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Zu Audio Druid MkV – a poção mágica

Ajasom-Zu Audio - Druid MkV - drivers.jpg

Conheci as Druid em Las Vegas. Já lá vão uns dez anos. Ouvi-as, em várias ocasiões e situações. Publiquei fotos nas minhas reportagens, então publicadas no DNA. Mas as Zu nunca foram uma coqueluche da imprensa audiófila institucional, logo ninguém lhes ‘pegou’. Até agora.

A Ajasom achou que as Zu preenchiam bem a vaga aberta de colunas de elevada sensibilidade (100dB/1w/1m!) sem recurso a cornetas, que não são propriamente o sonho das donas de casa que tiveram o azar na vida de casar com um audiófilo. Ou a sorte, pois os audiófilos tendem a ser ‘caseiros’ e saem pouco à noite…

O nome pode sugerir que são mais um produto chinês. Mas não, são americanas de gema e têm na base o trabalho de Harry Olson que, nos anos 30 e 40, concebeu altifalantes em papel full range capazes de reproduzir todas as oitavas e nuances da voz humana (dos 50Hz aos 12kHz), sem necessidade de unidades múltiplas, logo sem crossover, essa maldita geringonça com que temos de viver, se não optarmos por colunas planares ou electrostáticas de banda larga.

As Zu ganharam rapidamente adeptos no Japão, onde há uma paixão pelas cornetas alimentadas por SETs e pouco espaço para as colocar.
As Zu Omen Dirty Weekend, alimentadas pelo Hegel H90, no auditório 2 da Ajasom- Damaia

As Zu Omen Dirty Weekend, alimentadas pelo Hegel H90, no auditório 2 da Ajasom- Damaia

As unidades da Zu são muito semelhantes aos famosos altifalantes Lowther, Fostex e aos Voxativ. A grande vantagem da Zu está no preço. Por exemplo, as Omen Dirty Weekend MkII, que também ouvi na Ajasom-Damaia, alimentadas por um pequeno Hegel H90, custam apenas 1.800,00€, o que, para uma coluna de banda larga de elevada sensibilidade, que qualquer amplificador de 20W põe a tocar suficientemente alto para ‘avacalhar’ o fim-de-semana, é um preço de combate.

Não que elas gostem de tocar muito alto. É o corpo do som a níveis médios que as torna tão musicais. Têm algumas colorações, admito. Mas também as válvulas as têm, e soam tão, tão ‘saborosas’, porque a distorção é, para citar os anglosaxões: musically related.

As YG Carmel II, no auditório 2 da Ajasom-Damaia. Ver Artigos Relacionados.

As YG Carmel II, no auditório 2 da Ajasom-Damaia. Ver Artigos Relacionados.

Claro que, se pretende ouvir/comprar um par de colunas totalmente isento de colorações, a Ajasom pode satisfazer o seu desejo com as YG Acoustics Carmel, que custam…30.500,00€! 

A poção mágica das Druid

Auditório principal da Ajasom-Damaia: setup da audição preliminar das Zu Audio Druid MkV, com amplificação Leben CS-300XS

Auditório principal da Ajasom-Damaia: setup da audição preliminar das Zu Audio Druid MkV, com amplificação Leben CS-300XS

Passados 10 anos, volto a encontrar-me com as Druid, agora já na 5ª geração. Mas aquilo que me fascinou nelas continua lá, intacto. O facto de toda a grande gama média ser reproduzida por um único altifalante, logo no mesmo plano acústico, confere-lhes coerência de fase e aquela capacidade mágica de reproduzir a voz humana de forma mais…eh…humana, sem hiatos e/ou cortes que o ouvido detecta imediatamente.

O tweeter só ‘entra’ aos 12kHz, quando o ouvido já é muito menos sensível, e o filtro passa-altas consiste num simples condensador.

O tweeter só ‘entra’ aos 12kHz, quando o ouvido já é muito menos sensível, e o filtro passa-altas consiste num simples condensador.

O tweeter só ‘entra’ aos 12kHz, quando o ouvido já é muito menos sensível, e não aos 2/3kHz, como acontece com quase todas as colunas de altifalantes múltiplos, onde o mínimo desvio de fase é fatal.

Leben CS-300XS, amplificador integrado a válvulas de apenas 15W/c

Leben CS-300XS, amplificador integrado a válvulas de apenas 15W/c

As Zu Audio Druid MkV foram-me apresentadas por Nuno Cristina e Jorge Mendes, alimentadas por um Leben CS-300XS a válvulas, de apenas 15W/c, com McIntosh MCT450/D1100, na linha da frente; e o excelente Innuos Statement, como fonte inesgotável de música sob direcção da Roon.

Innuos Statement, duas caixas que 'dobram' a qualidade do ZenMkII

Innuos Statement, duas caixas que 'dobram' a qualidade do ZenMkII

Portanto, se tem um amplificador de baixa potência, de tríodos, por exemplo, não desespere. Não precisa de mais potência, precisa é de mais sensibilidade. E não é só na música, na política também dava jeito um pouco mais de sensibilidade social…

McIntosh, o som de olhos azuis mais icónico da América

McIntosh, o som de olhos azuis mais icónico da América

Audição crítica

Ajasom-Damaia- auditório principal: Zu Audio Druid MkV, McIntosh MCT450/D1100, Inuuos Statement, Leben CS-300XS

Ajasom-Damaia- auditório principal: Zu Audio Druid MkV, McIntosh MCT450/D1100, Inuuos Statement, Leben CS-300XS

As Druid MkV têm 126 cm de altura, 32 cm de largura e apenas 18 cm de profundidade. No painel frontal vem montada uma unidade full range nanotech de 26 cm, com cone de papel tratado e faseador cilíndrico; e um tweeter Radian 850. O sistema de carga é reflex e ‘dispara’ para os pés, salvo seja, sob a base, que é essencial para manter a distância ao chão. Não deve ser montada sobre uma carpete alta, pois pode obstruir o fluxo de ar. O par que se vê na foto vem folheado a nogueira na cor Candy Apple Red.

É óbvio que já ouvi melhor som no auditório da Damaia, com sistemas de som 10 e 20 x mais caros. Basta abrirem, aqui, aqui e aqui, os relatórios de audição que então publiquei. Mas notável mesmo é o que se pode fazer com um par de colunas de 8.100,00€ e um amplificador a válvulas de 15W, com os quais ouvi e registei ‘ao vivo’ música variada. Desde ‘Liberty’, por Anette Askvik, que seleccionei para o vídeo que se segue, ao magnífico ‘Magnificat’, de Andersen; à Carmen de Bizet.

Porque é nas vozes que as Druid se revelam como veículo privilegiado das mensagens cantadas. E, já agora, o saxofone, cuja gama de frequências cai que nem sopa no mel na larga área de trabalho da unidade full range. Há uma projecção típica das cornetas, sem o efeito de ‘mãos-postas’ e glare associado, e uma abundância de detalhe que faz parte integrante da música.

Eis mais uma experiência diferente que sugiro aos leitores do Hificlube. Fale com o Nuno Cristina ou com o Jorge Mendes e marque uma audição sem compromisso.

Para mais informações: AJASOM

Ajasom Zu Audio Druid MkV drivers

As Zu Omen Dirty Weekend, alimentadas pelo Hegel H90, no auditório 2 da Ajasom- Damaia

As YG Carmel II, no auditório 2 da Ajasom-Damaia. Ver Artigos Relacionados.

Auditório principal da Ajasom-Damaia: setup da audição preliminar das Zu Audio Druid MkV, com amplificação Leben CS-300XS

O tweeter só ‘entra’ aos 12kHz, quando o ouvido já é muito menos sensível, e o filtro passa-altas consiste num simples condensador.

Leben CS-300XS, amplificador integrado a válvulas de apenas 15W/c

Innuos Statement, duas caixas que 'dobram' a qualidade do ZenMkII

McIntosh, o som de olhos azuis mais icónico da América

Ajasom-Damaia- auditório principal: Zu Audio Druid MkV, McIntosh MCT450/D1100, Inuuos Statement, Leben CS-300XS


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