Quando vou a uma feira no estrangeiro e volto, sinto vontade de ouvir música e não apenas som. Passa-se o mesmo com a comida: apetece-me peixe fresco...!

Montar um sistema de som numa sala, é inventar um palco para viver um sonho.

Para Mestre Luís Campos, a audiofilia não é um fim, é um meio para atingir um fim: ouvir música, todo o tipo de música, de John Williams ao fado, da Maria Callas a Maria Gadú, o que não é necessariamente a mesma coisa que ouvir som...

É de olhos marejados de incredulidade e dor, que escrevo este singelo epitáfio. O súbito, chocante e inesperado desaparecimento de Luís Campos apanhou-nos a todos de chofre, roubando-nos o chão, que reputávamos firme, com a violência da constatação de quão precário é o equilíbrio entre a vida e a morte.

À porta da Sala Campolina, havia o habitual ritual das filas. Lá dentro, Guilhermino e Luís presidiam à liturgia. Amén.

Depois das libações, as audições, ou as 'bootleg series', registadas por JVH a 96/24, 'in loco' e 'con fuoco'.

As colunas são a face visível do som, e por isso as utilizo sempre como elemento identificativo do sistema.

Andam eles a chatear quem saca umas musiquinhas do Kazaa para ouvir no carro, e depois disponibilizam Internet em hiperbanda e dão cinco dias non-stop aos participantes do Campus Party sem qualquer controlo à entrada de «software» virgem. Depois do Paquistão, onde se produzem 30% dos CD piratas à venda no mercado mundial, Portugal já está na lista negra.E não perca o comentário bem-humorado de JG

Este fim-de-semana jogam-se dois jogos importantes, respectivamente nos campos da AJASOM e IMACUSTICA.

JVH foi ouvir as Alexx V, na Imacustica-Lisboa, sob a égide do saudoso Luís Campos, no cumprimento da promessa solene de as ouvir em seu nome. Promessa cumprida.