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Marantz PM/CD 6007: em equipa que ganha…

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Nada distingue o visual dos novos 6007 dos seus antecessores 6006, e estes dos anteriores 6005, numa árvore genealógica cujas raízes se estendem por mais de uma década; contudo, ao ouvido atento (de JVH), não escaparam algumas melhorias, neste duo musical que pode ser comprado por menos de 1000 euros.

…em equipa que ganha, não se mexe…

Nunca o aforismo ‘em equipa que ganha, não se mexe’ fez tanto sentido: as múltiplas variantes da oferta da Marantz cobrem todo o espetro comercial entre os -500 e os +5000 euros, portanto, desde o nível de entrada ao limiar do highend, como se o objetivo fosse ‘tapar todos os buracos’; ou seja, satisfazer todas as necessidades razoáveis e bolsas, sem no entanto se afastar muito da imagem de marca, mantendo em cada segmento uma boa relação qualidade/preço, quer no design e ergonomia, quer nas funcionalidades (analógicas e digitais) e sonoridade.

Nota: clicando já sobre os títulos; ou em baixo, no final deste artigo, na secção ‘Artigos Relacionados’, pode e deve ler análises completas a vários modelos da Marantz, que vão ser referidos de novo aqui, até porque são a prova do que acabo de escrever: Marantz ND 8006 – transição pacífica, Marantz PM 7000N: pizza gourmet, Marantz KI Ruby – 40 anos de fidelidade, Marantz SA-12/PM12SE – só falta o rubi…, Marantz CD Receiver Melody X M-CR612.

Marantz PM 6007      

O PM 6007 é um amplificador integrado analógico clássico de 599 euros: 60W em Classe A/B, com Phono mas sem Bluetooth e sem leitor de rede.

Sim, eu sei que tem um DAC interno (contrariando a filosofia de Ishiwata san, de que não é boa ideia juntar analógico e digital no mesmo chassis, ainda que bem blindado) com um conversor Asahi Kasei AK4490, compatível com quase todos os formatos áudio: MP3, WMA, AAC, FLAC HD, ALAC, AIFF e ainda ficheiros de alta resolução até 192/24, incluindo DSD (aqui tornado redundante pela ausência de entradas digitais compatíveis: HDMI ou USB, por exemplo).

Em cima, painel traseiro do PM6007:  3 entradas digitais (1 coaxial + 2 óticas); 4 entradas de linha + Phono (MM); saídas para gravador e amplificador externo; dois pares de bornes (A+B) comutáveis no painel frontal. Em baixo, painel traseiro do CD6007: áudio out (RCA) e digitasl out (coaxial e ótico). That's it!

Em cima, painel traseiro do PM6007: 3 entradas digitais (1 coaxial + 2 óticas); 4 entradas de linha + Phono (MM); saídas para gravador e amplificador externo; dois pares de bornes (A+B) comutáveis no painel frontal. Em baixo, painel traseiro do CD6007: áudio out (RCA) e digitasl out (coaxial e ótico). That's it!

Assim, para tirar partido total do conversor vai precisar de uma fonte de leitura digital externa, que sirva os diferentes formatos via SPDIF, pois, como já vimos, não dispõe de entrada USB, nem a funcionalidade de leitor de rede (a entrada Network é apenas mais uma das entradas de linha), nem sequer Bluetooth.

Em contrapartida, oferece um andar de Phono (MM) para poder ligar o gira-discos.

DSD como argumento de venda

Assim sendo, o DAC com compatibilidade HD e DSD só foi incluído como argumento de venda, a não ser que, tal como eu, disponha de um leitor Universal da Oppo (já descontinuado) que reproduz discos óticos (DVD-R, DVD-Audio e BluRay Audio) das editoras Reference Recordings (176kHz) e 2L (192kHz) e transmite o sinal nativo por cabo coaxial.

Quanto ao DSD, só seria possível transmitir o sinal via HDMI ou USB (não incluídas). Talvez com uma Playstation Sony da primeira geração, ou um conversor HDMI/I2S de origem chinesa, que se pode comprar online

Nota: se ler algures que o DAC do PM6007 é compatível com PCM HD e DSD, pergunte ao crítico onde é que ligou as fontes digitais respetivas…

Significa isto que o DAC do PM6007 só lá está para enfeitar? Claro que não. Pode servir, por exemplo, para ligar via cabo coaxial um leitor-CD mais antigo com um DAC interno tecnologicamente já ultrapassado.

Filtro digital comutável

Painel frontal do PM6007: controlos de tonalidade (baixos e agudos) e equilíbrio entre canais, com Source Direct (bypass aos comandos), comutação do bornes de colunas A e B; e comutação de filtros digitais 1 e 2.

Painel frontal do PM6007: controlos de tonalidade (baixos e agudos) e equilíbrio entre canais, com Source Direct (bypass aos comandos), comutação do bornes de colunas A e B; e comutação de filtros digitais 1 e 2.

Até porque o PM6007 dispõe de um comutador de Filtro digital, de pendente lenta ou rápida, o que permite ‘afinar’ o som ao seu gosto (ver foto acima). A pendente lenta tem uma resposta mais plana mas menos ‘limpa’ dos produtos esdpúerios da conversão; a rápida ‘arredonda’ um pouco o agudo, que já é ‘doce’ por natureza, mas curiosamente soa mais viva. Opte pela lenta para música clássica; e pela rápida para tudo o resto. Na dúvida, opte sempre pelo Filtro 1.

Nota: o comutador de filtragem digital encontra-se no painel onde antes no 6006 estava o filtro de Loudness (ver painel), e constitui a única diferença visível; além, claro, do sublogótipo de identificação de modelo.

O PM6007 tem controlos de tonalidade (graves e agudos), de acção suave. Sugiro menos um ponto no agudo e mais dois pontos no grave, que precisa de algum incentivo, pois é algo discreto.

Mas não vá mais longe do que isso, porque o grave ganha mais corpo mas pode tornar-se balofo. Felizmente, o PM6007 dispensou a ‘loudness’…

Ligação direta

Com a função source direct ativada, o som é mais transparente, até porque faz bypass aos circuitos internos de tonalidade e equilíbrio entre canais. Faça experiências com vários tipos de música: mais transparência ou mais controlo de tonalidade? A escolha é sua…  

Introduzir o jack de 6,3mm na saída para auscultadores não desativa o andar de potência. Se tiver um par de colunas ligadas nos bornes de saída, elas continuam a tocar. 

Como o PM6007 tem dois pares de bornes A e B para ligar dois pares de colunas (ou bicablagem), a solução é ligar o seu par único de colunas na saída A e comutar para B quando estiver a ouvir com auscultadores.

Cuidado com o volume!

Como é habitual nos Marantz, o circuito HDAM de amplificação de auscultadores tem um ganho muito elevado, capaz de alimentar todos os tipos de auscultadores, incluindo planarmagnéticos. Se utiliza ‘supositórios’ intra-auriculares de alta eficiência tenha cuidado com o volume…

A leitura das especificações (que muitos confundem com análise crítica) revela-nos uma potência declarada de 60W/4 Ohm e apenas 45W/8. Mas a verdade é que com esta fonte de alimentação reforçada e com um bom toroidal, o 6007 facilmente debita 60W sobre 8 ohms e suporta até cargas de impedância mais complicadas; ou seja, dá-se bem com colunas difíceis dentro da sua categoria de preço.

Marantz CD6007

Leitor CD 6007: o controlo remoto atua também sobre o PM6007.

Leitor CD 6007: o controlo remoto atua também sobre o PM6007.

O leitor-CD 6007 é o par ideal do PM-6007, até no preço, pois custa apenas 499 euros. O DAC interno é o mesmo do amplificador, que se torna assim redundante, quando utilizados em conjunto: é sempre preferível utilizar o DAC do leitor-CD, porque funciona num ambiente menos propício ao ruído e ao jitter.

E também tem saída para auscultadores. O circuito é semelhante mas não tem a mesma potência, embora ofereça também a opção de filtragem digital (apenas acessível nos Settings via controlo remoto, e não no painel frontal como o PM6007).

Entrada USB no painel

Painel frontal do CD6007: de notar a entrada USB, que permite  finalmente tirar partido da compatibilidade HD/DSD do DAC interno; e entrada de auscultadores com control ode volume.

Painel frontal do CD6007: de notar a entrada USB, que permite finalmente tirar partido da compatibilidade HD/DSD do DAC interno; e entrada de auscultadores com control ode volume.

Casamento de conveniência

O PM e o CD 6007 completam-se. Se anda à procura de um sistema de entrada, de preço acessível (590+490 euros), funcional e bem construído, com bom design e ergonomia e um som agradável, para ouvir (com colunas e auscultadores) os seus CD e downloads de ficheiros HD e DSD armazenados numa pen USB (só possível no leitor-CD), esta proposta da Marantz é muito tentadora, e não admira que se venda como pão-quente, segundo me confessou Manuel Dias da Imacustica, que encomenda logo uma dúzia de cada vez.

Se anda à procura de um sistema de entrada, de preço acessível (590+490 euros), funcional e bem construído, com bom design e ergonomia e um som agradável…

Se o CD não é importante para si, ou já ripou toda a sua coleção para um disco rígido ou NAS, o excelente amplificador/leitor de rede Marantz PM7000N é uma boa alternativa.

Se, por outro lado, já tem um bom amplificador integrado, gostava de lhe associar um leitor de rede e não dispensa ainda o CD, eu proponho o Marantz ND8006.

Uma destas 3 propostas pode fazê-lo feliz, sem ter de investir verbas que não estão ao seu alcance, especialmente em tempo de crise.

A música nunca está em crise com a Marantz.

 

Produto:

Marantz CD6007 – 499€

Marantz PM6007 – 599€

Distribuidor: Sarte Audio

Marantz Duo

Em cima, painel traseiro do PM6007: 3 entradas digitais (1 coaxial + 2 óticas); 4 entradas de linha + Phono (MM); saídas para gravador e amplificador externo; dois pares de bornes (A+B) comutáveis no painel frontal. Em baixo, painel traseiro do CD6007: áudio out (RCA) e digitasl out (coaxial e ótico). That's it!

Painel frontal do PM6007: controlos de tonalidade (baixos e agudos) e equilíbrio entre canais, com Source Direct (bypass aos comandos), comutação do bornes de colunas A e B; e comutação de filtros digitais 1 e 2.

Leitor CD 6007: o controlo remoto atua também sobre o PM6007.

Painel frontal do CD6007: de notar a entrada USB, que permite finalmente tirar partido da compatibilidade HD/DSD do DAC interno; e entrada de auscultadores com control ode volume.


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