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Kii Three BXT System – Ajasom

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Desenvolvidas por Bruno Putzeys recorrendo à última iteração de amplificação Class D, as Kii Three empregam uma topologia proprietária que melhora substancialmente a performance dos amplificadores. Mas, além disso, reduz de forma ativa a distorção dos altifalantes, alcançando deste modo uma resolução surpreendente.

Este avanço na amplificação obrigou a que a performance da conversão do sinal AD/DA tivesse também de estar ao mesmo nível. Este desafio ficou a cargo de Bart Van Der Laan que tem uma longa experiência no desenho de placas de conversão e DSP para equipamento de áudio profissional High-End. A implementação da Kii Audio resultou em pleno, o processamento de sinal do circuito AD/DA é totalmente inaudível, algo que nem mesmo as unidades dedicadas audiófilas mais caras do mundo conseguem alcançar!

De todo o equipamento em exposição, apenas o servidor da SOtM foi utilizado. As Kii fazem o resto.

De todo o equipamento em exposição, apenas o servidor da SOtM foi utilizado. As Kii fazem o resto.

Juntamente com os filtros Active Wave Focusing, o DSP é responsável por manter os altifalantes dentro de sua zona de funcionamento ideal, adaptando suavemente os filtros em vez de limitar o sinal, permitindo que as Kii THREE toquem significativamente mais alto e limpo que os designs tradicionais mesmo de maiores dimensões.

As Kii THREE disponibilizam entradas analógicas e digitais. Todas as entradas digitais passam por uma reamostragem e Reclock usando o próprio algoritmo de rejeição de jitter da Kii Audio, garantindo assim que o desempenho de áudio "bits is bits" é aplicado a todas as fontes digitais.

A eletrónica estabelece um novo marco na reprodução de som. O que esta faz em conjunto com o design acústico desafia a imaginação. Tem de as ouvir para perceber a magnitude da revolução Kii THREE.

Servidor de rede SOtM SMS-1000SQ

Servidor de rede SOtM SMS-1000SQ

O texto acima transcrito não é meu. Trata-se de um artigo promocional que podem ler na página da AJASOM. O objetivo é espicaçar a curiosidade do leitor e torná-lo também ouvinte. Foi o que fiz. Fui ouvir o Kii Three BXT System no auditório da Ajasom, na Damaia.

As Kii não são novidade para mim. Escrevi recentemente sobre elas aqui. Além disso, ouvi o sistema com o módulo de graves BXT em mais do que uma ocasião, incluindo no High End 2019, o último a que assisti. Este ano vou voltar, para viver junto do MOC (centro de congressos) os sons que não vivi em Munique.

Kii Three BXT System demonstrado no High End 2019, Munique.

Kii Three BXT System demonstrado no High End 2019, Munique.

As colunas de Houdini

A Kii Three é uma coluna revolucionária, porque, sendo pequena, funciona muito bem como coluna de secretária/desktop e monitora de estúdio. Mas as Kii são capazes de encher uma sala grande e, ao mesmo tempo, desaparecem e fazem desaparecer tudo, menos a música.

Eu explico: o chamado ‘vanishing act’ faz parte da gíria da crítica audiófila, referindo-se ao facto de as colunas tocarem sem que o ouvinte se aperceba de que o som emana delas.

Mas, no caso das Kii Three+BXT, as paredes, enquanto fator de reforço acústico, também desaparecem, porque as Kii são controladas por DSP e podem não só ser ajustadas em função do seu posicionamento, mais perto ou mais longe das paredes, para obter os melhores resultados acústicos, como é possível afinar o som para as características de qualquer sala. E até, por absurdo, podem ser afinadas para as propriedades sonoras de um determinado disco, disponibilizando seis presets, incluindo a configuração de fábrica.

O Kii Three BXT System lembra a Valsinha das Medalhas de Rui Veloso: tão pequena e com tantos peitos, neste caso tantos altifalantes.

O Kii Three BXT System lembra a Valsinha das Medalhas de Rui Veloso: tão pequena e com tantos peitos, neste caso tantos altifalantes.

Triatlo audiófilo

Portanto, a minha audição na Ajasom foi uma espécie de triatlo, no qual o atleta é posto à prova em três modalidades diferentes com ferramentas diferentes. Já sei que as comparações não foram feitas ‘de venda nos olhos’, mas não creio que o gravador digital portátil Nagra SD, utilizado em todos os registos sonoros, que vão poder ouvir no YouTube (sempre com as mesmas imagens vídeo), não creio, dizia eu, que o Nagra SD seja, digamos, ‘influenciável’, pois regista o acontecimento acústico tal como aconteceu sem preconceitos 'ideológicos'.

Nota: Foi a minha primeira experiência com este gravador, pelo que nem sempre o ajuste do nível de input foi o mais correto. Mesmo assim, considero o resultado muito positivo.

Os registos foram captados digitalmente a 96/24; e depois, claro, sofrem a compressão do algoritmo do YouTube, mas mesmo assim, aposto que vão ouvir diferenças. Mantive algumas vozes off para terem a certeza de que não estou a utilizar qualquer CD ou ficheiro áudio original, apenas o som tal como se ouviu no auditório da Ajasom.

Auditório da Ajasom: vista do ponto de escuta (e de captação de som).

Auditório da Ajasom: vista do ponto de escuta (e de captação de som).

Eu, e o meu anfitrião, Nuno Cristina, comparámos o som de ‘Lua’, por Princezito (uma demo track em crioulo), primeiro com o preset linear de fábrica, depois com o preset Ajasom; ou seja, com a configuração adaptada já ao binómio Kii Three-BXT/Auditório da Ajasom.

Creio que não restam dúvidas sobre a qualidade da afinação, chamem-lhe igualização, que o potencial comprador pode depois fazer na sua própria sala ao seu gosto. Ora oiçam e comparem:

'Lua' (sample) de Princezito, com preset linear de fábrica

'Lua' (sample) de Princezito, com preset configurado pela Ajasom para o seu auditório

Resolvida a questão de qual preset soava melhor, de forma consensual, esta configuração foi mantida para todos os restantes registos, mas Nuno Cristina achou por bem introduzir outra variável: o filtro de terra (grounding) Altaira da Shunyata.

Claro que isto não passa de 'banha-da-cobra' com efeito 'placebo', segundo os zelotas do áudio, portanto resolvemos pôr novamente o Nagra SD à prova. Primeiro vamos ouvir Maria Mena, cantando ‘I Was Made For Loving You’ sem o filtro e depois com o filtro de terra Altaira.

Será que é possível ouvir uma diferença?

Os leitores são uma vez mais os juízes. Eu nem sequer digo onde devem procurar a diferença para não ser acusado de estar a tentar influenciar. Mas não há nada como ir lá ouvir, pois uma gravação já é, por si, outra variável.

Finalmente, com o Kii Three BXT System bem afinado ouviu-se Jeff Beck ‘live’ em ‘Brush With The Blues’ para provar que um sistema relativamente pequeno consegue reproduzir um concerto de rock com níveis de som 'ao vivo'. Conheço poucas colunas deste tamanho com esta capacidade de ‘encher’ a sala. E ainda precisam de fontes, DAC e amplificador. Com as Kii, é só juntar música e mexer bem...

E fechamos com a cereja no topo do bolo: os tambores chineses de Hok-man Yim. Onde é que já se ouviu uma coluna deste tamanho tocar tambores com este realismo?

Jeff Beck e Hok-man Yim

Claro que 31 mil euros por um par de colunas (+ módulos de graves) é uma pequena fortuna. Mas se pensar que inclui os amplificadores, os DACs e o processador DSP, talvez acabe afinal por achar que até é um bom preço.

Kii Three BXT System

  • Resposta: 20Hz (-3dB) - 25 kHz (± 0.5dB)
  • Potência: 2x 1500 Watt Full Custom Class-D; 2x 2.000 Watt Full Custom Class-D (BXT)
  • Altifalantes: 4x 6.5” Woofer; 1x 5” Midrange; 1x 1” Waveguided Tweeter; 8x 6.5” Woofer (BXT)
  • Dimensões: 20 x 117 x 40cm (LxAxP)
  • Peso: 19Kg + 56Kg
  • Preço: € 31.000

Para mais informações: AJASOM

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De todo o equipamento em exposição, apenas o servidor da SOtM foi utilizado. As Kii fazem o resto.

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Kii Three BXT System demonstrado no High End 2019, Munique.

O Kii Three BXT System lembra a Valsinha das Medalhas de Rui Veloso: tão pequena e com tantos peitos, neste caso tantos altifalantes.

Auditório da Ajasom: vista do ponto de escuta (e de captação de som).


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