliações' em condições de audição precária...

Magico M6 com amplificação Soulution. Demasiado poder de fogo (no grave) para uma sala que vibrava e tinha um som próprio. É o problema das 'avaliações' em condições de audição precária...

Metronome Kalista. Sou um fã incondicional da electrónica digital da Metronome, mas as colunas Kalista já não me convencem tanto. Falta-lhes alguma transparência e resolução. Frank Sinatra parecia que estava a cantar atrás de um cobertor. E é pena, porque tudo o resto é o verdadeiro estado-da-arte digital. E eu sei, porque é uma das minhas electrónicas favoritas sempre que faço audições na Imacústica. Talvez não seja por acaso que a Kalista não faz parte do espólio da Imacústica, ao contrário de toda a gama de equipamentos digitais…

Metronome Kalista. Sou um fã incondicional da electrónica digital da Metronome, mas as colunas Kalista já não me convencem tanto. Falta-lhes alguma transparência e resolução. Frank Sinatra parecia que estava a cantar atrás de um cobertor. E é pena, porque tudo o resto é o verdadeiro estado-da-arte digital. E eu sei, porque é uma das minhas electrónicas favoritas sempre que faço audições na Imacústica. Talvez não seja por acaso que a Kalista não faz parte do espólio da Imacústica, ao contrário de toda a gama de equipamentos digitais…

Martin Logan com amplificação Anthem e fonte emm labs. Perfeita a sintonia com a sala apesar do 'cheirinho' de sub. Muito transparente. Muito musical. Uma excelente performance a todos os níveis.

Martin Logan com amplificação Anthem e fonte emm labs. Perfeita a sintonia com a sala apesar do 'cheirinho' de sub. Muito transparente. Muito musical. Uma excelente performance a todos os níveis.

Monitor Audio com alimentação Roksan. Um dos poucos sistemas ‘compráveis’ que estava a tocar música no M.O.C. O que é dizer muito, considerando que chega a ser 100 vezes mais barato que muitos dos sistemas que ouvimos…

Monitor Audio com alimentação Roksan. Um dos poucos sistemas ‘compráveis’ que estava a tocar música no M.O.C. O que é dizer muito, considerando que chega a ser 100 vezes mais barato que muitos dos sistemas que ouvimos…

Nagra fez par também com as Wilson Audio Alexia II (havia 3 pares de Alexia II no show, além de muitos giradiscos Kronos). Muito bem: um som quase perfeito, embora não tão bom como o das Alexia II na dCS, mas melhor que o das Alexia II, na Constellation. Muitas vezes, tudo depende do ambiente, do que está a tocar, das condições de audição e do maior ou menor silêncio, pelo que estas apreciações devem ser todas lidas com uma pitada de sal…Depois de várias visitas, consegui um registo sonoro ao nível do melhor que se ouviu no M.O.C. É preciso estar at the right time in the right place...

Nagra fez par também com as Wilson Audio Alexia II (havia 3 pares de Alexia II no show, além de muitos giradiscos Kronos). Muito bem: um som quase perfeito, embora não tão bom como o das Alexia II na dCS, mas melhor que o das Alexia II, na Constellation. Muitas vezes, tudo depende do ambiente, do que está a tocar, das condições de audição e do maior ou menor silêncio, pelo que estas apreciações devem ser todas lidas com uma pitada de sal…Depois de várias visitas, consegui um registo sonoro ao nível do melhor que se ouviu no M.O.C. É preciso estar at the right time in the right place...

Paradigm Persona com amplificação Pass Labs XA1000.8. O som não me ficou na memória auditiva – o que não é bom sinal – e tive de recorrer ao registo áudio. Mas bastou ouvir um curto excerto de RE:Stacks/Sonos, cantado a capela em coro, para me lembrar de que tinha ficado afinal bem impressionado pela harmonia e naturalidade das vozes.

Paradigm Persona com amplificação Pass Labs XA1000.8. O som não me ficou na memória auditiva – o que não é bom sinal – e tive de recorrer ao registo áudio. Mas bastou ouvir um curto excerto de RE:Stacks/Sonos, cantado a capela em coro, para me lembrar de que tinha ficado afinal bem impressionado pela harmonia e naturalidade das vozes.

PMC Fenestria com amplificação AVM. Não minto se disser que foi o melhor ‘baixo’ que ouvi no M.O.C. A Fenestria foi uma agradável surpresa para mim e ultrapassou as minhas melhores expectativas.  Sou um fã incondicional da carga acústica de graves por linha-de-transmissão, mas a PMC elevou esta ‘arte’ a um patamar superior. A guitarra baixo de Sting em toda a sua glória. Fabuloso.

PMC Fenestria com amplificação AVM. Não minto se disser que foi o melhor ‘baixo’ que ouvi no M.O.C. A Fenestria foi uma agradável surpresa para mim e ultrapassou as minhas melhores expectativas. Sou um fã incondicional da carga acústica de graves por linha-de-transmissão, mas a PMC elevou esta ‘arte’ a um patamar superior. A guitarra baixo de Sting em toda a sua glória. Fabuloso.

As Raidho 4.8 não são apenas maiores, são melhores. Nao sei se é do Tantalum mas o som é mais encorpado e tem mais textura na gama média, sem perder resolução e ataque. E o timbre das cordas é sublime - ao nível electrostático...

As Raidho 4.8 não são apenas maiores, são melhores. Nao sei se é do Tantalum mas o som é mais encorpado e tem mais textura na gama média, sem perder resolução e ataque. E o timbre das cordas é sublime - ao nível electrostático...

Siltech/Crystal Cable Minimisso Diamond. Pergunto: como é que uma coisa tão pequena toca tão bem? O tipo de sistema que se pode ouvir horas e ao mesmo tempo funciona como uma lupa transparente que nos permite analisar a música em todos os seus pormenores. Um pequeno sistema, um grande som.

Siltech/Crystal Cable Minimisso Diamond. Pergunto: como é que uma coisa tão pequena toca tão bem? O tipo de sistema que se pode ouvir horas e ao mesmo tempo funciona como uma lupa transparente que nos permite analisar a música em todos os seus pormenores. Um pequeno sistema, um grande som.

Stenheim Ultimate com amplificação CH Precision. Algo estava errado: ou a selecção musical, ou a presença desnecessária de um  par de subs na sala. As Stenheim soaram muito melhor no audioshow de Lisboa. E não me parece que aqueles 'pauzinhos' espalhados pela sala pudessem de alguma forma melhorar o som...

Stenheim Ultimate com amplificação CH Precision. Algo estava errado: ou a selecção musical, ou a presença desnecessária de um par de subs na sala. As Stenheim soaram muito melhor no audioshow de Lisboa. E não me parece que aqueles 'pauzinhos' espalhados pela sala pudessem de alguma forma melhorar o som...

Soulution soa sempre bem no M.O.C. Já foi assim com as Magico M3 no ano passado. Este ano com as Rockport Lyra o som estava simplesmente fabuloso. Ouvi entre outras faixas, o LP de Vanessa Fernandez, e não queria sair de lá…

Soulution soa sempre bem no M.O.C. Já foi assim com as Magico M3 no ano passado. Este ano com as Rockport Lyra o som estava simplesmente fabuloso. Ouvi entre outras faixas, o LP de Vanessa Fernandez, e não queria sair de lá…

Vandersteen Model 7 alimentadas por electrónica Brinkmann. Um som limpo, transparente, fluído. Muito bom.

Vandersteen Model 7 alimentadas por electrónica Brinkmann. Um som limpo, transparente, fluído. Muito bom.

Vivid Kaya 90, alimentadas por um integrado Jeff Rowland. Mesmo a tocar dentro de um contentor apertado, as Kaya, que significa lar na língua-mãe zulu da África do Sul, provou que Laurence Dickie não sabe fazer más colunas de som: doce, musical e fluida.

Vivid Kaya 90, alimentadas por um integrado Jeff Rowland. Mesmo a tocar dentro de um contentor apertado, as Kaya, que significa lar na língua-mãe zulu da África do Sul, provou que Laurence Dickie não sabe fazer más colunas de som: doce, musical e fluida.

Nota: os vídeos individuais com registo sonoro digital ao vivo de todas estas salas serão publicados na Parte 10: ‘Audições ao Vivo’. Em baixo, (re)publicamos 3 vídeos generalistas como auxiliares de leitura, com registo de som captado pelo microfone da própria câmara.

dCS Wilson

Absolare com colunas Rockport Lyra. Gosto sempre do som Absolare. Talvez também por que sou recebido com inexcedível cortesia. Estas coisas contam, por muito que tentemos ser isentos e imparciais… Mas nunca como este ano fiquei tão rendido à qualidade do som. O novo amplificador híbrido com base em OpAmps (Gaincard?) é ‘and mark my words’ absolutamente fabuloso. De tal modo, que não tenho nada a apontar ao que ouvi, a não ser Uau!...

Audio Physics Structure, com amplificação a válvulas Octave. Um som bem... estruturado, talvez o melhor que já ouvi de umas Audio Physics. Sem colorações ou desfasamentos, coerente e bem focada.

Avantgarde ou o espectáculo das ‘trombetas do paraíso’, numa edição Deluxe limitada do modelo Trio em amarelo torrado com 6 x basshorn cromados. O efeito visual era espantoso. Com amplificação Avantgarde e Wadax/Atlantis, na linha da frente, fui ouvi-las logo no primeiro dia e estavam ainda um pouco frias. No Sábado, já mostraram o que realmente valem. Mas nunca soaram como no audioshow 2017 ou no auditório da Ultimate Audio.

Boenicke W13 têm graves activos e processamento DSP, pelo que estavam bem afinadas para a enorme sala. Toda a electrónica era CAD (Computer Audio Design). O som Boenicke é sempre maior-do-que-as-colunas. Não sei como Sven consegue isso, mas se fechasse os olhos, teria pensado estar a ouvir um par de colunas com o dobro do tamanho. E nunca soam artificiais. Bom, a selecção musical é que é, no mínimo, ‘esquisita’, pelo que tive de passar por lá várias vezes até ‘captar’ algo interessante. Nota: os registos áudio digitais com som directo serão publicados na Parte 10: ‘Audições’

Constellation Audio/Wilson Alexia II, talvez o menos conseguido dos espectáculos que a Alexia II deu no M.O.C. Talvez porque Irv caiu na asneira de aceitar discos pedidos, e há alemães que andam com os Dire Straits no bolso, porque com um par de Centaur II 500 a apoiá-las nunca podiam tocar mal…

dCS Rossini SACD/CD transporte/DAC e ‘Clock’, com amplificação D’Agostino Momentum stereo e colunas Wilson Audio Alexia II. O melhor som que ouvi no M.O.C. – se não mesmo o melhor que já ouvi das Alexia II, o que prova a importância da música que se toca. Quando entrei, o som já era muito bom. Mas quando disse que vinha a convite de Peter McGrath para ouvir um comparativo non-MQA/MQA de uma matriz digital gravada pelo próprio McGrath e codificada em MQA por Bob Stuart, ouvi um dos melhores sons de piano no Highend Show. E se dúvidas houvesse de que o MQA, em condições ideais, melhora o som, basta ouvir o registo ao vivo que fiz na altura. Nota: os registos áudio digitais com som directo serão publicados na Parte 10: ‘Audições’

A Elac lançou a Concentro M para poder levar a excelência das Concentro a um público mais vasto. A intenção foi boa, porque, de facto, as M se aproximam das Concentro por metade do preço. Mas não chegam lá, ou eu não tenha considerado as Concentro o melhor som de 2017...

Estelon Extreme Limited Edition, com cablagem integral Kubala-Sosna, na versão Rolls Royce Dark Silver. Imponentes e grandiosas, sem dúvida. Esteticamente misteriosas e mecanicamente engenhosas. Mas não está entre os 5 melhores sons que ouvi no M.O.C. e devia…

Living Voice Vox Olympian só as ouvi de passagem no primeiro dia e, no Sábado, de manhã, tinham sido substituídas por um modelo mais modesto da linha básica. Mas ouvi as Vox Palladian, com amplificação Engstrom, e em verdade vos digo: as Living Voice têm o sortilégio da sereia, pois ficamos presos à cadeira, e apetece não sair de lá mais, sobretudo com música clássica e vozes operáticas femininas. É como se nos cantassem ao ouvido, sentimos mesmo a sensualidade da respiração, soprando-nos ao de leve no ouvido. Ouvi-las é uma experiência religiosa. Nota: os registos áudio digitais com som directo serão publicados na Parte 10: ‘Audições’

Magico M6 com amplificação Soulution. Demasiado poder de fogo (no grave) para uma sala que vibrava e tinha um som próprio. É o problema das 'avaliações' em condições de audição precária...

Metronome Kalista. Sou um fã incondicional da electrónica digital da Metronome, mas as colunas Kalista já não me convencem tanto. Falta-lhes alguma transparência e resolução. Frank Sinatra parecia que estava a cantar atrás de um cobertor. E é pena, porque tudo o resto é o verdadeiro estado-da-arte digital. E eu sei, porque é uma das minhas electrónicas favoritas sempre que faço audições na Imacústica. Talvez não seja por acaso que a Kalista não faz parte do espólio da Imacústica, ao contrário de toda a gama de equipamentos digitais…

Martin Logan com amplificação Anthem e fonte emm labs. Perfeita a sintonia com a sala apesar do 'cheirinho' de sub. Muito transparente. Muito musical. Uma excelente performance a todos os níveis.

Monitor Audio com alimentação Roksan. Um dos poucos sistemas ‘compráveis’ que estava a tocar música no M.O.C. O que é dizer muito, considerando que chega a ser 100 vezes mais barato que muitos dos sistemas que ouvimos…

Nagra fez par também com as Wilson Audio Alexia II (havia 3 pares de Alexia II no show, além de muitos giradiscos Kronos). Muito bem: um som quase perfeito, embora não tão bom como o das Alexia II na dCS, mas melhor que o das Alexia II, na Constellation. Muitas vezes, tudo depende do ambiente, do que está a tocar, das condições de audição e do maior ou menor silêncio, pelo que estas apreciações devem ser todas lidas com uma pitada de sal…Depois de várias visitas, consegui um registo sonoro ao nível do melhor que se ouviu no M.O.C. É preciso estar at the right time in the right place...

Paradigm Persona com amplificação Pass Labs XA1000.8. O som não me ficou na memória auditiva – o que não é bom sinal – e tive de recorrer ao registo áudio. Mas bastou ouvir um curto excerto de RE:Stacks/Sonos, cantado a capela em coro, para me lembrar de que tinha ficado afinal bem impressionado pela harmonia e naturalidade das vozes.

PMC Fenestria com amplificação AVM. Não minto se disser que foi o melhor ‘baixo’ que ouvi no M.O.C. A Fenestria foi uma agradável surpresa para mim e ultrapassou as minhas melhores expectativas. Sou um fã incondicional da carga acústica de graves por linha-de-transmissão, mas a PMC elevou esta ‘arte’ a um patamar superior. A guitarra baixo de Sting em toda a sua glória. Fabuloso.

As Raidho 4.8 não são apenas maiores, são melhores. Nao sei se é do Tantalum mas o som é mais encorpado e tem mais textura na gama média, sem perder resolução e ataque. E o timbre das cordas é sublime - ao nível electrostático...

Siltech/Crystal Cable Minimisso Diamond. Pergunto: como é que uma coisa tão pequena toca tão bem? O tipo de sistema que se pode ouvir horas e ao mesmo tempo funciona como uma lupa transparente que nos permite analisar a música em todos os seus pormenores. Um pequeno sistema, um grande som.

Stenheim Ultimate com amplificação CH Precision. Algo estava errado: ou a selecção musical, ou a presença desnecessária de um par de subs na sala. As Stenheim soaram muito melhor no audioshow de Lisboa. E não me parece que aqueles 'pauzinhos' espalhados pela sala pudessem de alguma forma melhorar o som...

Soulution soa sempre bem no M.O.C. Já foi assim com as Magico M3 no ano passado. Este ano com as Rockport Lyra o som estava simplesmente fabuloso. Ouvi entre outras faixas, o LP de Vanessa Fernandez, e não queria sair de lá…

Vandersteen Model 7 alimentadas por electrónica Brinkmann. Um som limpo, transparente, fluído. Muito bom.

Vivid Kaya 90, alimentadas por um integrado Jeff Rowland. Mesmo a tocar dentro de um contentor apertado, as Kaya, que significa lar na língua-mãe zulu da África do Sul, provou que Laurence Dickie não sabe fazer más colunas de som: doce, musical e fluida.


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