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Reviews Testes

Marantz KI Ruby, 40 anos de fidelidade

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Tenho um Marantz CD 63 KI Signature, do tempo em que a designação KI, que se seguiu à SE, Special Edition, significava que Ken tinha operado um ‘upgrade’ mudando meia-dúzia de componentes, nos circuitos de um modelo anterior, para melhorar o som, ou antes ‘aliviar’ o stock da Philips, sempre que o vento do mercado mudava de quadrante, dos 14-bit para os 16-bit, ou do multibit para o bitstream (Delta-Sigma). Ken sempre foi um mestre do tweaking e, já agora, do marketing.

Aqui, estamos a falar de um aparente ‘downgrade’ do conjunto SA10 S1/PM10 S1, oferecendo por metade do preço a mesma tecnologia e – arrisco-me a dizer já – uma qualidade de som basicamente igual, se a memória não me falha.

Trata-se de uma edição limitada a 1000 exemplares (500 em preto, 500 em dourado), com número de série comum, embora se possam comprar em separado, ao preço de 4.199€ cada.

No meu caso, os Ruby valem o peso em ouro, com o leitor pesando 17 quilos, mais dois que o amplificador, embora ambos tenham chassis de folha dupla cobreada e painéis frontais de alumínio sólido, com suave iluminação de leds azuis (pode desligá-los no botão de Display). A diferença reside no toroidal sobredimensionado do leitor, que a fonte comutada do andar de potência dispensa, só necessitando de um toroidal mais pequeno para o andar de prévio.

O Homem e o Mito

Ken Ishiwata, em Lisboa, no audioshow 2019, apresentando aos audiófilos portugueses a KI Ruby Series

Ken Ishiwata, em Lisboa, no audioshow 2019, apresentando aos audiófilos portugueses a KI Ruby Series

Os KI sempre tocaram melhor que as versões standard, e continuam a ter uma musicalidade intrínseca especial, que muito contribuiu para o mito Ishiwata, associado à sua imagem mediática de guru do áudio, apresentando-se em público de rabo-de-cavalo, vestido de negro com casacas de seda de cores fortes, como aconteceu ainda recentemente no audioshow de Lisboa, cujo impacto visual contraria de algum modo a sua postura afável e discreta de monge budista: no trato, no gosto musical e na abordagem peculiar à reprodução do som ‘because music matters’.  

Segui a sua carreira, enquanto Embaixador da Marantz, durante quase três décadas, e tenho fotografias e vídeos de Ken com casacas de todas as cores do arco-íris (ver aqui). E ouvi vezes sem conta a sua história de paixão pelo áudio, de como tudo começou quando era estudante sem dinheiro, gostava de tocar violino e ouvia música na casa de um colega, cujo pai tinha um amplificador Marantz Model 9 a válvulas, fabricado nos EUA por Saul Marantz, com um som que o fascinava, no tempo em que a Sansui e a Pioneer dominavam o mercado japonês.

Em 1964, a Marantz foi adquirida pelo grupo japonês Superscope - e mais tarde pela Philips (1980) - e como Ken residia em Bruxelas, foi contratado em 1977 para ser o elo de ligação entre o Ocidente e o Oriente, na análise e desenvolvimento dos novos produtos, mantendo-se ao serviço desde então e participando assim activamente nas revoluções das válvulas vs. transístores e do analógico vs. digital.

A Marantz faz hoje parte do grupo Sound United, com a Denon, a Classé e a Polk, no qual Ken atingiu o estatuto de senador vitalício, e assim, por obras valerosas, se libertando da lei da morte. Embora já tenha 80 anos, Ken não descartou a hipótese de ser ele a apresentar a Gold Series, comemorativa dos 50 anos da sua ligação à Marantz!, como se constata na entrevista que amavelmente nos concedeu no audioshow de Lisboa (ver vídeo em baixo):

Ken ao vivo

É este saber de experiências feito que Ken Ishiwata aplica judiciosamente nos ‘Ruby’, cuja qualidade é garantida com um certificado individual, além da assinatura também gravada a laser no topo do painel frontal de ambos os componentes, com o requinte (talvez um pouco kitsch para alguns) de um ‘rubi’ (de plástico, para evitar tentações…) cravado nas voltas rebuscadas da sua caligrafia.

Assinatura de Ken Ishiwata gravada a laser em todos os exemplares do Ruby, com o requinte ornamental do 'rubi'

Assinatura de Ken Ishiwata gravada a laser em todos os exemplares do Ruby, com o requinte ornamental do 'rubi'

É óbvio que estamos perante algo de memorável na história do áudio. E é isso que vou tentar provar, se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Marantz SACD/PM KI Ruby

Marantz PM /SA KI Ruby combo: casamento perfeito de design e performance.

Marantz PM /SA KI Ruby combo: casamento perfeito de design e performance.

Há duas formas de abordar um produto desta qualidade: a objectiva, descrevendo as funções e as especificações, ou adicionando algumas medidas, como quando escrevo para a Hi Fi News; e a dita subjectiva, na qual se tenta transmitir ao leitor as emoções proporcionadas pelas audições. E não é fácil sair deste colete-de-forças editorial. Basta comparar os testes e ‘reviews’ já publicados. Mais do mesmo.

Na primeira, o crítico limita-se muitas vezes a transcrever partes do manual e do white-papper, quando não mesmo da press-release ou da brochura, motivo pelo qual a informação varia pouco e não traz nada de novo para quem já a leu. Por exemplo, o que é mais importante para o leitor: saber que a fonte de alimentação linear do andar de prévio utiliza diodos Schottky, ou que todos os sinais digitais de alta resolução são convertidos para 4 x DSD por default?

Eu acho que devemos cingir-nos ao essencial. Tudo o resto o leitor encontra numa busca rápida na internet, basta seguir o mesmo 'caminho das pedrinhas' utilizado pelos críticos, eu incluído, que podem consultar em pdf no final do artigo. Foi ali que beberam a informação.

Na segunda, o crítico tenta descrever o que sentiu ao ouvir esta ou aquela faixa de uma selecção musical pessoal, a maior parte das vezes tão pessoal que o leitor não tem hipótese de a repetir para comparar, porque o disco é raro.

Há ainda uma terceira via, que eu advogo, correndo o risco de ser acusado de não fazer o trabalho de casa, ao não transcrever todos os aspectos técnicos, que muitas vezes não passa de uma simples transcrição ou tradução, e consiste na apreciação da obra, enquanto objecto de arte: sentado perante um quadro, uma escultura, uma performance musical, o crítico deixa-se levar pelas emoções, tentando conciliar mentalmente os elementos técnicos e artísticos, tal como os apreende pelos sentidos.

Neste caso, a performance ergonómica e sonora será tanto mais bem compreendida, quanto melhor for a performance da escrita, o que é um factor acrescido de responsabilidade, porque no fundo o que o leitor quer saber é se o sistema funciona bem, se o som é bom e se justifica o preço que pedem por ele, em relação a outros equipamentos da mesma ou de outra categoria. Algo a que um sistema de atribuição de estrelas de 1 a 5 responde porventura com mais eficácia, daí o sucesso de revistas como a What HiFi?

Neste contexto, eu teria a vida facilitada porque o duo Marantz KI Ruby é um claro candidato a ‘5 Estrelas’,  ‘Best Buy’, ‘Best of the Year’, ‘EISA Whatever’ (Combo System of the Year, por exemplo) ou ‘Editor’s Choice’, não só em termos de construção e tecnologia, mas também de performance.

São precisos dois para o tango

Marantz SA/PM KI Ruby: pode comprá-los em separado, mas lembre-se que são precisos dois para o tango...

Marantz SA/PM KI Ruby: pode comprá-los em separado, mas lembre-se que são precisos dois para o tango...

A presente análise é relativa ao sistema ‘Ruby’, composto pelo leitor CD/SACD e o amplificador integrado. Dos dois componentes, o leitor CD/SACD é, sem dúvida, a estrela da companhia, pois é também a fonte de onda brota o som.

O PM KI Ruby limita-se a amplificar os sinais com precisão matemática (já lá vamos), embora seja também possível algum processamento de controlo de agudos e graves e equilíbrio entre canais (com recurso ao controlo remoto); e de volume, com um potenciómetro de resistências híbrido de gestão electrónica. Cada componente tem o seu próprio controlo remoto, mas pode utilizar-se apenas um para ambos, no modo External, bastando para isso mudar a posição de um comutador na traseira.

Ouvi o sistema Ruby em várias ocasiões, sempre com agrado. Primeiro, em Munique, na apresentação mundial no Highend 2018, pelo próprio Ken Ishiwata; depois na Imacústica, que é o actual representante nacional em parceria com o distribuidor ibérico, Sarte Audio Elite, de Espanha, finalmente no Audioshow 2019, com a inspiradora presença de Ken, como foi amplamente divulgado no Hificlube.net aqui.

Mas foi preciso viver com os Ruby para descortinar que têm personalidades diferentes: o amplificador apela à razão, pois a precisão matemática dos módulos NCore 500 da Hypex garante um som limpo, rápido, poderoso, sem adiposidades ou distorção, de excelente claridade, recorte, elevada resolução e uma transparência rara na Classe D; o leitor CD/SACD apela à emoção pela musicalidade intrínseca, e é ele o verdadeiro herdeiro de Ishiwata, até porque os NCore de Bruno Putzeys, que eu testei ainda sob a forma de protótipo, têm uma personalidade própria, que os módulos Marantz HDAM-SA3 da secção de pré potenciam mas não ofuscam.

Coração NCore

Marantz PM/SA KI Ruby: construção exemplar, mesmo quando visto por trás...

Marantz PM/SA KI Ruby: construção exemplar, mesmo quando visto por trás...

Por personalidade, não se entenda um qualquer tipo de carácter ‘digital’, que a classificação de Classe D pode sugerir. Nos NCore, o sinal original mantêm-se sempre sob formato analógico, o que é processado digitalmente é uma réplica, em forma de onda quadrada, que ‘cavalga’ a onda sinusoidal numa portadora. A ‘personalidade’ a que me refiro advém-lhes do facto de não revelarem qualquer tipo de coloração.

Portanto, se está à espera de um som eufónico do tipo valvular, esqueça. Por outro lado, se está à espera de um som agressivo do tipo ‘digital’, esqueça também. O PM KI é totalmente neutro!

Além da incrível eficiência (93%!?), que lhes permite gerar elevada potência com menor dispêndio de energia, os NCore são praticamente imunes à impedância das colunas, a distorção é independente da frequência e as necessidades de realimentação são constantemente monitorizadas sem afectar a estabilidade. Parece ser bom demais para ser verdade, mas os números não mentem. Não é por acaso que há outras marcas a utilizar estes módulos, com excelentes resultados, estou a lembrar-me da Theta, da Bel Canto e da Kii.

Nota: os leitores com formação técnica interessados em aprofundar estas matérias podem abrir no final ‘N Core Technology White Paper’ em pdf. Está lá bem explicado como funciona o motor do PM KI Ruby.

O duo SA-KI / PM-KI Ruby reproduz um som orgânico, ‘educado’, de ‘gente que sabe estar, sem nunca cansar’.

O sistema Ruby permitiu-me desligar o ‘chip’ de analista, esquecendo os graves e os agudos para me concentrar apenas na música.

SACD, HRx, Tidal (MQA), DXD e DSD

SACD comemorativo dos 30 anos de Ken como mentor e figura pública da Marantz.

SACD comemorativo dos 30 anos de Ken como mentor e figura pública da Marantz.

Assim, dei comigo a sair do feitiço da Tidal para ouvir alguns dos 200 SACDs que possuo, tantos de que já nem me lembrava, como o da primeira ( e creio que última) gravação original da Marantz, editada para comemorar o 30º Aniversário de Ken Ishiwata, como rosto da marca, por ocasião do lançamento da Série Pearl. Dez anos se passaram.

Ou o SACD multicanal de ‘Dark Side of The Moon’ (hélas, aqui reproduzido apenas em estéreo, embora seja possível juntar 3 unidades do PM-KI Ruby em configuração multicanal  – ver pág. 13 do Manual em pdf no final do artigo). Quarenta e seis anos se passaram!...

Os ‘Ruby’ reproduziram com igual competência a elegância intimista da voz apaziguadora da cantora de jazz Katelijne van Otterloo, acompanhada por baixo, piano e bateria; e a orgia provocante de sons e efeitos especiais, na mistura alucinante de ‘On the Run’, ‘Money’ e, sobretudo, ‘Time’, que impressionam pela nitidez percutiva dos transitórios (moedas, relógios…), e pela fugacidade ectoplásmica das vozes, risos e outros instrumentos, atingindo o apogeu acústico na urgência lancinante dos gritos angustiados de Clare Torry, em ‘The Great Gig in the Sky’, e do único verso dito por ela, que os Ruby descobriram quase oculto na mistura aos 3:33: I never said I was afraid of dying...

O Ruby também reproduz DVD-R, além de CD e SACD.

O Ruby também reproduz DVD-R, além de CD e SACD.

O transporte SACDM-3 do ‘Ruby’ é um dos poucos actualmente compatíveis com CD e SACD, desde que a TEAC deixou de fornecer o VRDS T1. E provou ser também compatível com a tecnologia HRx, da Reference Recordings, que editou alguns discos de alta resolução em formato DVD-R. Mas já não reproduziu os Blu-Ray Audio da minha colecção. Não experimentei com DVD-Audio, mas se reproduz DVD-R não há razão para não reproduzir DVD-Audio. Mas afinal, quem se lembra ainda do DVD-Audio, que perdeu a batalha da alta-resolução para o SACD? Uma vitória de Pirro, diga-se…

Este sampler da Reference Recordings HRx contém algumas das faixas demo mais famosas junto dos audiófilos, aqui reproduzidas na glória da master tape a 176,4 kHz/24 bit: Arnold: a Sussex Overture, Tchaiskosky: Hopak, Rachmaninoff: Symphonic Dances, Britten: The Young Persons’s Guide to the Orchestra, entre outras, que põem à prova qualquer amplificador. Os 100W/8 ohms e 200W/4ohms declarados são obviamente conservadores. Eu arriscaria o dobro!...

O PM KI Ruby surfou - literal e tecnicamente – a onda digital sem falhar uma nota. Bravo, Maestro Ishiwata!...

Tinha chegado a altura de ir passear para o jardim da Tidal, que tem 30 milhões de flores prontas a colher. Nada temam, não vou fazer uma lista das dezenas de faixas que ouvi com prazer. Vou antes debruçar-me sobre algumas questões práticas, e deixar o leitor ouvir pessoalmente a sua música preferida, o que pode fazer em qualquer auditório da Imacustica, em Lisboa ou no Porto.

Na entrevista reproduzida acima, Ken Ishiwata refere que pouco mudou desde os Pearl até aos Ruby, a não ser a actual moda da alta resolução em DSD e o streaming. Mas o SACD KI Ruby não faz streaming, ou seja, não pode ser directamente ligado à rede. Para isso precisa de um leitor de rede externo (há-os à venda bem baratos e de boa qualidade, como a Pro-Ject Stream Box S2 Ultra). Ou, então, utilize o computador para experimentar a qualidade do circuito assíncrono USB do Ruby, que eu reforcei com um Jitterbug, da Audioquest.

Para ouvir a Tidal não precisa de instalar nada. Liga o SACD KI Ruby por USB ao PC e é imediatamente reconhecido. O Ruby não reproduz ficheiros MQA nativos. Mas se configurar a Tidal para fazer a conversão internamente, a frequência de amostragem do ficheiro surge no mostrador até um máximo de 96kHz. Para fazer o ‘desdobramento’ integral até aos 192kHz ou mesmo 352kHz, precisa de um DAC/Streamer compatível com MQA, como o iFI iDSD, por exemplo. A Marantz também tem Network Players no seu catálogo, mas tanto quanto sei também não são compatíveis com MQA.

Contudo, seria um desperdício ter um DAC desta qualidade e utilizar depois outro externo só para reproduzir MQA. Não se justifica de todo. Vejamos:

Há boas razões para o Ruby não ser compatível com MQA. O circuito de conversão MMM (Marantz Musical Mastering) descodifica ficheiros PCM/DXD até 384kHz/32-bit, utilizando conversores e relógios independentes para os múltiplos de 44 e 48 kHz, convertendo-os depois por default para DSD, que só precisa na saída de um circuito muito simples de filtragem, na forma de um filtro de passa-baixas, para ser convertido para analógico. Ora a complexidade do MQA não é compatível com DSD de que Ishiwata e o seu principal colaborador Rainer Finck são adeptos ferverosos. Tudo nos Ruby é resultado da busca pelo percurso mais curto para o sinal digital e analógico.

Marantz SA/PM KI Ruby: atenção ao pormenor

Marantz SA/PM KI Ruby: atenção ao pormenor

Para ouvir ficheiros de alta resolução, em formato DXD ou DSD, armazenados num disco rígido ou NAS, através do seu PC, vai precisar de instalar a Asio Driver v3.0.1 para Windows 10, além de um network player como o JRiver, que deve ser configurado correctamente, seguindo as instruções. A Marantz aconselha a só utilizar no Windows protocolos com compatibilidade bit perfect como Wasapi, Kernel ou Asio (leia o pdf de The DAC White Paper). Até aqui tudo bem. Eu também acho que Wasapi soa melhor. Acontece que tanto Wasapi como Kernel não são compatíveis com DSD nativo, apenas DoP (DSD over PCM), por isso utilizei exclusivamente Asio, pois não tem lógica converter o sinal para PCM e de novo para DSD por defeito.

Tal como sucedeu com os suportes físicos e com o streaming da Tidal, o leitor da Marantz atingiu um nível muito elevado de performance com ficheiros DXD 352kHz/24-bit e DSD256 nativo, que tenho guardados no meu NAS Synology.

O ficheiro DXD do Magnificat, de Kim André Arnesen, da editora 2L, interpretado com fervor religioso pelo TronheimSolistene e o Coro das Meninas da Catedral de Nidoro, com a voz virginal da solista Lise Granden Berg, e gravado na acústica sumptuosa daquela catedral gótica, retrata o agradecimento da Virgem Maria a Deus, por ter sido escolhida para dar à luz o seu filho.

Este é o tipo de interpretação capaz de converter mesmo o mais empedernido dos ateus, e a reprodução da acústica é pouco menos que divina.

Este é o tipo de interpretação capaz de converter mesmo o mais empedernido dos ateus, e a reprodução da acústica é pouco menos que divina. E divino não é uma palavra que eu utilize de ânimo leve. Amén.

Quanto à 3ª Sinfonia de Mahler, pela Festival Orchestra de Budapeste, dirigida por Ivan Fischer, editado pela Channel Classics e disponível em download  DSD256 nativo, só nos faz sentir ainda mais pena pelo facto de no futuro só haver música gravada com compressão MP3 ou mesmo… MQA, por muito que se diga que é lossless. Numa experiência que fiz no audioshow 2018, na sala da Imacustica, a maioria dos presentes, sobretudo as senhoras, detectaram imediatamente a diferença entre o original em DSD e a cópia MQA. Talvez Ken Ishiwata tenha afinal razão…

E talvez eu assim me sinta também menos culpado por ter abandonado há muito o LP, motivo pelo qual não testei o andar de Phono do PM KI Ruby, que utiliza os circuitos Marantz Musical Premium Phono EQ, criados para o topo de gama PM-10 e compatíveis com MM e MC.

Mas testei os módulos HDAM-SA2 para auscultadores, de topologia discreta, de ambos os componentes que, naturalmente soam muito semelhantes. Quem ouve com auscultadores, não ouve estéreo, apenas som em dois canais, porque o ouvido esquerdo não houve a informação do canal direito e viceversa’, Ishiwata san dixit. E contudo, deu-se a muito trabalho para proporcionar esta qualidade de som também aos audiófilos solitários. Bem haja, Mestre.

O duo Marantz KI Ruby é o caminho mais curto para chegar ao highend, sem ter de pagar a portagem do luxo.

O duo Marantz KI Ruby é o caminho mais curto para chegar ao highend, sem ter de pagar a portagem do luxo. Vou sentir a sua falta. Resta-me a esperança de eu e Ken Ishiwata ainda andarmos por cá daqui a 10 anos para comemorar as Bodas de Ouro…

Para mais informações leia os documentos em pdf no final do artigo, ou contacte:

Imacustica

Sarte Audio Elite

Marantz KI Ruby Duo sideways

Ken Ishiwata, em Lisboa, no audioshow 2019, apresentando aos audiófilos portugueses a KI Ruby Series

Assinatura de Ken Ishiwata gravada a laser em todos os exemplares do Ruby, com o requinte ornamental do 'rubi'

Marantz PM /SA KI Ruby combo: casamento perfeito de design e performance.

Marantz SA/PM KI Ruby: pode comprá-los em separado, mas lembre-se que são precisos dois para o tango...

Marantz PM/SA KI Ruby: construção exemplar, mesmo quando visto por trás...

SACD comemorativo dos 30 anos de Ken como mentor e figura pública da Marantz.

O Ruby também reproduz DVD-R, além de CD e SACD.

Marantz SA/PM KI Ruby: atenção ao pormenor

Manuais, white papers e info sobre o sistema Marantz SA/PM KI Ruby


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