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salonhifiparis_2013

SalonHifiParis2013-Parte3



Como é normal nos “shows” de áudio, as condições de luz não permitem obter imagens de qualidade. Contudo, o som foi registado a 96kHz/24bit (as Avantgarde Zero 1 são a única excepção) e corresponde razoavelmente ao som que se ouviu com os diversos sistemas nas diferentes salas, cuja acústica, apesar de tudo, não era tão má como a iluminação. Alguns distribuidores optaram pela penumbra, quando não mesmo pela escuridão; outros, graças a Deus, deixaram-nos ver Paris, correndo lá fora, através das janelas, com o inconveniente da contraluz. Não se pode ter tudo...


Para garantir a melhor qualidade e estabilidade de som possível, o tempo da captação das imagens editadas nem sempre corresponde ao tempo de captação do som. Mas o Hificlube pode garantir que o som é real e não sofreu qualquer tipo de processamento posterior e foi – de facto – reproduzido “ao vivo” pelo sistema referido na respectiva sala.  


Avantgarde

As Zero 1 só precisaram do sinal digital de um leitor-CD Micromega. Tudo o resto é feito pela coluna: conversão, processamento e amplificação. Foram apresentadas este ano em Munique, mas em francês – ainda que por um alemão, Armin Krauss – é mais fino...


Som natural, dinâmico e muito detalhado.


Nota: o som deste vídeo foi registado directamente pelo microfone da camcorder a 48kHz/16bit e sofre de algum ruído de fundo, que não pode ser atribuído ao sistema.


Atohm/Devialet

Os Devialet estavam por todo o lado, noblesse oblige. As Atohm GT 1.0 (as colunas brancas mais pequenas) mantiveram a compostura com esta polka de Strauss, que não é nada fácil de reproduzir.


Aliás, esta polka Banditten-Gallop trouxe-me à memória um saudoso episódio de há 20 anos, passado com Eduardo Rodrigues, também em Paris, que, tendo entrado em discussão com o distribuidor da Magnepan/Audio Research, sobre qual o instrumento de percussão que reproduzia os “tiros”, afirmando o Eduardo peremporiamente que se tratava de uma pistola de “pression d’air” (eu acho que é de fulminantes), levou o francês a pensar que ele se estava a referir à fraca pressão sonora do sistema, e subiu tanto o som que as válvulas explodiram!...


Ayre/Magico

Um dos bons sons do Salon Hifi 2013. Sala na penumbra, mas isolada e silenciosa, com razoável acústica, se descontarmos o “entra e sai” e a maldita porta a bater. De resto, foi um prazer reencontrar o sabor da S1 temperado pela electrónica Ayre.


B&W/Classé

Sala luminosa com boas condições de audição. Público atento e interessado. Vista sobre Paris e o Sena. Som de grande qualidade. Que mais pode um crítico pedir?...


Devialet lui-même

Na sua própria casa, a Devialet fez par com as Leedh E2. Os franceses são assim:defendem o que é deles!


A sala estava completamente às escuras e a acústica era mazinha. Mas a Diana Krall até soa bem num rádio de pilhas, pelo que o resultado foi como se pode ouvir abaixo.


Apesar disso, preferi ouvir o Devialet com as Atohm a tocar a polka. Uma questão sentimental?...


Jo Sound

Admiro o esforço e a carolice dos fabricantes de colunas de corneta interna e altifalante full-range único do tipo Lowther. Admiro até a originalidade da forma, embora a roda tenha sido inventada na pré-história. Admiro ainda a coragem de tocar música folk-rock anos 70 (Fleetwood Mac?), com uma qualidade de gravação sofrível.


Mas aquela mó-de-moinho soou-me mais como um kitchen-radio. Graves? Não ouvi. Assim os agudos ficam “a descoberto”. A gama média é limpa, sem dúvida, e não tem tecido adiposo. Por isso a guitarra baixo no final soa tão limpa e definida: falta a massa gorda da ressonância dos registos inferiores.


Jo Sound RA ou se ama ou se odeia. Digamos que eu...não amo, apenas para ser simpático. Je t’aime moi non plus...


Leedh

A Leedh E2 Acoustical Beauty de bonita não tem nada, parece um louva-a-Deus, bicho que eu detesto! Mas como é que aquilo pode tocar tão bem?! Mais: com um belissimo gira-discos Transrotor e amplificação AMV soava como uma coluna full-range, com um grave cheio e, sobretudo, muito rápido. Não gosto do que vejo, gosto do que ouço. Quem disse que os olhos também comem?...


Linn

A Linn apresentou em Paris a sua nova linha de colunas activas/lógicas (com processamento e DSP) Exakt. O “K” não podia faltar no nome. E o “W” de whiskey para comemorar os 40 anos do LP12 também não (ver Partes 1 e 2).


Mas o que se ouve no vídeo (a imagem é péssima por falta de luz, sorry) é a comparação do mesmo registo digital a 44,1kHz e em HD Studio Master.


A diferença não se ouve apenas, vê-se, daí eu ter mostrado a respectiva análise espectral. Tente abrir o video a 1080p full-screen e verificará que a versão Studio Master tem mais “extensão” no agudo.


A voz da cantora no registo a 44,1kHz (48?) parece estar dentro de um casulo e soa muito mais transparente na segunda versão. Embora eu tenha ficado com a estranha impressão na sala que não só não é o mesmo registo, como nem sequer tem o mesmo arranjo orquestral. Ou então, o CD anda a “roubar-nos” instrumentos à socapa há muitos anos...


Sonus Faber/Wadia

Sabem que eu gostei do Intuition 01 (ver Reviews/Testes), mesmo sabendo que utiliza um módulo de Classe D “vulgar” (segundo a concorrência) de origem italiana. O processamento digital é da Wadia, e aí estamos conversados.


Mas agoram oiçam lá o par romântico que o Intuition fez com as Sonus Faber Olympica III, em Paris (e que, aliás, já tinha feito antes no mesmo local com as Martin Logan), e digam-me: isto é ou não é música – e da boa?!


Numa sala aberta, com gente a entrar e a sair, a mexer, a falar, a perguntar, a empurrar, a mandar sms, este piano soou-me como... um piano! Será que se pode exigir mais?...


Vienna Acoustics

Sala demasiado grande para o tamanho das colunas. Sempre cheia de gente indisciplinada. Até porque era um sistema “comprável”. Por cá, a malta prefere ouvir o que não pode comprar...


E cheia do ego do distribuidor, que passou o tempo a ralhar com os que têm os ouvidos na ponta dos dedos. Tanto que não consegui fazer nenhum registo sem que se oiça um “ralhete”: o som passa por aí, não mexa nisso. Je suis desolé...


Com amplificação Cyrus Lyric (mais um-tudo-em-um digital com DAc integrado), Sinatra fez o que pôde. E, como sempre, fez bem, à maneira dele...he did it his way from 17 to 65.


Waterfall/Devialet

Há o partido com as paredes de vidro e as colunas com paredes de vidro. Em ambos os casos, o que surpreende é que, sendo pequenos, façam tanto barulho: o Fever, do Elvis, que vão ouvir foi reproduzido pelas colunas Hurricane, as mais pequenas... Dá para acreditar!?...


Nota: visionados a 1080p os videos têm não só melhor imagem como melhor som. Atenção: verifique se o som no You Tube está no máximo e o Mute não está activado.


 


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