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Wilson Audio Wamm: uma experiência emocional

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Ouvir as Wamm não é uma experiência auditiva; ouvir as Wamm é uma experiência emocional: na presença desta Magnum Opus, sentimos a presença do próprio criador, os seus sentimentos e emoções, vividos ao longo de cinco anos de complexa gestação de uma obra que se furta à habitual catalogação de mero produto áudio highend, hélas de preço inatingível. Ou talvez por isso.

As Wamm não são um objecto mecânico, a sua performance é tão transcendente que se 'humanizam', humanizando-nos, enquanto críticos, no processo de humilde aceitação da sua superioridade.

As Wamm proporcionaram-me uma verdadeira epifania, ao permitir-me compreender a verdadeira natureza do Graal Sónico, que busco incessantemente há 40 anos. Ei-lo, em toda a sua glória!

As Wamm são poderosas na sua graciosidade; rápidas e dinâmicas sem perda de subtileza, mesmo quando a percussão troveja e os metais rasgam o ar com raiva e a violência dos golpes de espada e dor.

A natureza percutiva dos pianos ganha uma nova dimensão táctil: o toque dos dedos, ora intenso e determinado, ora rápido e furtivo, logo se transforma num afago sensual.

As guitarras dedilhadas, em Love In Vain (Live) dos Rolling Stones, produz uma filigrana de sons cintilantes, que as Wamm revelam ser o fruto da interacção emocional entre homem e instrumento: é, pois, um acto de partilha, não uma simples técnica interpretativa.

As vozes, femininas e masculinas, despertam em nós emoções incontroláveis. Vi lágrimas em muitos olhos; eu próprio as senti furtivas no rosto, ao ouvir Bethania cantar, a meu pedido, ‘Lágrima’; e Miguel Povedas interpretar com profundo sentimento dramático: Final Y ‘A Ciegas’.

Melhor é experimentá-lo que julgá-lo, / Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo, escreveu Camões, que não consta que fosse audiófilo.

JVH, Manuel Dias, Peter Mc Grath e Ricardo Franassovici, o certificado fotográfico de que tudo isto é verdade, e eu estive mesmo lá. É que às vezes, eu próprio não acredito...

JVH, Manuel Dias, Peter Mc Grath e Ricardo Franassovici, o certificado fotográfico de que tudo isto é verdade, e eu estive mesmo lá. É que às vezes, eu próprio não acredito...

Há uma confiança quase provocadora na forma fácil como as Wamm abordam as grandes massas orquestrais...

Há uma confiança quase provocadora, na forma elegante como as Wamm abordam as grandes massas orquestrais, aliada à delicadeza maternal, exigente mas protectora, com que vigia a pureza das vozes das crianças que brincam no palco, em ‘noye’s fludde’, de Benjamin Britten.

Tudo nas Wamm nos engrandece como seres humanos, enaltecendo também a nossa capacidade de sofrer pela sorte dos outros.

Só assim é possível, não apenas compreender, mas viver intensamente a dor de Tosca, que evolui no palco aberto à nossa frente, com gritos lancinantes de desespero, quando percebe que Mario está morto e se lança ela própria para a morte, perante os nossos olhos incrédulos e o choro convulsivo da orquestra. Sublime.

O Mario, morto? Tu? Cosi? Finire cosi? Cosi?

Nota: todas as faixas do vídeo de 15 m que se segue, incluindo o referido excerto do Acto Final da Tosca, foram gravadas directamente durante a apresentação de Peter McGrath, de que apenas apresentamos excertos. Foram utilizados na edição os registos captados por um gravador manual digital a 96/24, mas nada disto pode fazer justiça à inacreditável qualidade de som das Wamm Master Chronosonic.

Obrigado, David. Bem haja, Peter.

Um abraço de agradecimento também ao Ricardo e ao Manuel por me terem proporcionado esta experiência emocional única.

                                                       José Victor Henriques

 

Entrevista exclusiva com Ricardo Franassovici sobre as Wamm Master Chronosonic (em Português)

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JVH, Manuel Dias, Peter Mc Grath e Ricardo Franassovici, o certificado fotográfico de que tudo isto é verdade, e eu estive mesmo lá. É que às vezes, eu próprio não acredito...


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