Avalon
Para quem, como eu, já ouviu as Osiris, em Lisboa e Nova Iorque (neste caso montadas na sala pelo próprio Neil Patel) e testou as Saga (clicar para ler teste), o desempenho das Isis Signature não foi surpresa nenhuma. Aliás, basta ver o vídeo que vos ofereço para perceberem logo (ver os vídeos em full screen 4k com auscultadores).
As Isis eram alimentadas por monoblocos a válvulas KT150 (160W) Doshi (USA) cujo circuito patenteado, segundo o fabricante, permite-lhes ter a potência, a dinâmica e o ataque dos melhores amplificadores de estado sólido. Pelo que ouvi, talvez tenham razão.
Nota: Agradeço ao leitor que me lembrou o nome da Doshi, o que me permitiu encontrar a brochura respetiva.
Bergmann
Um gira-discos com braço tangencial Odin, agora na versão Signature. Discreto, não dá nas vistas, dá antes nos ouvidos.
Campfire
Andromeda Emerald Sea, Solaris Stellar Horizon e Trifecta Astral Plane, três auriculares IEM de boutique, que são joias dignas das Kardashian. Carcaças em aço, alumínio e nylon, com diafragmas múltiplos, sem crossover, conjugados com altifalantes dinâmicos ADLC 10mm. Os preços são em conformidade: entre 1500 e 3000 euros, give or take.
Esoteric
Em grande, ou melhor, grandioso. Cinco novos produtos da linha Grandioso: S1X Class A power amp; C1X prévio;K-05XD SACD/CD player, S05 Class amp e o Grandioso T2 MagneDrive Turntable como fonte. Estavam a tocar com um par de Wilson Audio DAW (ver vídeo multimarcas em baixo a partir de 00:5)
Video multimarcas: Esoteric, Soulution, Lampizator, PCM, HiFi Rose
Ferrum
O novo DAC/Pre Wandla é o melhor DAC de sempre da Ferrum (chip ESS9038). E não, não tem saída para auscultadores. E, claro, pode ser ligado a uma PSU Hypsos. Podemos optar por controlo de volume digital ou analógico. MQA, PCM 32/768 e DSD 256. Tem uma entrada I2S.
Lampizator
Pronto, admito que a Ajasom apenas representa o DAC Lampizator neste super sistema. Mas aproveitei para ouvir as colunas full-ribbon AlsyVox e para gravar um samplezinho de áudio. Tal como as Clarysys, estas não são Apogees. Talvez o som seja melhor que o das Clarysys e o grave é mais articulado e potente, mas falta-lhe descer lá abaaaixo, apesar do poder dos Pilium. Se a sua mulher não se importa de ter uma porta no meio da sala, eu até as acho bonitas. (ver vídeo multimarcas acima a partir de 0:59).
M2Tech
A novidade era o Manunta Evo DAC 3: 768kHZ/DSD512, MQA e Bluetooth aptX. Mas a EVO 3 Series de mini componentes modulares é ainda composta por: Evo Supply 3, Evo Phono 3 e Evo DDC 3.
Mas vi ainda um integrado da linha Classic e um monobloco Larson de Classe A (protótipo), com as qualidades de um single-ended a válvulas, pois os transístores de saída estão permanentemente ativos.
Mbl
Volto a repetir-me: ir a Munique e não ouvir as Mbl, é como ir a Roma e não ver o Papa (já me aconteceu, por acaso). A Mbl tinha algumas novidades em exposição estática, como o integrado C51 e o Network Player da Cadenza Line:
Mas a grande festa do MOC é a audição do sistema de referência: MBL 101 X-Treme MkII Radialstrahler com quatro amplificadores mono 9011, prévio 6010D; e fontes: leitor CD 1621 A e DAC 1611 F.
A irradiação omnidirecional do som dá-nos uma imagem aparentemente difusa, quando comparada com a focagem extrema das colunas convencionais. Mas soa tudo tão natural, tão tridimensional, que não estranhamos quando logo a seguir ouvimos dois músicos de carne e osso a tocarem ali mesmo à nossa frente (ver vídeo em baixo).
Nota: ouvimos primeiro a orquestra Concerto Köln numa peça de Mozart (matriz digital original) e depois o baixista Jean-Michel Forêt e o violoncelista Alexander Scherf (diretor da Concerto Köln).
McIntosh
Fabricadas em madeira de nogueira oleada, em estilo vintage, as ML1 MkII são a nova versão da ML1 original. Aguenta-se com 600W, enche uma sala de música qualquer que seja o tamanho e tem um amplo ângulo de dispersão para se poder ouvir em qualquer ponto da sala. A ML1 MkII é uma 4-vias com 5 unidades ativas e (consta) vai custar 12 mil dólares. É só fazer as contas. E a amplificação McIntosh é paga à parte…
Nota: a McIntosh apresentou as ML1 ‘hors-concours’, portanto fora do MOC, no conforto luxuoso do Hotel Kempinky, no centro de Munique.
Mola Mola
Mais um peixe fresquinho apanhado na rede da Mola Mola, o amplificador estéreo Perca, apresentado na mesma caixa do Kaluga monobloco.
E o Lupe, um andar de phono, com carga controlada ‘em andamento’ (!) por uma App para ambas as células MM e MC.
Nagra
Festa constante na sala da Nagra, sempre à pinha. A novidade era o Classic DAC II (DSD256).
Mas o super sistema Nagra, composto por: HD Phono stage, HD Pream, HD Amp (monos), 70th Anniversary Turntable, Digital recorder 7th anniversary Edition, IV-S tape recorder e um par de colunas Wilson Audio Alex V+ 2x Loque (subs), foi utilizado para vários espetáculos a que assistimos:
Comparação de Friday Night e o novo Saturday Night in San Francisco, pelo próprio Al Di Meola. O Meola que me desculpe, mas eu continuo a preferir o Friday Night.
Nota: Quando cheguei já a central estava cheia. Fui para o peão, e por isso a captação do som da apresentação de Al Di Meola (apenas um excerto dos 30 m) é de má qualidade, sobretudo a voz dele.
Os leitores podem ainda ver no artigo exclusivo dedicado à Imacustica, a demonstração das Allex V por Peter McGrath, com matrizes digitais exclusivas (codificadas em MQA por John Atkinson). Na soundtrack do vídeo que se segue, utilizei umas das matrizes de Peter McGrath, que não consta no vídeo da apresentação, mas que também foi captada 'ao vivo' com um gravador digital Nagra SD portátil (cortesia da Ajasom). O que vão ouvir (aqui e em todos os vídeos) é o som real que se ouviu na sala, embora, claro, sem a qualidade do original. Mas sempre é melhor que uma simples foto, ou não?...
Nota: No vídeo acima vão ver o gira-discos a girar, mas de facto o que estamos a ouvir é um master digital da coleção de Peter McGrath. Isto, porque captei primeiro as imagens e dobrei depois o áudio do vídeo original com a gravação a 24/96 que fiz sentado na sweet spot, durante a apresentação de Peter McGrath, com o gravadar Nagra portátil estacionário, para evitar problemas de fase com o movimento da câmara. Estas coisas dão trabalho a editar: é por isso que soam melhor! Mas o que se ouve é o som do sistema Nagra/Wilson, tal como soou no MOC, com a ressalva de que o YouTube comprime e degrada o sinal. Melhor, só estando lá...
PMC Prodigy
Um prodígio! A Prodigy 1, uma coluna pequenina, que vai custar para aí uns 1500 euros, tem um baixo do caraças graças à linha-de-transmissão interna (ver foto abaixo).
E, se não acredita, veja o vídeo multi-marcas da Ajasom, a partir do minuto 1:16.
Riviera
Luca Chiomenti (na foto) apresentou as Special Edition do prévio APL01 e do amplificador de Classe A AFM100 (monobloco).
HiFi Rose
Apresentou duas novidades principais:
O RS130, que a Rose considera o Ultimate Network Transport. Atenção é isso mesmo: um network transport. Não tem DAC nem amplificação. Mas tem um relógio de elevada precisão para eliminar o jitter completamente.
Se bem me lembro, as Apogee soavam muito mais expansivas, menos tensas no grave e menos frontais na gama média-alta, para não dizer muito menos brilhantes, mas pode ser a minha memória a falhar. Também é verdade que eu só ouvi durante alguns minutos. Parecem as Apogee Diva mas não soam como as Diva. (ver vídeo multimarcas acima a partir de 0:24)
E o amplificador digital RA280 (neste caso também sem streamer) para quem não pode comprar o RA180, que me parece utilizar o mesmo circuito de amplificação do meu RS520. (ver vídeo multi-marcas acima a partir de 1:55)
Soulution
Os novos 727 (Pré) e 757 (phono pre), com circuito deemphasis (RIA-A +/- o,1 dB d desvio) específico para a célula ótica DS Audio estavam integrados no sistema Soulution que atacou as colunas full range planar ribbon Clarysys Audio Auditorium.
Stromtank
Com é óbvio, os Stromtank não tocam sozinhos. Pelo que são sempre mostrados em exposição estática (ou ligados aos Dan D’Agostino). Perguntei se havia novidades, e mostraram-me estes dois monstros, que davam para alimentar um… carro!
Thöress
Vou deixar que seja o próprio Reinhard Thöress a mostrar as novidades:
Vivid Audio
Laurence Dickie estava à conversa (prolongada) com alguém conhecido e não consegui pedir-lhe para falar sobre novos produtos. Mas parece que não havia. Pelo menos só lá vi o que me pareceu as Kaya S12 (verdinhas pirilampo) a tocar baixinho com os Mola Mola. E a conversa continuou, depois eu me ir embora…
YG Acoustics
As Vantage 3 tem as mesmas dimensões das anteriores, mas a caixa tem uma construção por camadas e utiliza o novo tweeter híbrido Lattice: uma estrutura de metal multi-poligonal sobre a qual trabalha o diafragma. A versão Live, que eu ouvi e registei para os leitores é ativa e controlada por DSP. Aliás, trata-se de um sistema completo - só precisa de uma fonte. Inclui amplificação (700W para cada um dos 3 altifalantes) e DAC. E soou muito bem: som limpo, claro e definido com grave muito articulado.